A Polícia Civil de
Minas Gerais prendeu seis suspeitos de comercializar anabolizantes,
medicamentos controlados e inibidores de apetite, proibidos pela Agência
Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), em Barbacena, no interior do
estado. O material apreendido era vendido pela internet, em sites
clandestinos, e enviado em malotes dos Correios pelos criminosos.
De
acordo com o delegado Marcio Lobato, chefe do departamento antidrogas
da Polícia Civil, o modo como a quadrilha comercializava os produtos
dificultou as investigações, que duraram dois anos. “O que chamou a
atenção é que eles não se relacionavam com os compradores. Eles,
inclusive, usavam o nome dos consumidores como remetentes nas futuras
encomendas”, explicou.
O grupo, que foi apresentado na sede do
departamento antidrogas de Belo Horizonte, na tarde desta terça-feira,
era comandado por Fernando Luciano dos Santos, 30 anos, que atuava na
companhia de um sócio, Silvou Tadeu da Silva, 33 anos. A dupla foi
detida em Barbacena, de onde, de acordo com a polícia, partia todo
material irregular. “Nós identificamos sites na internet que ofereciam
esse tipo de medicamentos, inclusive hormônios, conhecidos como 'bomba',
proibidos no Brasil. Fizemos interceptação de algumas cargas. O
material era comercializado para quase todos os estados da federação”,
contou.
Os outros detidos são Guilherme da Costa Pinto, 26 anos,
Wellington Fernandes dos Santos, 34 anos - que eram usados como laranjas
para a movimentação financeira da quadrilha - e Silvania Cristina da
Paz, 26 anos, responsável por guardar os produtos. Além deles, Felipe da
Silva Neiva, 26 anos, que comandava as operações dos sites, foi preso
em Paracatu, no interior de MG.
Segundo o delegado, o grupo era a
maior quadrilha de comércio de anabolizantes do estado. “Nós não temos
registro de uma operação tão grande de uma quadrilha tão organizada em
Minas Gerais. Nos últimos três meses eles movimentaram mais de R$ 350
mil”, disse.
Os suspeitos vão responder por tráfico de drogas,
além de outros crimes relacionados ao comércio ilegal de medicamentos. A
polícia vai atrás do fornecedor dos criminosos. Segundo o delegado, os
consumidores desse tipo de produto devem ficar atentos aos risco
causados a saúde. “Serve de alerta para as pessoas que buscam o corpo
perfeito, em detrimento da própria saúde, porque esse tipo de produto
não tem nenhum tipo de higiene adequada, que não se sabe a procedência”,
alertou.
Fonte: Jornal do Brasil

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