Os gastos anuais com saúde são de 180 mil milhões de dólares e o investimento total na região é de 2,9% do PIB
Antes
de falar sobre qualquer assunto da América Latina é preciso recordar:
este conjunto de países que representa perto de 600 milhões de
habitantes - que partilham vínculos geográficos, linguísticos, culturais
e comportamentais - registou, entre 2000 e 2012, um crescimento
económico médio anual de 5%, tem uma população jovem e com uma taxa de
desigualdades sociais cada vez menor, classes médias em plena expansão e
com maior poder de consumo e tem conhecido um desenvolvimento notável
em termos de segurança, modernização das estruturas produtivas e
amadurecimento das instituições democráticas.
Tendo estes pontos bem assentes, podemos focar-nos numa das áreas que mais potencialidade de negócios oferecem às empresas portuguesas: o sector farmacêutico.
O mercado farmacêutico na América Latina estava avaliado em 2012 em 63 mil milhões de dólares. Entre 2009 e 2019, estima-se que o consumo per capita passará de 77 para 129 dólares. Os gastos com saúde são de 180 mil milhões de dólares anuais e o investimento total na região é de 2,9% do PIB. A expectativa média de vida é de 75 anos e as vendas totais de produtos farmacêuticos totalizaram, no último ano, 50 mil milhões de dólares.
É também verdade que este mercado apresenta dificuldades e perguntas difíceis de responder, sobretudo no que diz respeito à heterogeneidade legislativa: como se faz a certificação de um produto, como se faz a sua adaptação aos climas tropicais, se Portugal está incluído nos países de referência de cada Estado, se existem MOU com as autoridades oficiais de cada país, quais são os procedimentos regulamentares para introdução de medicamentos no mercado, qual a legislação que regulamenta a comercialização e a importação de dispositivos médicos, qual a política fiscal e alfandegária, entre tantas outras. Parece uma tarefa hercúlea mas nenhuma destas questões tem impedido as farmacêuticas portuguesas de conquistarem estes mercados, com tal êxito que hoje em dia já se tornaram fundamentais para a sua facturação.
No Fórum Empresarial "Medicamento e Produtos de Saúde", organizado recentemente pelo IPDAL e pela Ordem dos Farmacêuticos, a esmagadora maioria das empresas presentes já exportava ou inclusivamente já tinha operações montadas no terreno, em vários países da América Latina.
Fonte: Jornal i
Tendo estes pontos bem assentes, podemos focar-nos numa das áreas que mais potencialidade de negócios oferecem às empresas portuguesas: o sector farmacêutico.
O mercado farmacêutico na América Latina estava avaliado em 2012 em 63 mil milhões de dólares. Entre 2009 e 2019, estima-se que o consumo per capita passará de 77 para 129 dólares. Os gastos com saúde são de 180 mil milhões de dólares anuais e o investimento total na região é de 2,9% do PIB. A expectativa média de vida é de 75 anos e as vendas totais de produtos farmacêuticos totalizaram, no último ano, 50 mil milhões de dólares.
É também verdade que este mercado apresenta dificuldades e perguntas difíceis de responder, sobretudo no que diz respeito à heterogeneidade legislativa: como se faz a certificação de um produto, como se faz a sua adaptação aos climas tropicais, se Portugal está incluído nos países de referência de cada Estado, se existem MOU com as autoridades oficiais de cada país, quais são os procedimentos regulamentares para introdução de medicamentos no mercado, qual a legislação que regulamenta a comercialização e a importação de dispositivos médicos, qual a política fiscal e alfandegária, entre tantas outras. Parece uma tarefa hercúlea mas nenhuma destas questões tem impedido as farmacêuticas portuguesas de conquistarem estes mercados, com tal êxito que hoje em dia já se tornaram fundamentais para a sua facturação.
No Fórum Empresarial "Medicamento e Produtos de Saúde", organizado recentemente pelo IPDAL e pela Ordem dos Farmacêuticos, a esmagadora maioria das empresas presentes já exportava ou inclusivamente já tinha operações montadas no terreno, em vários países da América Latina.
Estiveram
reunidas as 14 principais farmacêuticas nacionais com os embaixadores
da América Latina acreditados em Portugal numa sessão de esclarecimento
mútuo sobre as oportunidades que cada um oferece. Nas palavras do
presidente da AICEP, que encerrou os trabalhos, vão ser as empresas que
representam este cluster, que, por estarem a lograr conquistas e
crescimento em contraciclo com o resto da economia, irão ajudar o país a
dar a volta à situação em que se encontra actualmente. Para Pedro Reis,
o IPDAL e a Ordem dos Farmacêuticos conseguiram reunir "duas
prioridades do governo de Portugal: a América Latina e a indústria
farmacêutica".
Secretário-geral do Instituto para a Promoção e Desenvolvimento da América Latina
Secretário-geral do Instituto para a Promoção e Desenvolvimento da América Latina
Fonte: Jornal i
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