Farmacêuticos pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP), em Ribeirão Preto, desenvolveram uma pomada para tratar as lacerações causadas pela leishmaniose cutânea, após receber R$ 1,4 milhão em subvenção da Finep. O medicamento inovador, feito com fruto da biodiversidade brasileira, é uma alternativa ao tratamento atual, que apresenta mais efeitos colaterais.
Todos os anos, mais de dois milhões de pessoas de 88 países contraem leishmaniose. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a epidemia parasitária está entre as seis maiores da atualidade. A forma cutânea representa mais de 75% dos casos e provoca graves feridas e deformidades na pele e nas cartilagens. São 350 milhões de pessoas expostas ao mosquito transmissor, das quais 12 milhões são brasileiros.
A leishmaniose é uma das “doenças negligenciadas” pela indústria farmacêutica internacional, que atingem as populações pobres da África, Ásia e América Latina. Para combater essa tendência, a Finep destinou R$ 450 milhões em 2008 para projetos de medicamentos contra essas doenças “esquecidas”.
A leishmaniose cutânea é menos grave do que a visceral, mas o tratamento tradicional de ambas pode levar o paciente à morte.
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