Ingestão excessiva de álcool afeta o sistema nervoso central.
Há medicamentos que interferem na hora do teste do bafômetro.
Farmacêutica Cibele Albuquerque
(Foto: Eduardo Duarte / G1)
(Foto: Eduardo Duarte / G1)
Ingerir bebidas alcoólicas com energéticos é uma combinação perigosa e
pode fazer muito mal à saúde. O álcool sozinho afeta diretamente o
sistema nervoso central e causa consequências ao organismo, como a
capacidade do reflexo e pensamento rápido. Já o energético tem
propriedades que estimulam o sistema nervoso e aceleram os batimentos
cardíacos.
De acordo com a farmacêutica Cibele Albuquerque os danos que os dois
produtos causam no organismo são muito perigosos. "Álcool e energético
juntos podem causar insônia e desidratação em um espaço de tempo curto.
Isso gera alguns danos à saúde, principalmente em quem tem problemas com
pressão arterial", disse.
A especialista ressalta ainda que com as mulheres os danos são mais
fortes. "Em pessoas do sexo feminino o efeito do álcool acontece de
forma mais rápida. A mulher embriaga mais rápido porque possui mais
gordura que o homem. Essa porcentagem a mais tem explicação científica,
pois a mulher necessita dessa gordura por conta da propagação da
espécie.
Medicamentos e o bafômetro
A farmacêutica Cibele Albuquerque diz ainda que existem medicamentos
que interferem na hora de fazer o teste do bafômetro mas, só se forem
ingeridos em grande quantidade. "Os medicamentos homeopáticos que tem
álcool na composição são exemplos, como os xaropes para tosse ou
estimulantes alimentares", informou.
Cibele explicou que o organismo leva normalmente cerca de uma hora para
processar uma taça de vinho e fazer sumir completamente o álcool da
corrente sanguínea. No caso dos remédios que possuem teor alcoólico,
esse processo leva cerca de alguns minutos.
A especialista acrescenta que a dose de álcool usada nesses remédios é
mínima. "No caso do bafômetro só acusa se o teste for feito logo após o
consumo ou se a quantidade ingerida for em excesso e a pessoa
imediatamente for dirigir", explica.
O uso continuo do álcool
Cibele atenta que o uso do álcool causa desidratação devido a grande
quantidade de urina e suor que o corpo humano libera.Esse é um processo
natural do organismo que limpa o sangue do álcool consumido.
A farmacêutica ressalta que os medicamentos vendidos para quem consome
álcool combatem somente os efeitos da ressaca, não cria nenhuma proteção
ao fígado além de não combater a perda de reflexo causado pelo consumo
da bebida. "Nós possuímos receptores que nos deixam em estado de alerta
contra o perigo. Com o álcool esses receptores são bloqueados e o
raciocínio fica mais lento", disse.
A especialista finaliza explicando que a pessoa ao ingerir álcool deve
evitar praticar atividades que requerem algum tipo de atenção e que
ponham em risco tanto a vida de quem bebeu como a do próximo, como
dirigir, por exemplo.
Fonte: G1
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