segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Farmacêuticos pessimistas sobre SNS e profissão


Farmacêuticos pessimistas sobre SNS e profissão

Mais de metade dos farmacêuticos considera que a profissão está pior do que há cinco anos e que o Sistema Nacional de Saúde também se degradou desde 2005
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O estudo 'Global Survey of Pharmacists 2010', que teve como amostra mais de dois mil farmacêuticos de oito países (Portugal, Reino Unido, França, Alemanha, Itália, Turquia, Austrália e EUA), demonstra que 55% dos farmacêuticos portugueses consideram que a profissão está pior do que há cinco anos.
No entanto, 90% expressam satisfação relativamente à carreira. O contacto com os doentes e a possibilidade de ajudá-los é a componente que mais agrada a 88% dos inquiridos portugueses.  
Segundo disse à Agência Lusa a directora do Centro de Estudos e Avaliação em Saúde (CEFAR), "Portugal aparece como um dos países número um naquilo que são os motivos que mais conduzem à satisfação dos farmacêuticos relativamente à sua profissão e que têm que ver directamente com o doente".  
Do total de inquiridos nos oito países, 47% mostraram-se "muito satisfeitos" com a profissão e 76% consideraram que "ajudar e contactar com os doentes" é o melhor de ser farmacêutico.  
O que menos agrada na profissão a 81% dos inquiridos prende-se com questões de condições e carga de trabalho, bem como questões burocráticas.  
Para 51% dos farmacêuticos portugueses, a falta de reconhecimento como profissionais de saúde e as questões relacionadas com o controlo de preços, comparticipações, alterações legislativas e genéricos são os maiores desafios que enfrentam hoje em dia.  
A grande maioria dos farmacêuticos portugueses (93%) considera que "mais do que nunca" espera-se que estes profissionais transmitam aos doentes mais informação e aconselhamento.

Mais de 75% dos inquiridos consideram até que a carga de trabalho "aumentou significativamente" devido à prestação de serviços farmacêuticos além da venda de medicamentos, sendo que 74% acham que não são devidamente recompensados por isso.

O estado em que se encontra o Sistema Nacional de Saúde (SNS) é outra das preocupações dos farmacêuticos portugueses. Mais de metade dos inquiridos (56%) consideram que o SNS está pior agora do que em 2005. A média dos inquiridos dos oito países é ligeiramente mais baixa, situando-se nos 43%.  
O estudo, realizado pela consultora internacional APCO Insight para a Federação Internacional de Farmácia (FIP) e patrocinado pela farmacêutica Pfizer, foi hoje. Segunda-feira, apresentado durante o Congresso Mundial de Farmácia, que decorre até quinta-feira no Centro de Congressos de Lisboa.

fonte: http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Sociedade/Interior.aspx?content_id=1651510

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