sábado, 28 de fevereiro de 2015

Pesquisa mapeia uso indevido de ritalina em universitários

Estudo realizado na UFMG quer saber em que situações, quantos comprimidos e por quanto tempo jovens saudáveis usam remédio com o intuito de turbinar o cérebro

A venda de Ritalina e Concerta explodiu nos últimos anos. Tradicionalmente indicados para o tratamento de narcolepsia (distúrbio do sono) e de Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), esses medicamentos tarja preta têm sido utilizados por estudantes, com ou sem prescrição, para “turbinar o cérebro” e, com isso, melhorar o desempenho escolar e acadêmico.
Antonio Scarpinetti/Unicamp
Brasil é o segundo maior consumidor de metilfenidato no mundo; pesquisadores querem traçar perfil de uso em jovens saudáveis
“Tem gente demais usando”, diz a farmacêutica e pesquisadora do Centro de Estudos do Medicamento da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Daniela Junqueira. O Brasil é o segundo do mundo da Ritalina, atrás apenas dos EUA. De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), só em 2011, foram comercializadas 1.212.850 caixas do medicamento nas farmácias do país. Dados do Instituto de Medicina Social da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) apontam que, em dez anos, o consumo de metilfenidato – substância ativa dos dois medicamentos – cresceu 775%. O montante da substância, seja importada ou produzida no País, passou de 122 kg em 2003 para 578 kg em 2012, crescimento de 373%.

Os números de uso são muito altos, mas pouco se sabe sobre o perfil de pessoas que tomam o medicamento, nem quantas usam a substância com o intuito de turbinar o cérebro. Daniela é orientadora da pesquisa de iniciação científica da aluna de graduação Raissa Fonseca Cândido, que desenvolve um estudo com o intuito de traçar um panorama, entre estudantes da UFMG, sobre o uso de medicamento para melhoria do desempenho acadêmico. A universidade tem quase 50 mil alunos.


Na pesquisa, estudantes estão sendo convidados a responder um questionário que mostrará se o estudante faz uso, em que situações, posologia e com que frequência. Raíssa ressalta que a meta é traçar um panorama de uso e não identificar quem está consumindo o medicamento, portanto a identidade do participante é mantida em sigilo.
“Existem estudos realizados nos Estados Unidos que mostram que 10% dos estudantes universitários usam metilfenidato. No Brasil, ainda não temos um estudo amplo sobre isto. Não sabemos para quê as pessoas estão fazendo uso e o medicamento está entre os cinco mais vendidos”, disse Raíssa.

A estudante de farmácia afirma que, quando começou a pesquisa, achou que fosse encontrar mais referência de estudos realizados pelo Brasil. Mas são poucos. Na biblioteca Scielo só existem 34 estudos sobre metilfenidato cadastrados. Uma pesquisa publicada neste ano e feita com estudantes do quinto e sexto ano de uma faculdade de Medicina no Rio Grande do Sul, mostrou que 34,2% dos participantes já haviam usado metilfenidato, sendo que 23,02% haviam usado a substância sem a indicação médica.

Raíssa acredita que o uso exagerado do medicamento esteja relacionado com a pressão social por ter sempre bons resultados e produzir cada vez mais. “Tem também a cultura do imediatismo, um interesse por resultados rápidos, de querer ir bem na prova estudando apenas uma hora”, completa Daniela.


Os resultados da pesquisa da UFMG devem sair no fim do próximo ano e dar um panorama mais amplo do consumo do medicamento no Brasil. “É muito importante que os estudantes respondam. Queremos entender os motivos que os levam a usar, e também porque médicos estariam prescrevendo o medicamento para pessoas saudáveis. Até porque nem todas as pessoas que usam têm déficit de atenção e não há nenhum estudo que comprove que o metilfenidato melhora o desempenho acadêmico”, disse Daniela.

Um estudo realizado na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) mostrou que a Ritalina não promove melhora cognitiva em pessoas saudáveis. O estudo foi feito com 36 jovens (entre 18 e 30 anos) divididos em quatro grupos: um parte tomou placebo e os outros três doses únicas de 10 mg, 20 mg ou 40 mg da medicação. Depois de tomarem os comprimidos, os participantes fizeram testes de atenção e memória. Os quatro grupos tiveram desempenho semelhantes.

“É um medicamento estimulante do sistema nervoso central, é um dos derivados da cocaína, a pessoa se sente mais condicionada, mas o desempenho, de fato, não melhora”, afirma Daniela.

A farmacêutica ressalta que o medicamento tem efeitos colaterais no sistema cardiovascular (taquicardia e hipertensão), além de causar dependência. “É um fármaco autorizado para situações específicas, não para este tipo de uso. Outro problema é que os estudos sobre efeitos colaterais medem períodos de no máximo dois anos de uso. Não se sabe o que pode acontecer no longo prazo”, disse.

Por Maria Fernanda Ziegler - iG São Paulo | - Atualizada às

Fonte:  Saude IG

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

Middlesex County pharmacist suspended for Internet drug scheme

The state has suspended the pharmacist license of the former owner of the Towne Pharmacy who illegally distributed a prescription painkiller to people across the nation in an Internet scheme.

Peter J. Riccio, who in February 2014 sold the North Avenue pharmacy, pleaded guilty in federal court in June 2014 to giving Fiorcet, a pain drug that contains a potentially addictive ingredient, to patients who actually had not been seen by doctors. Out-of-state prescribers instead wrote prescriptions for patients who had filled out online questionnaires.

Riccio, who also owned two Lehigh Valley pharmacies in Pennsylvania, was sentenced to two years probation and a $100 mandatory assessment.

The pharmacy, a local landmark now called Ray Pharmacy, wants to have a new beginning.

"We want to give our customers a fresh start," said Tanup Patel, the manager of Ray Pharmacy. "The history of the pharmacy doesn't have to affect customer service. Our whole goal in taking over the business is to treat the customers fairly."

Riccio still owns the approximately 2,500-square-foot space, but the store has new pharmacists, a bilingual employee to assist customers with prescriptions as well as insurance and a van for home deliveries.
"They can have the same neighborhood service with a new owner," Patel said. "We don't want to go into the past. We want to create a better future for the pharmacy."

Scheme
The federal indictment against Riccio said that customers would visit a website offering prescriptions where customers would choose a drug, then answer yes-or-no questions.

The website, which Riccio did not own or operate, then would send the questionnaire to a physician — often not practicing in the state where the customer lived — who wrote a prescription, without examining or speaking to the customer, reviewing medical records and verifying the information.

The website operator then would send the prescription to Riccio, who filled it and sent it through the mail or by a carrier service to the customer, according to the federal indictment.

On Feb. 5, the state Board of Pharmacy ordered the suspension of Riccio's license for a minimum of five years, beginning retroactively on the date of the June 2014 judgment of conviction.

The state will not consider the reinstatement of Riccio's license at least until June 20, 2019. Before applying for reinstatement, Riccio must pay $45,000 in civil penalties and $14,668.50 to repay the state's investigative and legal costs.

"This pharmacist chose to put profits ahead of public safety and professional integrity," Acting Attorney General John J. Hoffman said. "He provided an addictive, dangerous and often-abused drug to patients who had not actually been seen and evaluated by the unscrupulous doctors who allegedly wrote their prescriptions. I applaud the Board of Pharmacy for suspending his license."

"Pharmacists are required to use their professional judgment when filling prescriptions — especially when, as in this case, the pharmacist admitted that he knew doctors had written these prescriptions without actually seeing the patients," Division of Consumer Affairs Acting Director Steve Lee said. "A licensed practitioner who would engage in such irresponsible behavior has no place practicing in New Jersey — especially at a time when the abuse and diversion of prescription drugs remains one of our greatest public health threats."

Staff Writer Mike Deak: 908-243-6607; mdeak@njpressmedia.com

Farmácia mais antiga do mundo.

Florença abriga a farmácia mais antiga do mundo

Publicado por em setembro 1, 2014


Em Florença, na Itália, a farmácia mais antiga do mundo guarda fórmulas secretas que frades dominicanos criaram na Idade Média

farmácia florença
Tudo começou em 1221 quando frades alquimistas iniciaram suas experiências preparando seus bálsamos, pomadas e remédios para uso próprio em um antigo Monastério na bela Florença, Itália. Com o tempo os elixires, licores e xaropes também entraram para os produtos de uso contínuo e ainda depois, os perfumes passaram a compor suas experiências.

pomadas
A beleza do palácio histórico da farmácia Santa Maria Novella atrai turistas de toda parte. Entre os objetos de época, estão os termômetros feitos a partir de desenhos de Leonardo da Vinci, assim como a garrafa fiorentina de decantação.

Muita gente vai procurar uma grande invenção: o primeiro perfume suave do mundo, que nasceu naquelas salas. Conta-se que em 1500, quando Catarina de Médici estava para se casar com o rei da França, Henrique II, os frades dominicanos criaram um perfume para a noite de núpcias. Tratava-se de um perfume diluído, que mais tarde foi levado para a cidade alemã de Colônia por um italiano e lá ganhou o nome de água-de-colônia.

novella-santa
A primeira água-de-colônia do mundo se chamava Água da Rainha. A fórmula é uma mistura harmoniosa de bergamota da Calábria, limão da Sicília, flores brancas como gardênia e algumas especiarias como alecrim e cravo-da-índia. A água-de-colônia tem um perfume suave, cítrico e que refresca a pele.

Em uma das áreas mais concorridas na farmácia, na sala das ervas, a água anti-histeria que é vendida com o nome de Santa Maria Novella, é um dos produtos mais originais das prateleiras e costuma ter uma procura muito grande, especialmente por mulheres curiosas e ansiosas. Esse produto trata-se de uma espécie de tônico que ao ser ingerido, possui a promessa de acalmar os ânimos.

As portas da Santa Maria Novella, a mais antiga farmácia do mundo, se abrem para a público religiosamente desde 1612. Não deixe de conhecer em sua viagem para a Itália.


Estudo faz relação entre uso de medicamentos diários e demência

Anti-histamínicos, soníferos, antidepressivos, medicamentos cardiovasculares e gastrointestinais, além de relaxantes musculares podem provocar a doença

Uma nova pesquisa da Universidade de Washington afirma que há ligação entre medicamentos diários e demência. Segundo os cientistas, tomar anticolinérgicos — que abrangem os anti-histamínicos, soníferos, antidepressivos, medicamentos cardiovasculares e gastrointestinais, além de relaxantes musculares — em altas doses ou por um longo tempo pode aumentar significativamente o risco de desenvolver Alzheimer e outras demências.

Aplicativo ajuda a controlar a ingestão de medicamentos
— Se os médicos prescrevem uma medicação com efeitos anticolinérgicos, significa que é a melhor terapia para o seu paciente. Eles devem indicar a menor dose eficaz, monitorar a terapia regularmente e interromper o tratamento se é ineficaz — disse Shelly Gray, responsável pelo estudo.

Pesquisadores desenvolvem tatuagem temporária para medir glicose
Os pesquisadores dizem que, em média, as pessoas mais velhas tomam entre quatro e cinco medicamentos prescritos e dois remédios por conta própria a cada dia. Eles afirmam que os medicamentos são uma parte importante da assistência médica para os idosos. No entanto, são mais sensíveis aos efeitos de muitos comprimidos, incluindo anticolinérgicos, que bloqueiam o neurotransmissor acetilcolina — e, portanto, agem sobre o sistema nervoso.

Participaram do estudo 3,5 mil idosos. Os medicamentos mais utilizados durante a pesquisa foram antidepressivos, anti-histamínicos e os que evitam a incontinência urinária (oxibutinina).

As pessoas que tomavam pelo menos 10 miligramas por dia de antidepressivos, 4 de anti-histamínicos ou 5 de oxibutinina por mais de três anos apresentaram maior risco de desenvolver demência. Segundo os pesquisadores, quanto maior o uso de medicamentos anticolinérgicos, maior o risco de desenvolver a doença.

— Os adultos mais velhos devem estar cientes de que muitos medicamentos, incluindo alguns disponíveis sem receita médica, têm fortes efeitos anticolinérgicos — disse Gray.

Fonte: ZH Bem Estar

 

Estado é obrigado a dar medicamento a quem não pode pagar

Os remédios com prescrição médica devem ser fornecidos até mesmo para quem é atendido por plano de saúde

Sai ano e entra ano, e as notícias com reclamações de falta de medicamentos, principalmente de uso excepcional, ressurgem. É uma luta de pessoas vítimas de várias doenças que precisam de determinados remédios para poder viver, mas que o Estado não consegue suprir com agilidade, ou por falta de recursos ou por má gestão administrativa mesmo. 

Quem não consegue pagar por um medicamento prescrito, tem o direito de receber gratuitamente do Estado, afirma a advogada especialista em direto da Saúde, Renata Vilhena. Essa determinação está estabelecida por lei desde 1990.

“Por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), o Estado deverá efetuar a entrega dos medicamentos, mediante prescrição médica. Mesmo os cidadãos atendidos por planos de saúde têm esse direito assegurado”, destaca Renata.

Os principais medicamentos fornecidos pelo sistema público são aqueles incluídos na Relação Nacional de Medicamentos (Rename). Esta é uma lista nacional oficial de medicamentos considerados básicos. Se o médico prescrever um medicamento cujo nome não consta na Rename, primeiro é preciso verificar se não existe alternativa na própria Relação.

O médico deve sempre privilegiar os remédios que fazem parte da Rename. “Se for indispensável ao tratamento, o médico tem autonomia de prescrever outro medicamento, desde que sua eficácia já tenha sido comprovada”, aponta a especialista.

Muitos medicamentos de uso contínuo são caros e a sua disposição é feita em caráter excepcional, diferente dos medicamentos essenciais. Mesmo esses medicamentos, usados por pacientes crônicos ou portadores de patologias raras, devem ser distribuídos gratuitamente. O Programa de Medicamentos Excepcionais, do Ministério da Saúde, adquire ou transfere recursos para que os Estados forneçam esses medicamentos aos pacientes. 
“Devido ao seu custo maior, os medicamentos excepcionais são os que mais faltam na rede pública. Como consequência, mais e mais cidadãos recorrem ao Poder Judiciário para obter os remédios de que necessitam. E a Justiça, com base na Lei, geralmente tem garantido esse direito aos que solicitam”, orienta Renata.

Laudo médico
Na cartilha da Associação dos Familiares e Amigos dos portadores de Doenças Raras, muitos desses casos podem chegar as mais altas instâncias da Justiça. Mas há um entendimento que o fornecimento aos pacientes carentes é de responsabilidade do poder público. A cartilha orienta que o usuário deve ter um laudo médico que especifique claramente os medicamentos necessários, bem como o diagnóstico com o Código de Identificação de Doença (CID) e a justificativa do médico para a solicitação.
O laudo médico de ser legível e assinado pelo médico, sempre com o carimbo, com o nome e o CRM do profissional. 

Padrinho Agência de Conteúdo
 
Divulgado por : Terra

 

 

Sentença inédita no país obriga Visas catarinenses a manter farmacêuticos nas equipes

Transitou em julgado – ou seja, não cabe mais recurso judicial – a sentença a favor da inclusão de profissionais farmacêuticos em todas as equipes de vigilância sanitária no estado de Santa Catarina, sejam elas municipais ou estadual. O processo foi movido contra o Governo do Estado pelo CRF-SC, e a primeira sentença favorável saiu em 2012.

“A legislação vigente já define como ato privativo do farmacêutico a fiscalização sanitária em estabelecimentos farmacêuticos, desde 1981, através do Decreto Federal nº 85.878, que estabelece normas para execução da Lei nº 3.820/60, por ser ele a autoridade na área do medicamento”, resume Hortência Tierling, presidente do CRF-SC.
 
A sentença, de fato reconhece que é preciso ” reconhecer-se o translúcido caráter de ato reservado exclusivamente ao profissional farmacêutico da atividade de fiscalização sanitária de quaisquer estabelecimentos que explorem a atividade farmacêutica, entendidos como aqueles que comercializam drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos”.
 
O Procurador do CRF-SC, Sérgio Gomes Simões Júnior, esclarece que a decisão fixa, para cada autuação realizada sem subscrição do profissional farmacêutico, uma multa de R$ 10 mil. “E mais: se o Governo do Estado não veicular nas suas publicações dirigidas aos municípios a obrigatoriedade do profissional farmacêuticos nas vigilâncias sanitárias municipais, a multa será de R$ 50 mil”, comenta o Procurador.
 
“Vamos cobrar do Governo do Estado a contratação de profissionais farmacêuticos nas equipes de vigilância sanitária no estado de Santa Catarina, e cobrar a tomada de posição em relação aos municípios”, adianta a presidente do CRF-SC. Procuramos corrigir uma prática que vinha se estendendo em nosso Estado de não cumprir com a determinação legal existente há décadas em relação a um dos âmbitos de atuação privativa do farmacêutico. Esperamos que esta decisão sirva de exemplo para que outros Conselhos Regionais de Farmácia do país possam fazer ações semelhantes em seus Estados. Santa Catarina é pioneiro nesta ação que saímos vitoriosos. Ganha a profissão farmacêutica e a saúde pública.