por Ana MaiaOntem
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929 assinaturas. Foi este o número anunciado por João Cordeiro, no
Campo Pequeno, no discurso final da aula magna que juntou esta tarde
cerca de 4.500 farmacêuticos e estudantes. Assinaturas da petição
"Farmácias de Luto" que o presidente da Associação Nacional de Farmácias
(ANF) entregou no Ministério da Saúde.
"Este
é um setor que tem vindo a ser destruído por medidas sem avaliação. É
bom lembrar que não foram os hospitais e as instituições geridas pelo
Ministério daSaúde que reduziram os gastos", disse João Cordeiro, sempre
acompanhado de salvas de palmas.
Entre as várias medidas pedidas, uma destacou-se pela sua "emergência": "o alargamento do prazo de pagamento das farmácias de 30 para 90 dias", pediu o presidente da ANF. Farmacêuticos e estudantes - nas palavras de JoãoCordeiro 6000 e em vez dos 4.500 inicialmente estimados - seguiram para o Ministério daSaúde, a poucos quarteirões de distância.
"Estou aqui contra o descrédito de uma profissão pela qual lutámos. Sentimos muitas dificuldades para dar resposta à população. Mas enquanto houver um medicamento para dispensar estaremos de portas abertas", disse ao DN Maria João Abreu, farmacêutica há 25 anos. Como tantos outros, sentiu uma redução de ordenado e vive com angustia a degradação das condições financeiras da farmácia. "Existe um risco real da farmácia fechar. O ministério tem de aceitar discutir as nossas propostas".
Bandeiras negras e cartazes, ao som de uma buzina, assinalaram a marcha que parou frente ao ministério. Na frente, Miguel Couto, 30 anos e cinco como farmacêutico, mostrava a sua indignação. "Cada vez menos o Governo dá condições às farmácias para desenvolverem o seu trabalho. Temos muitas dificuldades. Custos fixos que não são cobertos. Há postos de trabalho em causa. A única coisa que pedimos é nos deixem de trabalhar".
Miguel admite que o estrangeiro poderá ser uma solução no futuro, caso fique sem trabalho. O mesmo equaciona Rita Diniz, 24 anos e finalista do curso de farmácia. "Escolhi este curso por gosto. Quando entrei não havia problema de emprego. Agora, será o trabalho que conseguir arranjar. Não há nada garantido. É pelo desemprego e pelo acesso aos medicamentos por parte dos doentes que estou aqui a manifestar-me. Estou a colocar seriamente a hipótese de ir para o estrangeiro. E colegas meus também. Inglaterra ainda é um país que ainda tem as portas abertas", lamentou.
Fonte: DN.pthttp://www.dn.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=2827228
Entre as várias medidas pedidas, uma destacou-se pela sua "emergência": "o alargamento do prazo de pagamento das farmácias de 30 para 90 dias", pediu o presidente da ANF. Farmacêuticos e estudantes - nas palavras de JoãoCordeiro 6000 e em vez dos 4.500 inicialmente estimados - seguiram para o Ministério daSaúde, a poucos quarteirões de distância.
"Estou aqui contra o descrédito de uma profissão pela qual lutámos. Sentimos muitas dificuldades para dar resposta à população. Mas enquanto houver um medicamento para dispensar estaremos de portas abertas", disse ao DN Maria João Abreu, farmacêutica há 25 anos. Como tantos outros, sentiu uma redução de ordenado e vive com angustia a degradação das condições financeiras da farmácia. "Existe um risco real da farmácia fechar. O ministério tem de aceitar discutir as nossas propostas".
Bandeiras negras e cartazes, ao som de uma buzina, assinalaram a marcha que parou frente ao ministério. Na frente, Miguel Couto, 30 anos e cinco como farmacêutico, mostrava a sua indignação. "Cada vez menos o Governo dá condições às farmácias para desenvolverem o seu trabalho. Temos muitas dificuldades. Custos fixos que não são cobertos. Há postos de trabalho em causa. A única coisa que pedimos é nos deixem de trabalhar".
Miguel admite que o estrangeiro poderá ser uma solução no futuro, caso fique sem trabalho. O mesmo equaciona Rita Diniz, 24 anos e finalista do curso de farmácia. "Escolhi este curso por gosto. Quando entrei não havia problema de emprego. Agora, será o trabalho que conseguir arranjar. Não há nada garantido. É pelo desemprego e pelo acesso aos medicamentos por parte dos doentes que estou aqui a manifestar-me. Estou a colocar seriamente a hipótese de ir para o estrangeiro. E colegas meus também. Inglaterra ainda é um país que ainda tem as portas abertas", lamentou.
Fonte: DN.pthttp://www.dn.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=2827228
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