Por Juliana Schincariol
RIO DE JANEIRO (Reuters) - A Brazil Pharma, holding de farmácias do BTG Pactual, fechou acordo para compra do Grupo Big Ben por 453,6 milhões de reais, dando continuidade ao movimento de consolidação visto no varejo farmacêutico no Brasil.
O Grupo Big Ben tem 146 lojas no Pará, Amapá, Maranhão, Piauí, Paraíba e Pernambuco, com faturamento de cerca de 800 milhões de reais nos últimos 12 meses até junho. Segundo a Brazil Pharma, a empresa é líder na região Norte.
A Brazil Pharma pagará 275 milhões de reais em dinheiro aos donos do Grupo Big Ben, sendo 100,9 milhões de reais à vista e 174,1 milhões de reais em três parcelas anuais.
Os 178,6 milhões de reais restantes serão pagos em ações ordinárias da Brazil Pharma, que serão emitidas ao preço de 15 reais cada. Esses papéis não poderão ser negociados por seus detentores por três anos, segundo os termos do acordo, exceto no caso de oferta pública de aquisição de ações da Brazil Pharma.
A Brazil Pharma foi criada em dezembro de 2009 após a compra da Farmais pelo BTG Pactual e levantou 465,8 milhões de reais em uma oferta primária de ações em junho.
No prospecto da oferta inicial de ações (IPO, em inglês), a companhia informou que pretendia destinar cerca de 70 por cento dos recursos para aquisições de novas redes de drogarias e farmácias, capital de giro e abertura de lojas.
CONSOLIDAÇÃO
Operações recentes de consolidação no varejo farmacêutico no país incluem as alianças entre Raia e Drogasil e de Drogaria SP e Pacheco.
A união entre Raia e Drogasil foi anunciada no começo de agosto e na ocasião deu origem à maior rede de farmácias do Brasil. Juntas, as redes tiveram receita líquida de 1,1 bilhão de reais no segundo trimestre, alta de 19,5 por cento sobre um ano antes. A Raia Drogasil nasceu com mais de 700 drogarias em nove Estados.
Mas a liderança durou pouco, já que apenas algumas semanas depois a Pacheco e a Drogaria SP --ambas de capital fechado-- divulgaram a união das empresas, formando a maior varejista farmacêutica do Brasil em receita bruta. Em junho de 2010, a Drogaria SP já tinha adquirido a rede Drogão.
fonte: Reuters
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