terça-feira, 12 de novembro de 2013

Intoxicação medicamentosa leva 60 mil brasileiros ao hospital em 5 anos

Só no Hospital das Clínicas de São Paulo, são 600 casos por mês.
Ministério da Saúde pesquisa como os brasileiros consomem remédios.

Para saber quanto e o que o brasileiro usa de remédio, o Ministério da Saúde começou uma pesquisa em todo o país.

Basta ligar para farmácia e pedir um remédio que a funcionária indica imediatamente. Carlos queria se livrar de uma dor de garganta e também decidiu seguir o caminho mais curto. “Pesquisei na internet qual o anti-inflamatório que poderia tomar. Fui à farmácia e comprei a caixa de medicamento e comecei a tomá-lo de acordo com a posologia que eu vi na bula”, diz Carlos Eduardo Cirilo, desenvolvedor web.

Ele tomou mais remédio do que deveria e começou a sentir os efeitos no estômago. “Eu tive uma queimação muito forte no estômago, depois disso eu procurei o médico no mesmo dia e daí eu fui diagnosticado com uma gastrite medicamentosa”.

Carlos não é uma exceção. Muito brasileiros compram e tomam remédios sem a orientação necessária. A comprovação disso vem pelo número de internações por intoxicação a medicamentos. Segundo o Ministério da Saúde, nos últimos cinco anos foram quase 60 mil internações, 15 mil delas aqui no estado de São Paulo.
“O medicamento não é porque ele é isento de prescrição médica que ele não tenha corra riscos. Todo medicamento tem risco em alguma medida e dependendo da pessoa e da situação que ela está utilizando. Ela pode ter uma simples dor de estômago, simples mal estar uma alergia, uma reação mais forte, pode ate vir a morte, dependendo da situação”, explica Pedro Eduardo Menegasso, presidente do Conselho Regional de Farmácia.

Para conhecer os hábitos dos brasileiros em relação a remédios, 140 pesquisadores estão batendo de porta em porta. O Ministério da Saúde quer saber se a pessoa que toma algum tipo de medicação, segue a prescrição médica, persiste no tratamento, como usa os medicamentos para tratar doenças mais comuns e também as crônicas e se tem acesso fácil aos remédios. Os pesquisadores vão entrevistar quase trinta e nove mil pessoas em todo o país.

 Fonte: Jornal Hoje

Nenhum comentário:

Postar um comentário