sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Antibióticos - Alerta para risco de uso e venda indiscriminada.

Superbactéria reacende alerta para o risco do uso e venda indiscriminada de antibióticos

Quanto mais expostas às variações de antibióticos, mais resistentes se tornam as bactérias


Uma superbactéria que está avançando pelo país preocupa autoridades de saúde pública e reascende a importância da restrição da venda e uso de antibióticos. Por lei, a venda desses medicamentos só deve ser feita perante prescrição médica, porém, segundo o chefe das Emergências do Complexo Hospitalar Santa Casa, o clínico geral Leonardo Fernandez, nem sempre isso acontece.

— O uso indiscriminado dos antibióticos pode tornar as bactérias mais resistentes — alerta o médico.

Por se tratarem de seres vivos, as bactérias são capazes de resistir aos seus agressores, nesse caso, os antibióticos. Quanto mais expostas aos variados tipos desses remédios, mais resistentes estes microorganismos podem ficar.

A resistência pode ser transmitida de uma bactéria à outra através de informações genéticas, como ocorre nos seres humanos. A diferença é que o ciclo de vida de uma bactéria é curto e ela se multiplica muito mais rapidamente, proliferando diversos grupos de bactérias mais fortes, como é o caso da KCP — uma abreviação do seu nome científico.

Estado lança medidas de prevenção contra a superbactéria

— O que acontece é que quando a pessoa realmente precisar de tratamento com antibiótico, ele pode não funcionar - afirma a professora de Farmacologia e Toxicologia da Faculdade de Farmácia da PUCRS, Flávia Valladão Thiesen.

A bactéria multirresistente dificulta o tratamento de doentes e força o uso de drogas altamente tóxicas ou que, por serem muito caras, nem sempre estão disponíveis na rede pública. O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, anunciou essa semana que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) está concluindo uma regulamentação para evitar a venda de antibióticos sem receita médica.

De acordo com Fernandez, a KCP é uma bactéria hospitalar, portanto também são necessárias medidas de prevenção e higiene nesses ambientes:

:: Ao visitar um paciente, lave bem as mãos antes e depois de entrar no hospital

:: Evite ter contato com muitos pessoas dentro do ambiente hospitalar

:: Não fique dentro do hospital por longas horas. Visitas devem ser rápidas

:: Caso esteja doente ou mesmo com um resfriado evite visitar pessoas internadas
Os erros mais comuns com relação à automedicação:

:: Uso abusivo de medicamentos (polimedicação)

:: Uso inadequado de medicamentos antimicrobianos, freqüentemente em doses incorretas ou para infecções não-bacterianas

:: Uso excessivo de injetáveis nos casos em que seriam mais adequadas formas farmacêuticas orais

:: Prescrição em desacordo com as diretrizes clínicas

:: Automedicação inadequada, frequentemente com medicamento que requer prescrição médica

Fonte: Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia

Estatísticas da Organização Mundial de Saúde (OMS):

:: Em todo o mundo, mais de 50% de todos os medicamentos receitados são dispensáveis ou são vendidos de forma inadequada

:: Cerca de 1/3 da população mundial tem carência no acesso a medicamentos essenciais

:: Em todo mundo, 50% dos pacientes tomam medicamentos de forma incorreta

fonte: http://www.clicrbs.com.br/especial/rs/bem-estar/19,0,3082388,Superbacteria-reacende-alerta-para-o-risco-do-uso-e-venda-indiscriminada-de-antibioticos.html

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