quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Medicamento pode ter causado morte de bebê

Uma criança de cinco meses internada com suspeita de gripe no Hospital Municipal (HM) de Ji-Paraná, na noite de sábado, morreu na noite de terça-feira no Hospital Cosme Damião de Porto Velho. A mãe, Maria Aparecida Santos Souza, disse ter sido informada que sua filha teria recebido uma medicação inadequada que resultou no seu falecimento.
De acordo com Maria Aparecida, o sofrimento da família teve início nas primeiras horas da noite de sábado quando sua filha Geovana dos Santos Souza foi levada ao pronto-socorro do Hospital Municipal (HM), com suspeita de gripe.
Na unidade, a criança foi atendida por uma pediatra. A médica teria diagnosticado que a bebê estaria com amidalite, fazendo a prescrição médica e receitando vários medicamentos. A mãe declarou que foi aplicado um soro de medicamentos na veia da criança.
Maria Aparecida Santos Souza ainda disse à reportagem que a reação foi imediata, e a filha sofreu parada cardíaca e a médica acionou o corpo clínico do hospital, quando a  criança foi levada para o pronto-socorro. “Um tempo depois já presenciei a minha filha toda cheia de tubos”, declarou Maria Aparecida.
No decorrer da madrugada de domingo, os pais foram informados que a filha teria que ser encaminhada, imediatamente, para Porto Velho em uma ambulância com duas enfermeiras para ser internada na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) do hospital Cosme & Damião, mas acabou falecendo na noite de terça-feira. Os médicos teriam retirado do pulmão da criança mais de 300 ml de sangue.

HM

Ontem pela manhã, a reportagem procurou o Hospital Municipal (HM) para conversar com a pediatra, mas ela não estava. O secretário de Saúde Abrahim Chamma informou ter conhecimento do fato e que todas as precauções e providências foram tomadas pela médica que atendeu a criança. Ele também informou que a família da vítima está tendo todo o apoio, inclusive, o pai da criança é servidor do próprio hospital. “Mesmo fora do município no último final de semana, logo que tomei conhecimento, tratei de prestar todo o apoio possível e até contatei o secretário de Estado da Saúde, Orlando Ramires, para conseguir uma UTI”, afirmou.

ATESTADO

Outro médico, Marcos Bittencourt, diretor clínico, declarou ao Diário não acreditar que a morte da criança teria relação com a medicação que lhe foi aplicada. “Precisamos ter conhecimento do atestado de óbito que ainda não chegou. Garanto que a médica tenha tomado todas as providências possíveis e impossíveis para evitar o que aconteceu”, declarou. O sepultamento de Geovana dos Santos Souza aconteceu na tarde desta quarta-feira no cemitério da Saudade.


fonte: Diário da Amazonia

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