quarta-feira, 3 de dezembro de 2014
MG: Polícia prende quadrilha que vendia anabolizantes na web
De acordo com o delegado Marcio Lobato, chefe do departamento antidrogas da Polícia Civil, o modo como a quadrilha comercializava os produtos dificultou as investigações, que duraram dois anos. “O que chamou a atenção é que eles não se relacionavam com os compradores. Eles, inclusive, usavam o nome dos consumidores como remetentes nas futuras encomendas”, explicou.
O grupo, que foi apresentado na sede do departamento antidrogas de Belo Horizonte, na tarde desta terça-feira, era comandado por Fernando Luciano dos Santos, 30 anos, que atuava na companhia de um sócio, Silvou Tadeu da Silva, 33 anos. A dupla foi detida em Barbacena, de onde, de acordo com a polícia, partia todo material irregular. “Nós identificamos sites na internet que ofereciam esse tipo de medicamentos, inclusive hormônios, conhecidos como 'bomba', proibidos no Brasil. Fizemos interceptação de algumas cargas. O material era comercializado para quase todos os estados da federação”, contou.
Os outros detidos são Guilherme da Costa Pinto, 26 anos, Wellington Fernandes dos Santos, 34 anos - que eram usados como laranjas para a movimentação financeira da quadrilha - e Silvania Cristina da Paz, 26 anos, responsável por guardar os produtos. Além deles, Felipe da Silva Neiva, 26 anos, que comandava as operações dos sites, foi preso em Paracatu, no interior de MG.
Segundo o delegado, o grupo era a maior quadrilha de comércio de anabolizantes do estado. “Nós não temos registro de uma operação tão grande de uma quadrilha tão organizada em Minas Gerais. Nos últimos três meses eles movimentaram mais de R$ 350 mil”, disse.
Os suspeitos vão responder por tráfico de drogas, além de outros crimes relacionados ao comércio ilegal de medicamentos. A polícia vai atrás do fornecedor dos criminosos. Segundo o delegado, os consumidores desse tipo de produto devem ficar atentos aos risco causados a saúde. “Serve de alerta para as pessoas que buscam o corpo perfeito, em detrimento da própria saúde, porque esse tipo de produto não tem nenhum tipo de higiene adequada, que não se sabe a procedência”, alertou.
Fonte: Jornal do Brasil
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