A
ideia de grande expansão de farmácias e drogarias apenas como uma
questão comercial não agrada o Conselho Regional de Farmácia de Goiás
(CRF-GO), já que por lei são estabelecimentos de saúde. Mas Goiás também
está acima da média de farmacêuticos por habitantes: é o quinto no
ranking, com 2,46 profissionais para cada 2 mil pessoas. No Brasil a
média é de 1,76, de acordo com censo de 2014 do Instituto de Pesquisa e
Pós-Graduação para o Mercado Farmacêutico (ICTQ).
“Hoje temos média elevada de 2,5 profissionais por
estabelecimento, um nível maior do que em outras capitais, o que é bom.
Mas não pode existir apenas o viés comercial, já que a população tem
dificuldade para agendar médico e pode ter o primeiro atendimento nas
farmácias”, afirma a vice-presidente do CRF-GO, Lorena Baía. Com a lei
de 2014, ela explica que ampliou justamente a possibilidade dos serviços
clínicos e atualmente o farmacêutico pode prescrever medicamentos e ser
responsável por isso, o que também é um serviço diferenciado.
“Tem chance maior de fidelizar o cliente do que as
farmácias que oferecem só o desconto, que está ligado só ao mercado
econômico, pois o paciente quer ser cuidado.” Ela pontua também que, com
as mudanças o CRF-GO, também tem investido em cursos de formação, já
que novo cenário exige maior responsabilidade e qualificação, já que os
medicamentos de venda livre não são isentos de reações adversas e
precisam ser usados de forma correta.
“Assim o acesso ao profissional de saúde é gratuito e
24 horas por dia.” Dessa forma já é possível ver maior propaganda também
pelos serviços de medir glicemia, pressão e orientação, além das
promoções. Baía explica que o preço é controlado e a grande concentração
na capital goiana também se deve ao polo farmoquímico do Estado.
Fonte: Jornal O Popular
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