quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Professor critica programa Aqui Tem Farmácia Popular Lígia Formenti | Agência Estado

O programa Aqui Tem Farmácia Popular, que prevê a venda subsidiada de remédios para a população em estabelecimentos credenciados, tem um custo significativamente maior do que a distribuição gratuita de remédios, feita na rede pública, afirmou nesta terça-feira o professor da Universidade Federal de Minas Gerais, Augusto Afonso Guerra.

"Não é uma questão de ideologia, basta observar os números e a tendência de gastos do governo", completou Afonso Guerra. Ele participou de uma audiência na Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados. 

A audiência foi marcada depois de reportagem publicada pelo jornal O Estado de S.Paulo mostrando a diferença entre valores desembolsados pelo governo federal para reembolso de farmácias e o que é investido na compra de remédios distribuídos gratuitamente pelo governo.

O diretor do Departamento de Assistência Farmacêutica do Ministério da Saúde, José Miguel do Nascimento Júnior, afirmou que os preços pagos pelo governo não podem ser comparados com aquele que é dado para farmácias. O poder de compra do governo afirmou, permite que o preço final de venda seja mais baixo. "Temos de fixar um preço que permita à farmácia de um ponto distante participar do programa, assim como as grandes redes, de grandes centros", disse.

Reembolso a preços muitos baixos, completou, poderia provocar a asfixia dos pequenos estabelecimentos, o fim da adesão ao programa ou, então, a oferta de produtos apenas no papel. Ele afirmou que o programa ampliou o acesso da população a medicamentos, sobretudo os distribuídos gratuitamente nas farmácias credenciadas: para asma, hipertensão e diabetes.

O deputado federal Marcus Pestana (PSDB-MG) afirma haver outras formas de garantir e ampliar o acesso da população a medicamentos. "Há um esforço do governo em ampliar o Farmácia Popular. Basta ver os recursos destinados", disse. Este ano, citou, o programa terá R$ 1,3 bilhão. Em 2013, serão R$ 2 bilhões.

Fonte: A Tarde

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