terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Médico alerta sobre uso inadequado de medicamentos para o ouvido

Da Redação

Agência Pará de Notícias

O médico, professor adjunto de Saúde Comunitária e coordenador do Laboratório de Medicina Baseada em Evidências da Universidade do Estado do Pará (Uepa), Regis Bruni Andriolo, apresenta nesta terça-feira, 4, estudo que tem por objetivo desencorajar médicos otorrinolaringologistas e pediatras para a prescrição de anti-histamínicos e descongestionantes às crianças com otite (inflamação do ouvido) média aguda e com efusão (acumulação de líquidos) que são atendidas no Centro de Saúde Escola do Marco, mantido pela Uepa.
Na opinião do especialista, caso seja adotada a medida, poderão ser evitados problemas de saúde futuros decorrentes do uso prolongado desses remédios. Com a colaboração do Programa de apoio e Desenvolvimento às Atividades de Pesquisa - edital 061/2010, do CNPq, e da Secretaria de Estado de Saúde Pública do Pará (Sespa), a sensibilização tem como base dezenas de recomendações científicas já publicadas na literatura médica.
Em nota técnica, Regis chama a atenção para dois itens, sendo que o primeiro aponta “um estudo abrangendo ensaios clínicos rigorosos disponíveis na literatura médica mundial, totalizando 2.695 pacientes testados. Os resultados demonstraram que o uso de anti-histamínicos e descongestionantes não está associado à resolução da otite média aguda em crianças. Pelo contrário: os medicamentos aumentaram, significativamente, de cinco a oito vezes, as chances de malefícios, como diarreia, exantema (erupções cutâneas), tontura, psicose, ou necessidade de interrupção do tratamento por intolerância ao tratamento”.
Em outro tópico da nota, o pesquisador ressalta outro estudo, em que “16 ensaios clínicos perfizeram 1.880 pacientes testados com o diagnóstico de otite média com efusão e os resultados também demonstraram que o uso de anti-histamínicos e descongestionantes triplicaram sintomas, como irritabilidade, sedação e desconforto gastrointestinal”.
Em sua palestra, a ser realizada no auditório da auditório da Unidade de Ensino Assistência de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (Ueafto) da Uepa, Régis Andriolo afirma que o Estado poderia economizar de R$ 350 mil a R$ 4.200 milhões ao ano, considerando a faixa etária de um a 14 anos. “Lembramos que a proporção de 30% de prescrições constitui resultado preliminar de um levantamento que está sendo feito pelas alunas Marina de Azevedo Martins e Angélica Costa, com a contribuição da médica otorrinolaringologista Gisele Hennemann”.
SERVIÇO
A palestra será ministrada nesta terça-feira, 4, às 19 horas, no auditório da Unidade de Ensino Assistência de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (Ueafto) da Uepa, campus Almirante Barroso. Informações: (91) 3276-3023e 8132-4271.


Texto:
Mozart Lira - Sespa
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Divulgação: Portal PA

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