quarta-feira, 4 de abril de 2012

Crise provoca suicídio na Grécia de um Farmacêutico e um aposentado.

Crise provoca suicídio na Grécia

Em protesto às medidas de austeridade e à crise que assola a Grécia, um farmacêutico e pensionista grego de 77 anos cometeu suicídio nesta quarta-feira na Praça Syntagma em frente ao Parlamento do país, região central de Atenas. Ele não é o único. A crise elevou o número de pessoas que tiraram a própria vida.


Segundo o diário local “Kathimerini”, o homem, que foi identificado como Dimitris Christoulas, morreu após atirar em si mesmo e deixou uma nota antes de tirar a própria vida.

“Eu não encontro outro caminho para reagir a não ser dar um fim definitivo antes que eu tenha que começar a revirar o lixo para sobreviver e me torne um fardo para meu filho”, dizia o texto deixado pelo aposentado.

Na nota, Christoulas também comparou o atual governo grego à administração de Georgios Tsolakoglou na Grécia, durante o período da Segunda Guerra Mundial. Tsolakoglou é conhecido por ter colaborado com a ocupação nazista no país.

Ainda segundo o “Kathimerini”, o presidente do Sindicato dos Farmacêuticos de Attica, Constantinos Lourantos, afirmou que conhecia Christoulas e que o colega era calmo e considerado “um homem de família”. Ainda não está claro quais eram os problemas econômicos enfrentados pelo aposentado que motivaram o ato. Parentes do farmacêutico ainda não se pronunciaram à imprensa.

A crise financeira que o país enfrenta causou o aumento no número de suicídios entre os gregos. Entre 2000 e 2008, a Grécia apresentava uma média anual de 366 suicídios, uma das mais baixas do continente europeu. No entanto, em 2009, 2010 e 2011, anos em que a crise se agravou, o país registrou 507, 622 e 598 suicídios, respectivamente.

Medidas de austeridade

Os gregos vêm sofrendo nos últimos meses com duras medidas de austeridade, que incluem o corte de 15% nas pensões de aposentadoria. As medidas são uma exigência da Troika – formada pela UE (União Europeia), pelo FMI (Fundo Monetário Internacional) e BM (Banco Mundial) – para aprovar empréstimos ao país que sofre uma crise econômica sem precedentes.

O Parlamento do país havia aprovado em fevereiro um plano econômico que previa, além do corte nas pensões, redução de salário e demissões de funcionários públicos. Com a medida, o governo pretende “economizar” 3,3 bilhões de euros das contas públicas. Mass quem tem "pagado a conta" é o trabalhador.

O plano econômico gerou uma série de protestos da população, que se vê extremamente prejudicada pelas medidas impostas pelo governo grego e que tem tornado a Grécia Refém dos ditames do FMI e da UE.

Com agências

Fote: Vermelho

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