Com informações da Agência Brasil
Psoríase
A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) promoveu nesta semana uma campanha de conscientização sobre a psoríase.
A iniciativa tem como objetivo combater o preconceito e explicar que a doença não é contagiosa.
Segundo a SBD, a psoríase é uma doença imune inflamatória crônica da pele, que atinge cerca de 3% da população mundial.
Na maioria das vezes, ela se manifesta por lesões avermelhadas ou róseas cobertas por escamas esbranquiçadas.
A doença pode aparecer apenas nos joelhos, cotovelos ou no couro
cabeludo, ou acometer as unhas e as juntas. Em alguns casos, pode se
espalhar por toda a pele.
A psoríase não tem cura, mas seus sintomas podem ser controlados por
meio de tratamento. A doença pode ser desenvolvida em pessoas de todas
as idades e ambos os sexos e não é contagiosa.
Remédios para psoríase no SUS
A presidente da Associação dos Amigos e Portadores de Psoríase do Rio
de Janeiro (Psorierj), Shirley Fátima Delgado, disse que as maiores
dificuldades para os portadores da doença são o acesso a tratamentos
novos e seguros, como a terapia biológica, o preconceito e o custo dos
medicamentos.
"Nós estamos lutando pela inclusão do tratamento biológico no SUS
[Sistema Único de Saúde], já que os remédios são de alto custo. Este
tratamento é feito por meio de uma vacina e de pomadas, que são muito
caras", explicou.
Em outubro, portarias publicadas no Diário Oficial da União ampliaram
a lista de medicamentos oferecidos pelo SUS para pacientes com a
doença.
O clobetasol passou a ser uma nova opção de tratamento para pacientes
com psoríase moderada (que tenham mais de 10% da pele comprometida) e
será ofertado em duas formas: pomada e xampu.
Algumas secretarias estaduais de saúde disponibilizam mais quatro
remédios para o tratamento tópico da psoríase: dexametasona, ácido
salicílico, alcatrão e calcipotriol, que agem na melhora das lesões
cutâneas.
Para os casos mais graves da doença (artrite psoriásica), o SUS
oferta sete opções de tratamento (adalimumabe, etanercepte, infliximabe,
ciclosporina, metotrexato, sulfassalazina e leflunomida), em 13
diferentes apresentações.
Preconceito
A coordenadora nacional da campanha da SBD, Luna Azulay, explicou que
os primeiros sinais da psoríase costumam se manifestar em torno dos 20
anos, afetando regiões como cotovelos e couro cabeludo.
"É uma doença crônica, mas esse fato nunca vai tirar a esperança de
ninguém e não quer dizer que a pessoa tem que ficar cheia de lesão o
tempo inteiro. Ela pode ficar sem nada. Tenho pacientes que já foram
internados oito vezes e, hoje em dia, não têm nada, vão ao ambulatório
apenas para controle," explicou.
Luna lembrou que a psoríase ainda não em cura e pode, ao longo da
vida do paciente, apresentar momentos de melhora e piora. Além da pele e
do couro cabeludo, a inflamação também afeta unhas e articulações.
Os sinais, muitas vezes, são confundidos com micoses e dermatites e
os remédios para esses tipos de doença podem provocar uma piora no
quadro de psoríase. O importante, segundo a médica, é que o tratamento
correto seja seguido à risca.
"Existe muito preconceito porque o aspecto da pele não é agradável.
Os pacientes sofrem quando entram em ônibus e trens. Ainda existem
concursos públicos que [no edital] dizem que pessoas com psoríase não
devem se candidatar," destacou.
Fonte: Diario da Saúde
Fonte: Diario da Saúde
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