quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

CCJ aprova política nacional de combate à falsificação de remédios

Preocupado com o crescimento do comércio de medicamentos falsificados, o senador Humberto Costa (PT-PE) apresentou projeto de lei (PLS 162/11) para instituir a Política Nacional de Combate à Pirataria de Produtos Submetidos à Vigilância Sanitária. A Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) aprovou, nesta quarta-feira (29), parecer favorável à matéria, elaborado pelo senador Anibal Diniz (PT-AC).

Além da repressão à produção de remédios piratas, a iniciativa também visa o combate à falsificação de alimentos (inclusive bebidas), suplementos alimentares, cosméticos, cigarros, materiais médico-hospitalares e odontológicos, entre outros produtos.

Ainda de acordo com o projeto, deve ser reprimida a pirataria de produtos sujeitos à vigilância sanitária, o que inclui fabricação, distribuição e comércio de produtos falsificados, corrompidos, adulterados, sem registro, em desacordo com a fórmula constante do registro, de procedência ignorada ou quando fabricados ou vendidos por empresas não autorizadas.

A proposta aprovada também modifica a Lei nº 10.446/02 para incluir "condutas de falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produtos destinados a fins terapêuticos ou medicinais" como crimes passíveis de investigação pela Polícia Federal.

"Fenômeno antigo"

Humberto Costa admitiu que a pirataria de medicamentos é "fenômeno antigo", mas chamou atenção para o aumento dessa prática, especialmente por causa da procura por remédios para tratamento de disfunção erétil, de obesidade e por anabolizantes. Assim, considera urgente a adoção de mecanismos para o enfrentamento da situação, "que oferece grave risco sanitário para a população, pois, diferentemente de outros produtos, medicamentos falsificados são potencialmente letais", segundo assinalou.

- A grande maioria das pessoas não tem noção da gravidade e da intensidade com que esse problema acontece e da incapacidade para se estabelecer fiscalização e punição adequadas para desestimulá-lo. Falo de um crime que talvez seja o mais covarde, pois as pessoas não têm noção de que consomem um produto inadequado, que não tem eficácia - observou Humberto Costa, lembrando da apreensão pela Vigilância Sanitária, tempos atrás, de "pílulas de farinha" vendidas como anticoncepcional.

O parlamentar destacou, no projeto, ações já implementadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), como identificação de fábricas clandestinas, destruição de produtos piratas e interdição de pontos de venda dos produtos. Mas acredita ser necessário intensificar a articulação e cooperação interinstitucional, de forma a "consolidar os resultados obtidos e permitir fazer os avanços ainda necessários".

Ação articulada

Humberto Costa disse ainda que apreensões de produtos falsificados são feitas tanto pelo Sistema Nacional de Vigilância Sanitária como pelas polícias Federal, Rodoviária e Civil, além da Receita Federal. Para ele, a implementação de uma política nacional possibilitará a articulação do trabalho desses órgãos, de forma a sistematizar as informações, dando maior eficiência ao combate à pirataria.

Ao concordar com a medida, Anibal Diniz ponderou que tais práticas "não raro ultrapassam os limites dos Estados e exigem repressão uniforme". O relator apenas ofereceu uma emenda de redação ao texto.
Após a leitura do parecer, o presidente da CCJ, senador Eunício Oliveira (PMDB-CE), ressaltou a importância da iniciativa em defesa da vida. Seus comentários foram reforçados pelos senadores Demóstenes Torres (DEM-GO), Romero Jucá (PMDB-RR), Pedro Taques (PDT-MT), Marta Suplicy (PT-SP) e Renan Calheiros (PMDB-AL).

O projeto seguirá agora para a Comissão de Assuntos Sociais (CAS), onde será analisado de forma terminativa .
Fonte: Agência Brasil

CCJ aprova Logística Reversa de Medicamentos



Dois projetos de lei de autoria do deputado estadual Luiz Eduardo Cheida (PMDB) foram aprovados pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa do Paraná, nesta terça-feira (28). A primeira proposta é a chamada Logística Reversa de Medicamentos, que define responsabilidades para a destinação de remédios em desuso. A segunda, Inspeção Periódica de Pulverizadores, determina vistoria anual dos pulverizadores de agrotóxicos com mais de dois anos de uso.

Medicamentos

A projeto de lei 930/2011 torna fabricantes, distribuidores e consumidores responsáveis pelo recolhimento e destinação adequada de remédios em desuso. Funcionará da seguinte forma: o consumidor entregará os medicamentos aos estabelecimentos que os comercializam ou distribuem, como farmácias e postos de saúde, que terão um espaço especial para o armazenamento destes produtos. Fabricantes e importadoras de medicamentos ficarão responsáveis pelo recolhimento dos medicamentos e destinação final aplicável a cada caso.

Cheida destaca que o projeto envolve a participação de todos os envolvidos. “Cada um tem sua parcela de responsabilidade: o consumidor, as farmácias, os fabricantes e os importadores. Desta forma, dividem-se as atribuições de uma forma viável, em que todos podem colaborar”.

fonte:
Paran@ shop
 

Jovens são alvos do comércio de medicamentos ilícitos pela Internet


29/02/2012 - 08:09
Os jovens são alvos, com uma frequência cada vez maior, das redes de tráfico de medicamentos ilícitos na Internet e nas redes sociais, advertiu a Junta Internacional de Fiscalização de Entorpecentes (JIFE), uma agência da ONU, no seu relatório anual divulgado esta terça-feira em Viena, avança a AFP.

"As farmácias ilegais na Internet começaram a utilizar as redes sociais para atrair clientes aos seus portais, o que pode expor um público amplo, e sobretudo jovem, a produtos perigosos", declarou Hamid Ghose, presidente da JIFE.

"A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera que mais da metade dos medicamentos procedentes de farmácias ilegais na Internet são falsificados", completou.

A JIFE pede aos governos uma acção contra as farmácias ilegais virtuais e o confisco das substâncias que são comercializadas.

fonte: RCM pharma

Publicado Guia com novos padrões e regras do SNGPC


28 de fevereiro de 2012
 
Está disponível o guia com os novos padrões e regras estabelecidos para o SNGPC que entrarão em vigor a partir de janeiro de 2013, conforme cronograma estabelecido para a escrituração de medicamentos antimicrobianos, publicado através da Instrução Normativa nº 7, de 16 de dezembro de 2011.
O documento é destinado aos desenvolvedores de sistemas, utilizados para a realização da escrituração eletrônica em farmácias e drogarias, e tem a função de divulgar os futuros padrões e regras do SNGPC.
Além do guia, estão disponíveis os novos modelos de arquivos XML e XSD, de modo a permitir a adequação dos programas atualmente utilizados.

As datas previstas no cronograma publicado pela IN 7/2011 são:

28/02/2012: publicação dos padrões e regras para possibilitar o início do processo de desenvolvimento dos sistemas para farmácias e drogarias privadas no hotsite do SNGPC, (http://www.anvisa.gov.br/hotsite/sngpc/index.asp);

30/09/2012: disponibilização de ambiente específico no hotsite do SNGPC para inicio de testes entre a Anvisa e farmácias e drogarias privadas; e

16/01/2013: escrituração obrigatória dos medicamentos e substâncias contendo antimicrobianos no SNGPC por farmácias e drogarias privadas.

Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados – SNGPC

fonte: Site da ANVISA

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

EntrevistaDrogarias no Brasil têm de vender de tudo, defende o presidente a Abrafarma

O varejo de medicamentos no Brasil está em franca transição, inclusive o modelo das farmácias, foco de cerca de 300 projetos de lei em tramitação no Congresso. Como no resto do mundo, as farmácias vão se juntar cada vez mais em grandes redes. Aqui, das 12.110 lojas que fazem 75% do mercado, duas mil faturam acima de R$ 4 milhões ao ano, ressalta o presidente da Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma), Sérgio Mena Barreto, em entrevista ao DCI. -

Em um mercado que já atingiu R$ 46 bilhões ao ano - e que deverá dobrar até 2015 -, as grandes redes de revenda de medicamentos brigam inclusive na Justiça para ampliar o leque de itens comercializados nas farmácias. Ao contrário de décadas atrás, quando se restringiam a atender atrás do balcão, esses estabelecimentos oferecem hoje autosserviço e uma série de outras mercadorias de conveniência. Mas o emaranhado de leis federais e estaduais criou uma situação confusa e ainda à espera de decisão final do Judiciário.

"A população quer, sim, uma farmácia que venda produtos de conveniência, que recarregue seu celular", afirma o presidente da Abrafarma, que reúne 29 grandes redes de farmácias no País. Mena Barreto explica ainda os motivos pelos quais a entidade pleiteia a permissão para que supermercados vendam medicamentos em suas gôndolas e tenham até pequenas clínicas, com médicos prescrevendo os remédios ali comercializados, como nos Estados Unidos e na Inglaterra.


Entrevista:

DCI: O que mudou no setor nas últimas décadas?

SMB: Há 30 anos, as farmácias eram todas com balcão. Hoje, a realidade é outra: autosserviço, check-out na porta e gôndolas. No modelo de autosserviço, em que o caixa fica na porta, é necessário o cupom fiscal. Do contrário, alguém pode pegar a mercadoria e furtá-la. Ao trazerem o autosserviço, as redes passaram a pagar impostos em dia e exigir melhorias do governo. A gota d'água para a maior união do setor foi o aparecimento de projetos de leis federais e leis municipais proibindo a concorrência, por meio de vários mecanismos, como proibir abertura de lojas a menos de 300 metros uma da outra.

DCI: A tal da lei de zoneamento...

SMB: Essa lei surgiu para proteger. Uma grande rede vai chegar aqui, vai tomar o mercado. Uma maneira que eu tenho de me garantir é que ninguém abra ao meu redor. Teve também a lei do plantão. Em São Paulo, só uma farmácia ficava aberta 24 horas em cada bairro, inclusive aos domingos. As redes querem abrir o máximo possível. Foi uma maneira que o mercado encontrou de se proteger das redes. Quem não quer competir tendo que abrir 24 horas, criou leis que só um pode abrir. A Abrafarma nasceu nesse momento. As 29 redes criaram a entidade para dizer ao governo, ao Congresso e à sociedade que não são iguais às outras, que defendem práticas diferentes. A política de genéricos existe no Brasil porque a Abrafarma apoiou integralmente o então ministro José Serra.



DCI: A entidade é favorável à venda de medicamentos em supermercados?

SMB: Hoje todos os grandes supermercados têm farmácias. O Walmart foi o primeiro a entrar na Abrafarma. Não é dentro do supermercado porque a legislação brasileira não permite, como nos Estados Unidos. Lá, os supermercados representam 13% das vendas. Disputam com as redes e têm até clínicas para problemas básicos. O médico consulta, prescreve e o paciente retira o medicamento ali. No Brasil, a legislação proíbe consultórios até dentro das farmácias.



DCI: Quais os limites da nossa legislação em relação a isso?

SMB: Aqui, teoricamente a lei permitiria farmácias iguais às dos Estados Unidos e Inglaterra, com 40 mil itens, e ao lado, em uma clínica, um médico prescreve medicamento. Isso está virando um modelo. Na Inglaterra, além de clínicas dentro das lojas, vende-se vinho, cerveja e pizza, porque são lojas de conveniência. A nossa lei é de 1963. Teoricamente, permite a venda de tudo. A Anvisa tem regras diferentes porque a lei de 1963 nunca teve uma regulamentação local. Nos últimos anos é que os estados começaram a fazer essa regulamentação, prevista na lei superior.



DCI: Estamos em uma transição de modelo, é isso?

SMB: Sim, e virou um embate ideológico. Uma corrente sanitarista vinculada à corrente europeia do passado diz: farmácias só podem vender produtos farmacêuticos e alguns cosméticos. São quase 300 projetos de lei no Congresso para regulamentar a farmácia. O discurso é: temos de transformar a farmácia no que ela deve ser, mas isso é pura ideologia. A Abrafarma ouve a população a cada dois anos. A população quer, sim, uma farmácia que venda produtos de conveniência, que recarregue seu celular. O discurso do governo é que a farmácia tem de voltar a ser um estabelecimento de saúde. Na cabeça deles, porque na da população não é isso, ela quer uma farmácia que venda tudo. Se esses projetos de lei, que restringem o negócio das farmácias forem aprovados, ficará insustentável o varejo.

DCI: Algumas farmácias já vendem outros produtos...

SMB: Já vendem, mas com muita briga na Justiça. Provocamos o Superior Tribunal de Justiça [STJ], que autorizou a venda de outros itens até uma decisão final. É um embate ideológico sério porque os farmacêuticos não gostariam de trabalhar em farmácia, e sim em laboratórios industriais. O curso de farmácia é voltado para isso. O comércio é uma coisa menor para eles, valorizam fazer o medicamento. As farmácias de manipulação só existem aqui. Toda a insegurança desse processo é lamentável, mas atende um pouco à ideologia da formação universitária. A indústria farmacêutica é fiscalizada.



DCI: Mas manipulados custam menos.

SMB: São mais em conta porque menos controlados. De onde vêm os princípios ativos? Índia, China? A fatia dos manipulados no mercado é pequena. São oito, nove mil lojas. A mídia já mostrou que é um mercado sustentado à base de indicações dos médicos, remunerados por isso.



DCI: A tendência é o Brasil adotar o modelo que vigora lá fora?

SMB: O que compensa o limite da margem de ganho nos medicamentos é a venda de outros produtos. E tem concorrência, inclusive nas farmácias de supermercados. A Anvisa [Agência Nacional de Vigilância Sanitária] fixou uma lista desses itens, mas a lei não dá esse direito à agência reguladora e conseguimos anular essa regra no STJ. Ao mesmo tempo vários estados regulamentaram essa lista. São 26 leis estaduais vigorando a esse respeito. O julgamento ainda não terminou. A decisão, com a alegação de dar mais segurança ao consumidor, fez as farmácias colocarem os medicamentos atrás do balcão, na contramão do resto do mundo.



DCI: Quais as consequências?

SMB: Foi um desastre, do ponto de vista econômico. Não para a farmácia, que adorou, nem para a rede, que achou razoável, mas para o consumidor foi péssimo. Na mesma semana em que a Anvisa colocou os produtos para trás do balcão e limitou a lista de outros itens que podem ser comercializados em farmácias, a gente foi ao STJ, que tomou uma decisão política. Três anos atrás, o Chile havia decidido colocar os medicamentos atrás do balcão, deixando os consumidores reféns da farmácia, mas o governo baixou um decreto mandando tirar de trás do balcão os remédios sem necessidade de prescrição. Isso está acontecendo no Brasil: o cliente fica refém do que o balconista disser. E o preço médio ficou mais caro. Se a farmácia tem uma limitação física atrás do balcão, claro que ela não vai incorporar novos produtos. E toma a decisão no lugar do consumidor. A decisão de proibir é da diretoria antiga da Anvisa. A atual criou um grupo de trabalho para revisar essa decisão, que vigora desde 2010.



DCI: E a posição do Congresso?

SMB: O projeto de lei mais sério que pode impactar o varejo, o de número 385, atualmente com tramitação mais avançada, é de iniciativa do Senado, foi modificado na Câmara e voltará ao Senado. Proíbe a venda de todos os produtos na farmácia que não os escritos na lei. Obriga submeter ao Conselho Municipal de Saúde o pedido de abertura de uma nova loja e registrá-lo no Conselho Nacional de Farmácias, que é um conselho profissional. Mais uma vez o projeto também visa fortalecer os conselhos de farmácias, é corporativista. A proposta está para entrar na pauta a qualquer momento. Infelizmente, tem um conteúdo ideológico. Existe a Frente Parlamentar de Assistência Farmacêutica no Congresso, que discute tudo isso.



DCI: O combate à falsificação não faz parte dessas propostas?

SMB: O que estimula a falsificação é o descontrole, a informalidade, a falta de rastreabilidade, que é incorporar um selo Identificador Único de Medicamento, com código Datamatrix, à caixinha fechada, monitorada desde a indústria até o fabricante. Além da falsificação tem um problema de roubo das caixas. O medicamento é o quinto mercado mais roubado no Brasil. O bandido rouba o caminhão da distribuidora, guarda o produto e depois é distribuído por uma rede informal, com camelôs e até farmácias. Esse medicamento ficou armazenado em condições desconhecidas de temperatura, umidade, etc. E quando essa temperatura passa de 50 graus, o medicamento perde o efeito, o mesmo acontece quando submetido à umidade alta. É necessário rastrear o produto inapto para uso, mas hoje não se consegue isso. Agora estamos discutindo como será a rastreabilidade, com controle do lote, validade e até do número de cada caixinha, como se fosse um chassi de um carro. Roubado o caminhão, quais os números das caixinhas? Todas estão inaptas ao consumo. Se forem pegos com camelô e farmácia, os responsáveis podem ser presos.



DCI: Daqui quanto tempo?

SMB: É uma lei de 2009, deve vigorar este ano, falta regulamentação da Anvisa. Vai melhorar a logística, distribuição, controle. No processo de rastreabilidade, a indústria acrescentará informações, o distribuidor e o varejo também. A lei prevê que até o consumidor será cadastrado. Isso requer mudança tecnológica profunda. Nenhum país chegou a esse nível ainda. Mas talvez a gente chegue lá, saber quem prescreveu e quem comprou.



DCI: Qual o potencial de crescimento desse mercado?

SMB: Vai dobrar de tamanho até 2015. Mais renda e maior concorrência. Hoje é de R$ 46 bilhões. Estamos em uma fase de fortalecimento de consumo no Brasil e esse mercado explodirá se os planos de saúde e a sociedade entenderem que assistência farmacêutica é uma coisa importante. Do presidente Lula para cá, até por uma questão de ideologia, o governo vê a farmácia privada e o plano de saúde privado como mal necessário. Acham que o Sistema Único de Saúde tinha de se responsabilizar pelo fornecimento dos medicamentos, adquiridos de maneira centralizada. Isso não funciona. No mundo inteiro a farmácia é um braço do governo. Na França, o cidadão entrega a receita e o governo paga por ela em um determinado nível. A farmácia inglesa e argentina também funciona assim. Aqui, isso ocorre apenas por meio de uma farmácia básica, bancada pelo governo e operando dentro das farmácias privadas.

DCI: Os genéricos já pegaram no Brasil?

SMB: Não. O mercado é dividido em medicamentos de referência, genéricos e similares, que não fizeram os testes. E como a patente brasileira ainda é muito recente, esses produtos têm os mesmos princípios ativos. Tem similares excelentes, mas outros não excelentes. O genérico é igual a um produto de referência, do contrário não é aprovado. Ele tem de apresentar a mesma maneira de atuação e o mesmo resultado. A lei diz que até 2014 o similar deve se transformar em genérico ou desaparecer. Porque só vão existir duas categorias, como no mundo todo. Na América do Sul tem bastante similar, mas na Europa raramente se vê esse produto.



DCI: E como a indústria brasileira está em relação às patentes?

SMB: Encerrado o período de validade da patente, que é de 20 anos no mundo inteiro, em média, os fabricantes podem fazer o genérico, a patente quebra automaticamente. Qualquer país pode fabricar, qualquer laboratório pode fazer os testes de equivalência. Enquanto é medicamento de referência, o preço remunera pesquisa, marketing, etc. Quando entra o genérico, cerca de 50% mais barato porque não tem os custos de pesquisa, a referência começa a baixar o preço o bastante para se aproximar e não perder tanto mercado. Temos poucos laboratórios no Brasil investindo em inovação, que é muito cara. De cada 500 projetos, um se torna comercialmente viável. O genérico hoje representa 25% do mercado. No IMS, ele representa 17%, mas você tem um pedaço de medicamento MIP, que é isento de prescrição, também genérico. A participação de similares ainda é muito grande, de 25%, porque a lei de patentes é recente.



LL: De tudo o que o Brasil consome, o que é produzido por laboratórios nacionais?

SMB: De similares, 25%. Existem multinacionais com planta no Brasil. Importamos muito pouco hoje. Não temos indústria química, os sintetizados vêm de fora, 90%. É um defeito estrutural, nunca incentivamos. A indústria de química fina que tinha no Brasil foi extinta, pois fica mais fácil comprar em outro lugar. A maior parte do que se consome no Brasil é produzido aqui, com princípios ativos importados, inclusive da China, que tem coisa boa e coisa ruim, por isso que o importador ou o fabricante tem que ser muito bom.


Fonte: DCI 
 

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Distribuição de Engov em festa causa polêmica

Prevista para ocorrer amanhã, a festa "Ressaca de Carnaval" anuncia a distribuição ilegal de remédios
Tomar medicamentos exige alguns cuidados, dentre eles a compra com prescrição médica e em locais adequados, como farmácias e drogarias. Porém, ignorando os riscos à saúde, muitas pessoas insistem em se automedicar. O objetivo é um só: se livrar do incômodo. Por conta disso, muitas vezes palpites de amigos acabam sendo bem vindos.

Entretanto, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) alerta que, se utilizado de forma inadequada, o medicamento pode causar mais danos do que benefícios. A situação é grave e pode ser considerado um problema de saúde pública.

Em Fortaleza, uma festa que vem sendo divulgada pelas redes sociais, intitulada "Ressaca de Carnaval", está chamando a atenção de profissionais da área da saúde. Não pela festa em si, mas pelo fato de anunciarem a distribuição de Engov.

Ramon de Paula Pessoa, farmacêutico e mestrando em Farmacologia pela Universidade Federal do Ceará (UFC), ficou indignado com a banalização do ato. O profissional diz que entende a associação do Engov com a festa, mas destaca que, apesar de ser um medicamento que pode ser comprado sem prescrição médica, oferece riscos à saúde.

"Sinto muito, mas medicamento não é brincadeira nem brinde de festa. Os organizadores da festa deveriam ter mais respeito, não só pela comunidade farmacêutica, mas também pelos seus clientes. Acho que notícia de pessoas com intoxicação por alergia ao AAS ou à tartrazina, contida no Engov, não seria uma boa publicidade. Além disso, ainda estimula o uso com álcool, prometendo zerar a comanda de quem beber mais. Vergonha alheia", define Ramon em sua página do Facebook.

O especialista alerta que a combinação de medicamento com bebida pode ser perigoso, pois o álcool também é um irritante gástrico, portanto, as pessoas com pré-disposição a irritações gástricas, como gastrite ou refluxo gastroesofágico, não poderiam sequer beber, muito menos associar a medicamentos.

O mais grave é que a maioria das pessoas que irão participar da festa, provavelmente não fazem ideia dos riscos que estarão correndo. A AAS, uma das substâncias ativas presentes no Engov, pode causar sangramento estomacal e alergia em pessoas com hipersensibilidade.

A Lei número 5.991, de 17 de dezembro de 1973, é bastante clara quando diz, no artigo 6º, que a dispensação de medicamentos é privativa de farmácia, drogaria, posto de medicamento e unidade volante e dispensário de medicamentos.

Patrícia Quirino, farmacêutica da coordenadoria de Vigilância Sanitária da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), afirma que medicamentos só podem ser comercializados em farmácias, postos de saúde ou hospitais.

"Eles têm direito de fazer a festa, mas com medicamento, não", frisa Patrícia. A venda de medicamentos em mercadinhos, supermercados e feiras livres é proibida. A Vigilância Sanitária informa que outra infração bastante comum é a comercialização de antibióticos sem prescrição médica nas farmácias. Em caso de flagrante, é feita a apreensão, o auto de notificação, e a farmácia fica notificada.

A festa anunciada nas redes sociais está prevista para acontecer amanhã, às 23h, na casa de shows Music Box Bar, na Rua José Avelino, 387. Tentamos contactar os organizadores do evento, mas não foi disponibilizado nenhum número para informações no panfleto eletrônico.

fonte: Diário do Nordeste

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Resolução proíbe atendimento médico por telefone ou internet


Medida não afeta quem consulta médico de confiança para tirar dúvidas. Em outro documento, relação entre médicos e laboratórios é regulada

Passaram a valer a partir do dia 15/02 novas regras para a publicidade médica. A resolução do Conselho Federal de Medicina foi publicada no Diário Oficial da União em 19 de agosto de 2011 e entra em vigor 180 dias depois, conforme previsto.
Um dos destaques da nova regra é a proibição das consultas por telefone e internet. O objetivo é evitar que médicos ofereçam exclusivamente serviços à distância. Na visão do CFM, a consulta física é insubstituível.
A medida não afeta quem consulta um médico de confiança para tirar dúvidas corriqueiramente. “O médico pode, porém, orientar por telefone pacientes que já conheça, aos quais já prestou atendimento presencial, para esclarecer dúvidas em relação a um medicamento prescrito, por exemplo”, estabelece o documento, sobre a proibição.
O uso das redes sociais, como Twitter e Facebook, por parte dos médicos também terá restrições. Elas não poderão ser usadas com o objetivo de angariar clientela, e fica proibida a divulgação de telefone e endereço de consultórios por esse meio.
Esses contatos também não podem ser passados em entrevistas à imprensa. Quanto às entrevistas, o documento determina também que o médico só pode conceder informações que tenham embasamento científico.
Em anúncios, médicos não podem alegar exclusividade sobre algum tipo de tratamento. Fotografias de pacientes, como em fotos de "antes e depois", também estão banidas. Elas só poderão ser usadas em congressos médicos, se for imprescindível, e com autorização do paciente.
Aparelhos de que a clínica dispõe podem ser citados, desde que não sejam oferecidos como garantia de sucesso no tratamento. Atores podem participar dos comerciais, mas não podem afirmar nem sugerir que usam os serviços do médico.
O médico poderá anunciar apenas duas especialidades, mesmo se possuir mais que isso. Os títulos de pós-graduação poderão ser mencionados pelo profissional somente se tiverem relação com a área em que ele atua. Para o CFM, o objetivo é evitar que pacientes sejam levados a crer que o médico está habilitado a atuar em outra especialidade.
O CFM será responsável por fiscalizar e punir os médicos que não cumprirem as determinações. As punições serão administrativas, variando desde a advertência confidencial até a cassação, de acordo com o caso.
Farmacêuticas
O CFM estabeleceu também um acordo com as indústrias farmacêuticas para regular a relação entre os médicos e os produtores de remédios. Entre outras regras, os laboratórios não poderão pagar despesas de lazer dos médicos nem de seus parentes e os brindes entregues a médicos não poderão custar mais que um terço do salário mínimo, ou seja, R$ 207.


Autor: Redação Fonte: G1

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Juiz aplica Lei de Tóxicos para posse de remédio ilegal

Um comerciante preso na posse de medicamentos originários do Paraguai, sem registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), foi condenado por tráfico internacional de entorpecentes e não pela prática de condutas previstas no Código Penal, que têm penas mais graves e que foram indicadas pelo Ministério Público Federal.

O juiz Ivorí Scheffer, da 2ª Vara da Justiça Federal em Florianópolis, considerou que a punição prevista no Código Penal é desproporcional à gravidade dos fatos e aplicou, por analogia, a legislação sobre tóxicos vigente à época dos fatos — junho de 2008 —, favorável ao réu. A pena foi estabelecida em dois anos e seis meses de prestação de serviços comunitários, que também é metade do mínimo legal, multa e prestação pecuniária. Da sentença, cabe recurso.

"Quanto à natureza do produto que estava em sua posse, reputo que a potencialidade lesiva à saúde pública é menor do que entorpecentes como a cocaína ou o crack, por exemplo", entendeu Scheffer.
O réu foi preso com 599 comprimidos de cinco medicamentos diferentes, quatro sem registro e um falsificado. A conduta corresponderia ao delito que o Código Penal define como "ter em posse para a venda" (de produto ilegal destinado a fins terapêuticos ou medicinais), cuja pena é de 10 anos de reclusão. Com a aplicação, por analogia, da Lei de Tóxicos, o crime seria equivalente a tráfico de drogas ilícitas, cuja pena mínima é de cinco anos. O juiz citou precedente do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, em Porto Alegre.

"A evidente desproporcionalidade da pena mínima cominada no tipo penal (do CP) é, no caso concreto, motivo bastante para que se afaste a sua aplicação", afirmou Scheffer. Para estabelecer a pena final, o juiz observou que o réu é "pessoa não voltada à prática delituosa, que possui ocupação lícita e labora juntamente com sua família, incentivando-a ao trabalho".

O réu deverá pagar multa de três salários-mínimos e prestação pecuniária de meio salário-mínimo por mês, durante o tempo da prestação de serviços. Com informações da Assessoria de Imprensa da Justiça Federal em Santa Catarina.

fonte: Conjur

Diretoria do CFF recebe apoio parlamentar

Diretoria do CFF recebe apoio parlamentar

Data: 15/02/2012
Os Diretores do Conselho Federal de Farmácia (CFF) estiveram, hoje (15.02.12) pela manhã, com o Senador Humberto Costa (PT/PE), para apresentar dos objetivos estratégicos da gestão 2012/13 do CFF. O Presidente da instituição, Walter Jorge João, afirmou ao Parlamentar que a luta em favor da categoria é razão precípua da existência do Conselho, e que a defesa da saúde pública com qualidade e com a orientação do farmacêutico é uma das principais bandeiras da sua administração.
De acordo com os Diretores, a finalidade da visita foi a aproximação do Órgão com o Legislativo, com o objetivo de apresentar seus projetos e buscar apoio político para a aprovação de Projetos de Lei em tramitação, no Congresso Nacional, que tratam ou interferem na atividade farmacêutica.
Ainda pela manhã, na sede do CFF, a Diretoria recebeu o Deputado Mauro Nazif (PSB/RO) a quem apresentou algumas das preocupações em relação a projetos que tramitam no Congresso. Uma das principais preocupações dos dirigentes é com a tramitação do PL de autoria da Senadora Vanessa Graziotin (PCdoB/AM) que trata da inserção dos farmacêuticos nos serviços prestados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O PL nº 3.752/2008 (Original da Câmara) foi desarquivado a pedido do Deputado Valdemar Costa Neto (PR/SP) sob nº 2.459/2011, e voltou para apreciação da Câmara.
A proposta do Deputado Valdemar Costa Neto é acrescentar ao artigo 15 da Lei n° 5.991, de 17 de dezembro de 1973, uma determinação que obrigue os serviços públicos de saúde que dispensem ou manipulem medicamentos a fornecerem a assistência de farmacêutico como técnico responsável. “Mas é preciso definir melhor quais são estes estabelecimentos. Grande parte das farmácias públicas, no Brasil, como os postos de saúde que podem oferecer medicamentos, e os chamados dispensários de medicamentos não possuem os serviços prestados pelo farmacêutico. O acesso ao medicamento não é funcional, se não houver a orientação prestada pelo farmacêutico”, disse Walter Jorge João.
Os dirigentes do CFF também apresentaram ao Deputado Mauro Nazif a preocupação quanto à tramitação do Projeto de Lei nº 668/2011 que regulamenta o exercício da profissão do auxiliar de farmácias e drogarias. “Para não dar margem a confusões quanto à terminologia, a sugestão do CFF é alterar o nome da atividade para auxiliar do farmacêutico, pois, assim, fica claro que este profissional só atuará sob a orientação de um farmacêutico”, disse Walter Jorge João ao Parlamentar.
Nazif explicou que todos os projetos que envolvem qualquer atividade profissional são submetidos primeiramente à avaliação dos Conselhos ou entidades que regem tais atividades e, depois, encaminhados para a tramitação nas Comissões da Câmara dos Deputados.
Dirigentes do CFF e o Deputado Mauro Nazif, ainda, discutiram o PL nº 5.359/2009, de sua autoria, que trata sobre o piso salarial para os farmacêuticos e que, atualmente, está na Comissão de Seguridade Social e Família (CSSF), aguardando o parecer do relator, Deputado Paulo César (PR/RJ); e também sobre o do Projeto de Lei da Câmara – PLC nº 113/2005, de autoria do Deputado José Carlos Coutinho (PFL/RJ), que dispõe sobre a duração (carga horária) do trabalho dos farmacêuticos. O PLC nº 113/2005 está na Comissão de Assuntos Econômicos aguardando o parecer do relator, Senador Inácio Arruda (PBdoB/CE)
O Senador Humberto Costa e o Deputado Mauro Nazif colocaram-se a favor dos direitos dos farmacêuticos quanto ao exercício da profissão, à remuneração justa e uma carga horária compatível com a função de profissional da saúde e se comprometeram em apoiar a Diretoria do CFF na defesa da profissão farmacêutica, na Câmara e no Senado.
Fonte: CFF
Autor: Veruska Narikawa

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Parâmetros éticos entre médico e indústria farmacêutica é assinado

Protocolo foi aprovado pelo CFM e Interfarma e está em vigor. Segundo AMB, a convivência entre médicos, indústria farmacêutica e de equipamentos deve ser clara.

O Conselho Federal de Medicina (CFM) e a Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma) estabeleceram parâmetros para a relação entre médicos e indústrias.

O protocolo começou a ser discutido em 2010, a partir de uma proposta da Interfarma, e será assinado também por outras entidades como a Associação Médica Brasileira (AMB) e a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), também pioneira nas discussões, nesta terça-feira (14), na sede do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp).

Para o presidente do CFM, Roberto Luiz d’Avila, a iniciativa atesta que a relação entre médicos e a indústria evolui para um novo patamar. “Ganhamos em transparência e em respeito. Isso sem contar na autonomia e na liberdade que os médicos e suas entidades de representação conquistam no momento de expressar suas opiniões, ideias e análises”, ressalta.

Fazem parte do documento temas como o apoio das empresas ou entidades à organização de congressos técnicos e científicos, os patrocínios aos convidados de eventos, as ofertas de brindes e presentes, e as boas práticas esperadas no trabalho de visitação aos hospitais, clínicas e consultórios.

Segundo o presidente da AMB, Florentino Cardoso, deve ficar bastante clara a convivência entre os médicos, a indústria farmacêutica e a de equipamentos. “Devemos evitar situações onde ocorram conflitos de interesses, pois a atividade médica deverá ter sempre como principal foco o que é melhor para os pacientes. O acordo traz-nos expectativa de melhorias”, disse.

De acordo com o presidente executivo da Interfarma, Antônio Britto, “assim que o Dr. Roberto d’Avila assumiu a presidência do CFM, a Interfarma propôs um diálogo com a classe médica para avançar na pactuação e na definição do que seja ético entre médico e indústria farmacêutica, a partir da premissa de que ambos são os maiores interessados que a relação entre eles ocorra de forma transparente”.

O processo de discussão envolveu os 28 conselheiros do CFM e representantes da Interfarma. Os segmentos reafirmaram o propósito de estabelecer um compromisso de conduta ética, não abrindo mão de princípios como transparência e respeito incondicional à autonomia e independência técnico-científica da classe médica.

Antônio Britto acrescenta que “com o acordo podemos assegurar ao CFM que aquilo que estamos assinando não ficará apenas como declaração de intenção. Começaremos imediatamente a fiscalizar e, com o apoio de nossos associados, tornaremos realidade o que foi proposto no documento conjunto”.

O presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), Jadelson Andrade, diz que há um ano a entidade tomou a iniciativa de reunir as instituições envolvidas e indústria para chegar a um consenso necessário, que se corporifica agora no documento do Conselho, com total apoio da Associação Médica Brasileira.“O documento traz a necessária transparência no relacionamento médico-indústria e representa o resultado do trabalho de vários setores que, ao longo de demoradas reuniões, conseguiram um consenso entre as entidades que representam a quase totalidade dos laboratórios farmacêuticos, as sociedades médicas e o CFM”, diz. Para Jadelson, esse acordo pioneiro certamente balizará outros que se seguirão, estabelecendo parâmetros éticos que, em última instância, haverão de beneficiar o paciente, cuja saúde e correto atendimento é o objetivo final de todos os envolvidos.

Roberto d’Avila defende que, respeitadas as premissas éticas, a interação do médico com a indústria pode ser exercida de maneira positiva. “Ao assinarmos o documento, nosso principal objetivo é o respeito irrestrito à independência técnico-científica da classe médica para obter resultados que atendam, principalmente, às necessidades dos pacientes”.

CONHEÇA AS PRINCIPAIS ORIENTAÇÕES

· Organização de eventos
O patrocínio pela indústria será possível por contrato escrito com a empresa ou entidade organizadora.
O apoio da indústria não pode estar condicionado à interferência na programação, objetivos, local ou seleção de palestrantes.

· Participação de médicos
A presença de médicos em eventos a convite da indústria deve ter como objetivo a disseminação do conhecimento técnico-científico e não pode ser condicionada a qualquer forma de compensação por parte do profissional à empresa patrocinadora.
As indústrias farmacêuticas utilizarão critérios objetivos e plurais para identificar os médicos que serão convidados a participar de eventos, não podendo usar como base critérios comerciais.

· Sobre despesas e reembolsos
As indústrias farmacêuticas que convidarem médicos para eventos somente poderão pagar as despesas relacionadas a transporte, refeições, hospedagem e taxas de inscrição cobradas pela entidade organizadora.
O pagamento de despesas com transporte, refeições e hospedagem será exclusivamente do profissional convidado e limitado ao evento.
Fica proibido o pagamento ou o reembolso de despesas de familiares, acompanhantes ou convidados do profissional médico.
Os médicos convidados não podem receber qualquer espécie de remuneração (direta ou indireta) pelo acompanhamento do evento, exceto se houver serviços prestados fixados em contrato.
As indústrias farmacêuticas não poderão pagar ou reembolsar qualquer despesa relacionada a atividades de lazer, independente de estarem ou não associadas à organização do evento científico.

· Brindes e presentes
Os brindes oferecidos pelas indústrias farmacêuticas aos profissionais médicos deverão estar de acordo com os padrões definidos pela legislação sanitária em vigor.
Esses materiais devem estar relacionados à prática médica, tais como: publicações, exemplares avulsos de revistas científicas (excluídas as assinaturas periódicas), modelos anatômicos etc.
Os objetos devem expressar valor simbólico, de modo que o valor individual não ultrapasse 1/3 (um terço) do salário mínimo nacional vigente.
Produtos de uso corrente (canetas, porta-lápis, blocos de anotações etc.) não são considerados objetos relacionados à prática médica e, portanto, não poderão ser distribuídos como brindes.

· Regras para visitação
O relacionamento com profissionais da saúde deve ser baseado na troca de informações que auxiliem o desenvolvimento permanente da assistência médica e farmacêutica.
O objetivo das visitas é contribuir para que pacientes tenham acesso a terapias eficientes e seguras, informando os médicos sobre suas vantagens e riscos.
As atividades dos representantes das indústrias farmacêuticas devem ser pautadas pelos mais elevados padrões éticos e profissionais.
Não pode haver ações promocionais de medicamentos dirigidas a estudantes de medicina ainda não habilitados à prescrição, observadas as normas do estatuto profissional em vigor.

fonte: Saúde web

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

CFF solicita audiência pública sobre CP nº 61, da Anvisa


Data: 07/02/2012
 O Presidente do Conselho Federal de Farmácia (CFF), Walter Jorge João, solicitou, hoje (07.02) ao Presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a prorrogação do prazo estipulado para a Consulta Pública nº 61 (Anvisa)  que trata da alteração da Resolução da Diretoria Colegiada – RDC nº 222, de 28 de dezembro de 2006, que dispõe sobre os procedimentos de petição e arrecadação eletrônica no âmbito da Agência sobre os procedimentos de petição e arrecadação eletrônica no âmbito da Agência Nacional de Vigilância Sanitária. 

Solicitação do CFF
Fonte: CFF
Autor: CFF

20 novas profissões para o futuro

Todas as listas são discutíveis. Sobretudo as listas subjectivas, que tentam adivinhar o futuro ou, com mais ou menos métricas, avaliar uma determinada situação.

O artigo que esta tarde lhe apresentamos não foge à regra. A Fast Future Research publicou o relatório “The shape of jobs to come”, que tenta adivinhar que novas profissões irão aparecer até 2030.

Apesar do exercício subjectivo de futurismo, é engraçado perceber como as profissões ligadas à sustentabilidade ganharão um novo fôlego nos próximos 18 anos.

Fiquem com a lista e a respectiva justificação (via Fórum Estudante).
1. Advogado Virtual – Com a vida diária cada vez mais online, termos especialistas que saibam resolver conflitos que envolvam cidadãos residentes em jurisdições legais diferentes.
2. Bancário do tempo – Os Bancos de Horas (ou Bancos do Tempo) são comunidades de troca de serviços que permitem às pessoas inscritas ganhar créditos de tempo por serviços prestados à comunidade e gastar esses créditos comprando outros serviços à comunidade.
3. Criadores de Veículos Alternativos – Designers e construtores da nova geração de veículos de transporte que usam energias alternativas.
4. Disseminadores de informação personalizada – Com os media de radiodifusão a tornarem-se mais personalizados, vão emergir novos especialistas de conteúdos e publicitários à medida das soluções individuais feitas à medida.
5. Especialista em Marketing Pessoal Online – Profissional de aconselhamento para desenvolver um marketing pessoal nas redes sociais e noutros suportes.
6. Gestor de Informação relevante e segura – Especialistas que filtram e editam dados significativos e seguros para Governos,empresas, organizações, pessoas, etc.
7. Gestor/Consultor Especialista em População Sénior – Gestores de um leque de soluções integradas na área da saúde e bem-estar da população sénior.
8. Agricultores verticais – Agricultores especializados em culturas agrícolas em prateleiras na vertical, com solos artificiais alimentados por soluções nutritivas.
9. Assistente Social para as redes sociais – Assistentes sociais para pessoas traumatizadas ou marginalizadas pelas redes sociais.
10. Especialista em reversão de mudanças climáticas – Com as ameaças e o impacto das mudanças climáticas, é necessária uma nova geração de especialistas  dedicados a reduzir ou reverter os efeitos indesejados dessas mudanças.
11. Farmacêutico de culturas e pecuária geneticamente modificada – Os farmacêuticos são a nova geração de agro pecuários que aumentarão a produção de culturas e a criação de animais de espécies geneticamente modificadas.
12. Gestor de Avatares pedagógicos – Os avatars podem ser usados para apoiar professores em salas de aula e no ensino à distância mas terão de haver especialistas que criem e orientem a actuação destes avatares.
13. Gestor e organizador informático e electrónico – Especialistas que vão ajudar a organizar as nossas informáticas e electrónicas: gestão de e-mail, de dados, redes sociais, aplicações, etc.
14. Pilotos, Arquitectos e Guias turísticos espaciais – Para os programas de turismo espacial serão necessários pilotos e guiasturísticos espaciais assim como designers de arquitectura para tornar possível a habitação do espaço e de outros planetas.
15. Profissional de Ética para as novas ciências – Uma nova geração de profissionais de ética que têm de compreender diversas áreas científicas para ajudar a sociedade a tomar decisões consistentes sobre que desenvolvimentos permitir.
16. Fabricante de partes do corpo – Com os avanços nas áreas dos tecidos celulares, da robótica e dos plásticos, será possível a criação de partes do corpo humano e surgirão fabricantes, lojas e oficinas de reparação de órgãos e membros.
17. Polícia da Modificação Climática – A arte de “roubar” nuvens para fazer chuva já acontece em algumas zonas do mundo, e tem de passar a ser monitorizada e controlada pois altera os padrões climáticos.
18. Nano-Médico – Os avanços na nanotecnologia potenciam uma série de novos instrumentos que podem transformar os cuidados de saúde e serão necessários especialistas para os administrar.
19. Cirurgião de aumento da memória – Uma nova categoria de cirurgiões cujo papel será adicionar memória extra às pessoas que desejarem mais capacidade de memória.
20. Gestor/Instaurador de Quarentenas – No caso de acontecerem vírus e epidemias mortais serão necessárias quarentenas impostas e alguém terá de saber liderar essas situações.

fonte: Green Savers

Bebês são internados após receber remédio errado em posto de saúde

Bebês são internados após receber remédio errado em posto de saúde 

Portal Terra
Dois bebês gêmeos, de seis meses de idade, foram internados nesta quarta-feira no Hospital de Base de São José do Rio Preto (SP) após receber medicação errada em um posto de saúde da cidade de José Bonifácio, no interior de São Paulo.
A mãe, Jéssica Fernanda de Souza, 16 anos, disse que levou os filhos, Maykon e Mayron, ao posto na segunda-feira, para tentar curar uma gripe.
A médica receitou três medicamentos, entre eles um antialérgico, que a farmácia da unidade teria trocado por outro remédio, denominado neuleptil, indicado para tratamento de crianças autistas acima de dois anos de idade.

As crianças, que apresentaram sonolência e correram risco de sofrer uma parada cardiorrespiratória, continuavam internadas na manhã desta quinta-feira. Segundo Jéssica, como a receita estava ilegível, ela não conseguiu perceber a troca dos remédios. Na quarta-feira, ao perceber o estado de sonolência dos filhos, decidiu procurar ajuda médica, que recomendou a internação.

Segundo o hospital, os bebês tiveram sorte por não terem apresentado uma reação mais radical. Eles ficaram apenas sonolentos, saindo do estado de sedação nesta manhã. De acordo com a instituição, os dois devem receber alta ainda nesta quinta-feira.

Os pais dos gêmeos devem fazem um boletim de ocorrência na Polícia Civil para denunciar o erro. O secretário de Saúde de José Bonifácio, Tercílio Francisco do Prado, disse à imprensa que o município está abrindo um procedimento administrativo para investigar os motivos da troca.

fonte: Jornal do Brasil

RS - Parceria com os Correios permitirá que medicamentos cheguem em até 48 horas ao interior gaúcho

A Secretaria Estadual da Saúde fechou contrato com os Correios para a distribuição de medicamentos no Estado. Por meio da parceria, a empresa fará toda a logística dos materiais destinados às coordenadorias regionais de saúde e prefeituras, o que dará mais agilidade ao serviço. A estimativa é que, no máximo em 48 horas, os medicamentos serão entregues em qualquer município gaúcho. O contrato foi assinado, na quarta-feira (08), entre o secretário da Saúde, Ciro Simoni, e o diretor adjunto regional dos Correios, José Francisco de Castro.

O serviço atenderá inclusive os medicamentos chamados termolábeis, que necessitam de cuidados especiais quanto a temperatura. A empresa também fará a logística inversa, que é o remanejo entre um município e outro, evitando que haja sobra de um produto em um lugar e a falta do mesmo em outro. Além do trabalho prestado pelos Correios, a secretaria continuará com sua frota própria realizando as rotinas mensais de distribuição.

O secretário Ciro destacou a importância neste momento como "um caminho para atender a população com qualidade e maior agilidade". O diretor adjunto regional da empresa salientou também que o transporte dos medicamentos terá um tratamento especial. "Estamos empenhados em prestar o melhor serviço para que tanto os Correios quanto a Secretaria da Saúde sejam lembrados como referência", disse Castro.

fonte: Agora

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Portugal - Nimesulida passa a ser indicada apenas para tratamentos de curta duração

A Autoridade Nacional do Medicamento (Infarmed) retirou a indicação terapêutica dos medicamentos com nimesulida para o tratamento sintomático da osteoartrose dolorosa. Isto quer dizer que os fármacos com esta molécula apenas devem ser prescritos para tratamentos de curta duração que não ultrapassem os 15 dias e não para casos crónicos.

“Os medicamentos de uso sistémico que contêm nimesulida foram alvo de várias avaliações de segurança e consequentes restrições à sua utilização, com o objectivo de reduzir o risco de lesões hepáticas”, esclarece o Infarmed numa circular informativa, em referência aos danos causados no fígado de pessoas que utilizaram esta substância de forma prolongada.

Em Portugal, no ano passado, foram vendidas quase 1300 milhões de embalagens de medicamentos com nimesulida – um anti-inflamatório não esteróide utilizado no combate a sintomas como a dor ou a febre.

“A avaliação da relação benefício-risco mais recente, realizada pelo Comité de Medicamentos de Uso Humano (CHMP) da Agência Europeia do Medicamento (EMA), introduziu uma nova restrição importante para garantir que a nimesulida é utilizada apenas em tratamentos de curta duração. Foi retirada a indicação terapêutica para tratamento sintomático da osteoartrose dolorosa”, acrescenta o regulador nacional do sector do medicamento.

Assim, na bula dos medicamentos com esta substância as indicações terapêuticas passarão apenas a falar em “tratamento da dor aguda”, reforçando o Infarmed que “a nimesulida deve ser prescrita apenas como tratamento de segunda linha”. E sublinha: “Alguns estudos demonstraram que a nimesulida tem a mesma eficácia, no tratamento da dor aguda, que outros anti-inflamatórios não esteróides, tais como, o diclofenac, ibuprofeno e naproxeno, pelo que, o CHMP concluiu que os benefícios da nimesulida já não superam os riscos associados à utilização crónica no tratamento sintomático da osteoartrose dolorosa”.

Os doentes que estiverem a tomar medicamentos com esta substância de forma regular “devem consultar o seu médico para que lhes seja prescrita uma alternativa terapêutica adequada”.

fonte: Portal Publico.pt

Alto consumo de medicamentos para emagrecer


12% dos brasileiros usam emagrecedores, enquanto a média na América Latina chega a 8%

Os brasileiros estão entre os povos latino-americanos que mais consomem remédios para perder peso. É o que indica levantamento feito pela Nielsen Holding, empresa especializada em pesquisa de consumo.

Os pesquisadores ouviram 25 mil pessoas, por meio da internet, e constataram que 12% dos brasileiros usam emagrecedores, enquanto a média de consumo de emagrecedores na América Latina chega a 8%. Venezuela e Peru são os países com menor consumo desse tipo de medicamento.

Isso prova que grande parte dos brasileiros está insatisfeita com a própria silhueta. A pesquisa constatou, ainda, que 43% dizem estar um pouco acima do peso e 16% afirmam estar acima do peso. Apenas 30% mostram-se satisfeitos com o peso atual. O que preocupa é que a insatisfação dos brasileiros está bem próxima da média mundial, já que, de acordo com o estudo, 53% das pessoas no mundo dizem estar um pouco acima do peso.

O estudo mostra ainda que 50% dos brasileiros tentam atualmente perder peso de alguma forma. Desses, 76% apelam para a mudança na dieta e 64% dizem estar fazendo exercícios. Os mexicanos são os que mais buscam estar em forma. Cerca de 60% deles tentam perder peso. Dessa porcentagem, 66% fazem exercícios físicos. Os que menos se exercitam são os peruanos, já que apenas 49% buscam a atividade para perder peso.

Os pesquisadores também revelam que 52% dos latino-americanos não entendem nada ou apenas parte das informações nutricionais contidas nas embalagens dos alimentos. Os latino-americanos (64%) são os que mais defendem a inclusão de informações calóricas nas embalagens, contra 53% dos europeus e apenas 28% dos africanos e árabes. (TM)

fonte: JM online

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Comissão de Constituição e Justiça aprova projeto do Ato Médico

[Foto: ]
A Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) acaba de aprovar, em votação simbólica, o projeto do Ato Médico (SCD 268/2002), que estabelece atividades privativas dos médicos. Apenas os senadores Demóstenes Torres (DEM-GO) e Aloysio Nunes (SPDB-SP) votaram contra. A matéria será ainda analisada pelas comissões de Educação (CE) e de Assuntos Sociais (CAS), antes de seguir para Plenário.


Na reunião desta manhã na CCJ, o relator da matéria, senador Antônio Carlos Valadares (PSB-SE), rejeitou duas emendas, apresentadas pelos senadores Luiz Henrique da Silveira (PMDB-SC) e Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), e manteve seu voto, lido na última reunião da CCJ em dezembro de 2011.

Para chegar à aprovação, Valadares rejeitou modificações polêmicas feitas no projeto pelos deputados e resgatou medidas contidas no substitutivo de Lúcia Vânia (PSDB-GO), que foi relatora na CAS na primeira fase de tramitação no Senado.

Matéria controversa, o projeto do Ato Médico tramita há dez anos no Congresso: foi aprovado no Senado em 2006 e enviado à Câmara, onde foi modificado pelos deputados. Com as mudanças, voltou em 2009 para análise dos senadores, que devem opinar sobre as alterações. A reunião de hoje mobilizou dezenas de integrantes de entidades representativas dos médicos e de outras categorias da área da saúde, que lotaram a sala da comissão.
Mais informações a seguir
Da Redação / Agência Senado
(Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Pronunciamento sobre o Ato Médico no Senado

Ouçam o pronunciamento do Presidente do Conselho Federal de Fisioterapia na audiência sobre o Ato Médico no Senado...
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Na filmagem vemos a presença do Presidente do CFF Dr. Walter Jorge Joao sentado ao lado do colega Dr. Maldonado (Assessor Técnico do CFF).
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Estamos presente...
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link do vídeo.
http://www.senado.gov.br/noticias/tv/videos/cod_midia_144588.flv

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

CFF - Consulta Pública nº 01/2012 - Manipulação de antineoplásico.

CFF abre Consulta Pública nº 01/2012

Data: 24/01/2012
 
O Conselho Federal de Farmácia (CFF) abre a Consulta Pública nº 01/2012, para receber sugestões sobre a competência legal, do farmacêutico, para o exercício da manipulação de antineoplásicos.

A Consulta Pública é uma ferramenta usada por entidades governamentais, administrativas e de classe, que abre a possibilidade de discussão sobre diversos temas em qualquer área, inclusive a Farmácia. Ela permite, de forma democrática e transparente, a participação e contribuição de todos na construção de resoluções e projetos em benefício da categoria farmacêutica.

As sugestões e opiniões devem ser enviadas para o e-mail comunicacao@cff.org.br, até o dia 23 de fevereiro de 2012.

Proposta:
Ementa: dispõe sobre a competência legal para o exercício da manipulação de antineoplásicas pelo farmacêutico.
O Conselho Federal de Farmácia (CFF), no exercício das atribuições que lhe são conferidas pela alínea “m”, do artigo 6º, da Lei n.º3.820 de 11 de novembro de 1960, modificada pela Lei n.º9.120 de 26 de outubro de 1995, e
- Considerando o disposto na Resolução n.º04 de 1969 do Conselho Federal de Educação, e o disposto no Decreto n.º85.878 de 07 de abril de 1981, artigo 1º, incisos I e VI; Considerando a necessidade de complementar os termos da Resolução CFF n.º288 de 21 de março de 1996;
- Considerando a necessidade de estabelecer rotinas e procedimentos e de assegurar condições adequadas de formulação, preparo, armazenagem, conservação, transporte, dispensação e utilização de antineoplásicos, bem como o gerenciamento correto dos resíduos oriundos da manipulação desses medicamentos nos estabelecimentos de saúde, objetivando a segurança do farmacêutico;
- Considerando o disposto no anexo I, itens 5.4 e 5.4.1 da Resolução de Diretoria Colegiada (RDC) da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) n.º220 de 21 de setembro de 2004,
RESOLVE:
Art. 1º - É atribuição privativa do farmacêutico a manipulação de antineoplásicos e similares nos estabelecimentos de saúde.
Art. 2º - No exercício de suas atividades na área de oncologia, é fundamental que o farmacêutico mantenha-se sempre atualizado.
Parágrafo único – Caberá, ainda, ao farmacêutico:
I – atuar nos processos de seleção, padronização, aquisição e guarda dos materiais necessários ao preparo dos antineoplásicos;
II – avaliar os componentes da prescrição médica, quanto à quantidade, qualidade, compatibilidade, estabilidade e interações com outros antineoplásicos e com alimentos;
III – proceder à manipulação dos antineoplásicos segundo prescrição médica, em concordância com o que é preconizado na literatura científica;
IV – manipular antineoplásicos em condições assépticas, obedecendo aos critérios de biossegurança dispostos na legislação sanitária em vigor;
V – orientar e capacitar a equipe de profissionais de saúde no que se refere aos processos relacionados à quimioterapia antineoplásica, além de estabelecer condutas a serem seguidas nas etapas de manipulação, contribuindo para a elaboração de protocolos relativos à prevenção, detecção e tratamento das reações adversas a medicamentos (RAM);
VI – assegurar o adequado preenchimento do rótulo de cada unidade de antineoplásico manipulado, verificando a exatidão das informações, assinando e colocando o número do registro no respectivo Conselho Regional de Farmácia (CRF), o volume e a concentração de cada componente adicionado, bem como as devidas recomendações relativas à estabilidade, administração e condições de armazenamento;
VII – determinar o prazo de validade de cada unidade de antineoplásico manipulado, garantindo sua estabilidade de acordo com as condições de preparo e características da substância;
VIII – assegurar o rastreamento e a garantia da qualidade em todas as etapas do preparo dos antineoplásicos, seguindo procedimentos escritos e validados até a sua correta administração;
IX – registrar cada unidade produzida de antineoplásico em livro exclusivo, com termo de abertura, ou por meio eletrônico, no qual deverá constar: nome completo e número do registro do paciente; número do leito; idade; diagnóstico; data e número sequencial de preparo; nome, concentração e quantidade do medicamento; protocolo de referência; nome completo e número do registro no CRF do farmacêutico responsável pela manipulação; e, outras informações que contribuam para a elaboração do perfil farmacoterapêutico do paciente;
X – elaborar plano de gerenciamento de resíduos dos antineoplásicos, de acordo com a legislação sanitária em vigor;
XI – observar as normas de segurança individuais e coletivas para a manipulação de antineoplásicos, recomendadas nacionalmente e internacionalmente, de acordo com a legislação vigente;
XII – desenvolver estudos de farmacoeconomia relacionados à terapia antineoplásica;
XIII – participar, efetivamente, das visitas aos pacientes, reuniões, discussões de casos clínicos, elaboração de protocolos clínicos e de outras atividades técnico-científicas junto à equipe multiprofissional de terapia antineoplásica;
XIV – propiciar a oferta de estágios supervisionados a farmacêuticos e estudantes de Farmácia, nos estabelecimentos de saúde onde se manipulam medicamentos antineoplásicos;
XV – disponibilizar, a todos os que compõem a equipe multiprofissional de terapia antineoplásica, ficha técnica com informações toxicológicas sobre os antineoplásicos, mantendo-a em local de fácil acesso para consulta;
XVI – desenvolver pesquisas clínicas de antineoplásicos, nas áreas hospitalar e industrial;
XVII – participar, elaborar e atualizar artigos técnico-científicos relacionados às características, manuseio, toxicidade, ordem e tempo de infusão, incompatibilidades e interações, bem como a outros aspectos referentes aos medicamentos antineoplásicos;
XVIII – prestar cuidados farmacêuticos aos pacientes submetidos à terapia antineoplásica oral, quanto a: forma de administração, descarte dos resíduos e demais práticas assistenciais que contribuam para o uso racional e seguro desses medicamentos.
Art. 3º - Esta resolução entrará em vigor na data de sua publicação, revogando-se as disposições em contrário.

Walter da Silva Jorge João
Presidente do Conselho Federal de Farmácia

Envie suas sugestões até o dia 23 de fevereiro, para o e-mail: comunicacao@cff.org.br

Fonte: Site do CFF

7 documentos que sua empresa deve ter sempre em dia

Irregularidades no CNPJ e alvará, por exemplo, podem levar até ao fechamento do negócio



Pilha de papeis
São Paulo - A burocracia para abrir um negócio exige que o empresário esteja atento a uma série de detalhes, documentos, registros e taxas. Porém, depois de consolidada a empresa, ainda é preciso ficar de olho em diversas papeladas.

Como destaca a consultora jurídica do Sebrae-SP, Sandra Fiorentini, há documentos que precisam estar à disposição da fiscalização. “Caso o empreendimento não esteja com tudo em dia, pode ser autuado e correr o risco de receber uma multa ou até ter a empresa fechada”.
De acordo com o professor de Administração da ESPM Adriano Gomes, alguns desses dados são específicos ao ramo de atuação da empresa. “Depende do setor ao qual a empresa está ligada. Aquelas relacionadas a cosméticos, por exemplo, precisarão de licenças especiais na Anvisa. Dependendo do tipo de mercadoria a ser comercializada, é necessária uma autorização do Exército e das Polícias Federal e Civil.”
Veja quais são os documentos que não podem faltar a todo negócio, desde licenças de funcionamento até documentos contábeis e fiscais.
1. Alvará
É a autorização que toda empresa tem para funcionar e obedece a critérios municipais. “Para conseguir a autorização, é preciso verificar se o local do imóvel está regularizado, se há o habite-se, se as planta está regularizada junto à prefeitura, se a lei de zoneamento permite determinada atividade naquela região”, esclarece Sandra.
O alvará deve ser renovado periodicamente, o que também varia em cada cidade – em algumas o prazo é de 1 ano, em outras, de 2 anos. Isso é resolvido junto à cada prefeitura. “Sem o documento, a empresa pode ser fechada a qualquer momento."
2. CNPJ
O Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica é essencial e funciona como um RG da empresa. “Sem ele não é possível fazer nada, nem mesmo emitir nota fiscal. Além disso, a falta deste documento dificulta a compra e venda com outras empresas”, explica a consultora. Qualquer débito em aberto junto à Receita Federal, como a ausência de Imposto de Renda de Pessoa Jurídica, pode levar à suspensão ou restrição do CNPJ.

Para saber se a sua empresa tem irregularidades, consulte o site do órgão federal. Lá também há a possibilidade de realizar pagamentos, parcelar tributos ou imprimir certidões negativas de débito.

3. Inscrição estadual e municipal
Toda empresa de comércio ou indústria precisa ter um cadastro junto à Secretaria de Fazenda do seu estado. No caso das prestadoras de serviço, este registro deve ser feito pelo município. Os motivos que levam a restrições nesta documentação são semelhantes aos do CNPJ, porém, na esfera estadual e municipal. “Basta fazer uma consulta no site da secretaria local e verificar como está a situação da indústria ou comércio. Caso haja irregularidades, basta procurar o órgão para verificar como sanar o problema”, destaca a consultora do Sebrae/SP.
4. Relação Anual de Informações Sociais
A Rais, ou Relação Anual de Informações Sociais, diz respeito à contratação de pessoas e controla as atividades trabalhistas no país. A entrega do documento é obrigatória todo ano, mesmo que não haja contratações. A única excessão são empreendedores individuais, que estão dispensados da entrega.
A relação pode ser enviada pela internet, no site do Ministério do Trabalho e Emprego. Em caso de ausência, a empresa é multada. A taxa é calculada pelos dias de atraso, levando em consideração a quantidade de empregados omitidos – até 30 dias, o valor por empregado é de 4,47 reais, e aumenta conforme o tempo.
5. Cadastro Geral de Empregados e Desempregados
O Caged, ou Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, é a forma pela qual o Ministério do Trabalho controla quem foi demitido e admitido. No site do órgão é possível preencher o formulário. Em caso de não entregar o documento, o empresário precisa justificar e também está sujeito a uma multa.
6. Livros
Toda empresa deve manter documentos que registram as atividades contábeis no local. São os livros diário, razão, entradas e saídas. Como explica o professor da ESPM, no primeiro devem constar todas as movimentações dentro da empresa, como compras, vendas, pagamentos e recebimentos. O livro razão enumera por tipo de pagamento (banco, caixas ou fornecedores) as movimentações. Entradas e saídas dizem respeito às compras de estoque e vendas de produtos realizadas. “Esses balanços são normalmente cedidos à fiscalizações e não podem se contradizer”, diz Gomes.
7. Guias
Também deve estar na mão a Guia de Recolhimento do FGTS (Gefip). Ela deve ser entregue mensalmente e pode ser preenchida no site da Receita Federal. Basta informar os dados da empresa e dos trabalhadores, os fatos geradores de contribuições previdenciárias e os valores devidos ao INSS, bem como as remunerações dos trabalhadores. Outro documento importante é a Guia da Previdência, que comprova o pagamento anual da Contribuição Sindical Patronal e  também deve estar sempre em dia.

fonte: Exame.com


Brasil já não pode vetar publicidade de medicamentos

07/02/2012 - 08:17
A Justiça Federal de Brasília sentenciou o anulamento da resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), entidade que regula os medicamentos no Brasil e que controlava a veiculação de propaganda de fármacos. A determinação, assinada pelo juiz Tales Krauss Queiroz, impede que a entidade faça restrição à publicidade de qualquer tipo de medicamento, avança o PortalImprensa.

A sentença afirma que a publicidade e a propaganda são manifestações do direito fundamental à liberdade de expressão e ainda questiona os limites regulamentares propostos pela resolução da Anvisa, uma vez que cabe ao Conselho Nacional de Auto-regulação Publicitária (Conar) cumprir o papel de fiscalizar e normalizar as acções publicitárias.

A decisão judicial atende à acção movida, em 2009, pela Associação Brasileira de Rádiodifusores (Abra). De acordo com a Abra, “a Anvisa ofendeu o princípio da legalidade, inovando e criando regras limitativas de direitos sobre propaganda e publicidade de medicamentos que apenas podem ser disciplinadas pela lei”.

A sentença judicial garante que emissoras de rádio e televisão ficam livres da interferência da Anvisa sobre a publicidade. A Anvisa ainda pode recorrer da sentença.

fonte: rcm pharma

Mato Grosso - Mais uma fábrica clandestina de medicamentos é fechada em VG

Não bastasse abrigar uma fábrica clandestina de medicamentos, policiais ainda encontraram na residência de Ângelo da Silva Correia, no bairro Parque do Lago, cerca de 130 quilos de pescado irregular. O peixe foi localizado durante vistoria num refrigerador da casa.

De acordo com a PM, eles apresentavam marcas de rede e estavam com tamanho menor do que o mínimo exigido. Após realizar a pesagem foi constatado que havia 136 quilos de pescado de diversas espécies.
O material foi encaminhado para a Delegacia do Meio Ambiente (Dema). O proprietário da residência, identificado pela Polícia como Ângelo da Silva Correia, 37, não foi localizado. Foram conduzidos para a Central de Flagrantes o irmão de Correia e duas adolescentes. 

Novo medicamento português vai ser testado em 2013

Ensaios com fármaco desenvolvido em Coimbra será em doentes oncológicos

 
Novo medicamento português é para combater o cancro.
Novo medicamento português é para combater o cancro.
 
Um novo medicamento para tratamento do cancro desenvolvido por investigadores da Universidade de Coimbra (UC) e pela farmacêutica Bluepharma deverá ser testado em humanos no próximo ano, e em 2015 ou 2016 poderá chegar ao mercado.

Esta expectativa foi manifestada por Sérgio Simões, responsável pela inovação naquela empresa de Coimbra, que vê no novo fármaco
"vantagens competitivas muito grandes" em relação aos da "mesma família" actualmente existentes no mercado. É "significativamente mais potente e significativamente mais seguro". No tratamento exige menores doses e os seus efeitos adversos são menores, explicou.

Além destas vantagens, acresce uma outra, que tem que ver com o facto de o doente poder ser exposto à luz do dia, o que não acontece com medicamentos de primeira e segunda geração, que tornam o doente muito sensível à luz após os tratamentos, realça Sérgio Simões.

O composto está a ser desenvolvido pela empresa Luzitin, Lda., criada por investigadores da UC e pela Bluepharma, e resulta de uma década de investigação no Departamento de Química daquela instituição. Neste momento a empresa já se encontra a realizar estudos não clínicos, com animais, de acordo com os rigorosos protocolos (de segurança) exigidos pelas autoridades de saúde, para poder passar aos ensaios clínicos em doentes oncológicos, no início de 2013.


Terapia fotodinâmica

Trata-se de um medicamento que é ministrado por terapia fotodinâmica, uma técnica que permite atacar de forma mais direccionada as células cancerígenas, com a concentração do fármaco na zona afectada e posterior irradiação por luz. Esta investigação, que Sérgio Simões espera se transforme no primeiro medicamento português de combate ao cancro, neste momento, apresenta-se mais indicada para o tratamento de tumores no pescoço, cabeça e os mais avançados dos pulmões.


No entanto, estão a ser exploradas outras aplicações terapêuticas sublinha Sérgio Simões, que é igualmente presidente da direcção da Luzitn e professor da Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra. A patente desta investigação foi considerada em 2011 a melhor patente da década, em termos absolutos e na área da saúde, arrebatando um total de 40 mil euros em prémios INVENTA.


Este galardão é uma iniciativa do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) e da Caixa Geral de Depósitos (CGD), que visa distinguir e promover as melhores invenções de origem portuguesa em áreas estratégicas para o desenvolvimento da economia e da competitividade nacional.
 
fonte: Ciência Hoje 

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Espanha - El uso incorrecto de los antibióticos provoca más de 25.000 muertes evitables cada año en Europa

Existen riesgos de brotes epidémicos grandes que den lugar a una pandemia real con bacterias multiresistentes



El mal uso de los antibióticos causa más de 25.000 muertes evitables cada año en Europa, según ha destacado la Sociedad Española de Medicina Intensiva (Semicyuc) como una de las conclusiones del XVII congreso sobre infecciones en pacientes críticos que se ha celebrado en Barcelona.

Los intensivistas han querido alertar así sobre las resistencias que desarrollan ciertas bacterias a "casi todos los antibióticos", lo que podría dar pie a situaciones de hace 50 años, con riesgo de brotes epidémicos que den lugar a pandemias. En este sentido, el presidente de la reunión, el doctor Antonio Artigas, ha advertido de que existen riesgos de brotes epidémicos grandes que den lugar a una pandemia real con bacterias multiresistentes dada la ausencia de agentes antibióticos efectivos para determinadas bacterias.

La World Alliance Against Multi-Resistant Organisms (Waamro) ha hecho público un manifiesto en el que reclaman un estatuto especial para estos medicamentos y un programa educacional serio dirigido a los profesionales de la salud y a los usuarios para revertir esta situación. Además, han firmado la "Declaración de Barcelona" ante la necesidad concienciar sobre el mal uso de los antibióticos en Europa. En la declaración se recuerda que los antibióticos deben tener un estatuto especial con normas específicas y reglamentos. 

También solicita que las pruebas de diagnóstico deban desarrollarse para ayudar a los médicos a saber cuándo tratar y enfocar la terapia antibacteriana solo en las infecciones que así lo precisen. Recuerdan que el programa de vacunación debe ser una absoluta prioridad y solicitan un programa educacional serio, tanto para los profesionales de la salud como para los usuarios.

El presidente de los intensivistas españoles, Jose Cunyat, ha apelado a la responsabilidad. "Es hora de reaccionar vigorosamente con el fin de proteger y salvar a los antibióticos y tratar de romper esta espiral descendente de la resistencia", ha asegurado Cunyat. Para ello, la sociedad entiende que es necesaria una estrecha cooperación tanto de los profesionales de la salud como de los usuarios. Del mismo modo, el presidente de intensivistas ha destacado la necesidad de generar información comprensible y convincente a los políticos y la sociedad en general para superar esta situación.

Infarmed: 2180 reacções adversas graves a medicamentos

No ano passado, a Autoridade Nacional do Medicamento (Infarmed) recebeu 2786 notificações de casos de reacções adversas a medicamentos, de acordo com os dados provisórios fornecidos ao Diário de Notícias. Desses, 2180 casos foram classificados como graves, ou seja, podem nomeadamente implicar risco de vida, causar ou prolongar internamento, incapacidade ou malformação. Cerca de metade das notificações recebidas pelo Infarmed foram declaradas por médicos, farmacêuticos e enfermeiros.

“É natural que existam mais notificações de reacções graves, porque os profissionais de saúde estão mais alerta para a situação. 78% do total das reacções adversas foram classificadas como graves. É um número que está dentro do esperado, de acordo com os critérios de notificação estabelecidos internacionalmente”, disse ao DN Cristina Furtado, do Conselho Directivo do Infarmed.

A definição de reacção adversa é quando ocorre algo não desejado após a toma de um medicamento, não havendo necessariamente uma relação de causalidade. Existem reacções adversas conhecidas e que já se encontram descritas no folheto informativo do fármaco. Para assumir a classificação de grave tem de existir morte, risco de vida, internamento, incapacidade persistente ou situações que resultam em malformação congénita ou outra situação clinicamente relevante.

“Das reacções adversas graves notificadas em 2011, houve 161 casos de doentes que morreram. Mas não podemos dizer que houve uma relação directa com a toma do medicamento. Este é apenas um dos critérios internacionais para classificar a gravidade da reacção adversa para efeitos de vigilância”, explicou a responsável ao DN. “Não retiramos do mercado nenhum medicamento por questões de segurança tendo em conta estas notificações”, afirma, lembrando que foram vendidos 240 milhões de embalagens de medicamentos no ano passado.
Entre exemplos de reacções graves estão os casos de narcolepsia descritos em algumas crianças depôs da toma da vacina da gripe A. A situação foi suficiente para levar a Agência Europeia do Medicamento (EMA) a rever a utilização da vacina e a alterar a bula.

Entre os medicamentos mais notificados estão antineoplásicos (tratamento de cancro), antibióticos e imunossupressores. Logo a seguir ao top 3 estão as vacinas, os antirretrovirais e os anti-inflamatórios. Em 2011 houve um aumento de 30% nas notificações de reacções adversas em relação a 2010. Das que foi possível apurar o nome comercial do fármaco em causa, 15% diziam respeito a produtos genéricos.

A Indústria Farmacêutica (1400) e os profissionais de saúde (1300) – em especial médicos, enfermeiros e farmacêuticos – são os principais notificadores.

fonte: Infarmed

Opportunità - In Quintiles Italia (farmaceutico) 100 offerte di lavoro nel 2012

Per i professionisti qualificati del settore medico-farmaceutico, il 2012 si apre con la prospettiva di 100 nuove offerte di lavoro nel corso dell'anno da parte di Quintiles Italia.

La divisione italiana della multinazionale è attiva nei settori dei servizi commerciali per aziende farmaceutiche e biotech; nella ricerca clinica; nei servizi regolatori e nelle soluzioni di market access; e nella ricerca, selezione e somministrazione di figure professionali per le aziende del comparto chimico-farmaceutico.

Le assunzioni si concentreranno prevalentemente nell'area dello sviluppo di progetti di ricerca clinica e in ambito commerciale. Sul primo fronte, Quintiles è in cerca di 30 professionisti per i ruoli di clinical project manager, clinical operations manager e clinical research associate (Cra).

clinical project manager si occuperanno di gestire l'esecuzione di un clinical trial dall'inizio alla fine, assicurando che la gestione dello studio e il raggiungimento degli obiettivi vengano completati con soddisfazione dello sponsor e nel pieno rispetto delle linee guida Standard operation procedures (Sop).

clinical operations manager avranno invece la responsabilità di gestire le risorse umane e i sistemi associati ai singoli progetti clinici, assicurando che ogni persona coinvolta nelle clinical trial abbia le giuste skill per il lavoro.
I Cra, infine, dovranno monitorare tramite visite in sito i centri cui vengono assegnati i progetti per valutare che non vi siano deviazioni dal protocollo, dalle Sop e dalle best clinical practice.
In ambito commerciale, gli inserimenti previsti nel corso dell'anno sono circa 20 e riguardano responsabili delle medical scientific liason, key account manager e product specialist. I primi dovranno sviluppare rapporti per conto di Quintiles con la comunità scientifica e medica e con le istituzioni, fornendo agli interlocutori informazioni sui prodotti e un servizio di comunicazione e formazione scientifica. 

key account manager dovranno invece consolidare la leadership delle aziende sponsor e far sì che un determinato farmaco diventi un punto di riferimento nel trattamento della relativa patologia. Il lavoro dei product specialst, infine, sarà focalizzato sull'interazione con i medici, i key opinion leader e gli altri stakeholder del sistema sanitario nazionale.
Nei prossimi mesi, infine, verranno inseriti ulteriori informatori scientifici dei farmaci e sarà creata una nuova business unit che richiederà una ventina di professionisti in ambito tecnico-scientifico. I candidati cercati da Quintiles sono prevalentemente laureati in discipline chimiche, farmaceutiche, biologiche (nel rispetto dei requisiti di legge eventualmente previsti per le varie cariche), con almeno 2 o 3 anni di esperienza alle spalle nello stesso ambito di attività. Il contratto di inserimento è a tempo indeterminato.

Per i clinical research associate e gli informatori medici-scientifici, Quintiles inserisce prevalentemente neolaureati da formare internamente e da inserire con contratto flessibile prima, e a tempo indeterminato poi.

Le sedi dell'azienda sono a Roma e Milano ed è qui che si concentreranno le assunzioni; i Cra verranno invece reclutati nelle città di residenza e poi inviati nelle cliniche locali per effettuare i controlli.
Per candidarsi è possibile visitare il sito www.quintiles.com nella sezione careers 
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fonte: 
http://job24.ilsole24ore.com/news/Articoli/2012/02/Quintili-apre-60212xml.php?uuid=ee8586b2-4e7b-11e1-bc88-78837e898c8c&DocRulesView=Libero