Receita de antibiótico deve ser retida
Folha de S.Paulo
A diretoria da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) vai decidir amanhã sobre uma proposta que obriga farmácias e drogarias do país a reterem as receitas de antibióticos.Atualmente, a regra determina apenas que o paciente apresente a receita ao farmacêutico, mas ele pode ir embora com ela. Mesmo essa exigência, porém, costuma ser descumprida.
Se aprovada, a nova regra vai determinar que o médico forneça duas vias da receita ao paciente. Uma ficaria na farmácia e a outra com o consumidor, mas com um carimbo para que ele não a utilize outra vez.
Pelo texto inicial, a norma entrará em vigor após a sua publicação no "Diário Oficial da União", o que costuma acontecer poucos dias depois da decisão da Anvisa.
Preocupação
A proposta foi submetida a consulta pública em junho e tinha previsão de ser aprovada em setembro, mas casa agora com a preocupação do Ministério da Saúde de diminuir a resistência de organismos como a bactéria KPC a medicamentos.
Apelidada de superbactéria pela dificuldade de ser combatida por produtos tradicionais, a KPC vem causando infecções hospitalares em pelo menos três Estados: Distrito Federal, São Paulo e Paraná.
De acordo com o diretor da Anvisa Dirceu Barbano, a superbactéria tem uma mortalidade entre 30% e 40% maior do que as outras infecções hospitalares.
A proposta da agência nacional, que ainda pode ser modificada, prevê também um controle ainda maior sobre os cinco tipos de antibiótico mais utilizados (ampicilina, amoxilina, sulfametoxazol + trimetoprima, cefalexina e azitromicina).
Esses antibióticos estão presentes em mais de 1.500 medicamentos.
No caso deles, além de retenção da receita, cada medicamento vendido deverá também ser registrado em um sistema do qual constam dados como nome do médico que prescreveu.
Também amanhã os diretores da Anvisa irão ouvir 17 especialistas no controle de bactérias.
fonte: http://www.agora.uol.com.br/saopaulo/ult10103u817840.shtml
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