terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Médicos britânicos lançam alerta sobre ineficácia de medicamentos


O aumento de infecções resistentes a medicamentos é comparável à ameaça do aquecimento global, de acordo com a principal autoridade de saúde de Inglaterra.

Sally Davies, chefe do serviço médico civil da Inglaterra, afirmou que as bactérias estão cada vez mais resistentes às drogas actuais. Defendeu ante uma comissão de deputados britânicos que uma operação de rotina pode tornar-se letal devido à ameaça de infecção.

Os antibióticos são uma das maiores histórias de sucesso na medicina. No entanto, as bactérias são um inimigo que se adapta rapidamente e encontra novas maneiras de “burlar” as drogas.

Um dos exemplos desta ameaça é o Staphylococcus aureus resistente à meticilina, uma bactéria que rapidamente se tornou numa das palavras mais temidas nas enfermarias de hospitais, e há também crescentes relatos de resistência na tuberculose e gonorreia.

O alerta feito pela especialista no Parlamento britânico segue avisos semelhantes feitos pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

De acordo com a OMS, o mundo está a caminhar para uma “era pós-antibióticos”, a menos que sejam tomadas medidas. No futuro “muitas infecções comuns não vão ter cura e vão matar”. O professor Hugh Pennington, microbiologista da Universidade de Aberdeen, disse que a resistência a drogas é “um problema muito sério. Precisamos de prestar mais atenção a esta situação”. Sublinhou que este não é um problema exclusivo da Grã-Bretanha. Pennington disse que as empresas fabricantes estão sem opções, porque todas as drogas mais simples já foram produzidas: “temos de estar cientes de que não vamos ter novos remédios milagrosos, porque simplesmente não há novos remédios em perspectiva. 

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