Farmácia admitiu e lamentou a troca de medicamentos.
Por sorte, mulher não teve lesões graves no olho.
A aposentada Sandra Carvalho de Moraes foi até uma farmácia, em Jardim da Penha, Vitória,
comprar um medicamento para os olhos, mas em troca recebeu um ácido
para pele, com nome semelhante. Sem saber, passou o medicamento errado
nos olhos e quase teve lesões. A farmácia Drogasil admitiu e lamentou a
troca dos medicamentos e está tomando providências para evitar novos
erros.
Sandra conta que foi até a farmácia com a receita do médico e entregou
para a balconista. "Ela me deu os remédios, eu coloquei na sacolinha e
fui para casa". Apesar da letra do médico ser bem legível, em vez do gel
Vidisic ela recebeu um ácido, o Vitacid.
"Coloquei na mão e passei nos olhos. Ardeu demais, queimou demais, eu
estava sozinha em casa. Senti o olho cozinhar! Tive muito medo de abrir o
olho e não enxergar mais. Foi um desespero. Lavei bastante, joguei
bastante água, mesmo assim tinha medo de abrir o olho e não enxergar",
conta Sandra.
Por sorte, ela passou o remédio da forma errada e não teve problemas
maiores. O médico Sebastião Leonardo da Silveira, membro da Sociedade
Capixaba de Oftalmologia do Espírito Santo, alerta para o perigo de usar
um medicamento errado nos olhos. "Aplicar um colírio ou um medicamento
que não for apropriado para o olho, que não tenha o ph adequado, pode
causar inflamação nessa superfície, uma lesão da córnea, da conjuntiva,
lesão grave dependendo da intensidade do medicamento", diz. Em casos
como esse, a orientação do oftalmologista é lavar bastante o olho com
soro fisiológico ou água filtrada.
O médico destaca também alguns cuidados que podem minimizar os erros
nas farmácias e trazer mais segurança para os pacientes, como pedir a
receita impressa, feita no computador. "Também é fundamental entender o
que está sendo receitado pelo médico, tem que sair do consultório
sabendo qual é a medicação e como utilizá-la. Na farmácia, quando
receber o medicamento, tem que conferir", orienta.
De acordo com o Conselho Regional de Farmácia, entre 2012 e 2013, 17
farmacêuticos foram presos no Espírito Santo por terem tido uma conduta
inadequada dentro das farmácias. A orientação é que o consumidor
denuncie qualquer erro para que o conselho posso fiscalizar e punir os
profissionais que agem de forma indevida. "A punição varia desde
advertência verbal ou por escrito, passando por multa e até mesmo
suspensão do exercício da profissão", afirma o presidente do Conselho
Regional de Farmácia, Gilberto Dutra.
Sandra recebeu o medicamento trocado na farmácia (Foto: Reprodução/ TV Gazeta)
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