Ação terminou no final da tarde de hoje, totalizando 22 estabelecimentos visitados. Quatro deles estão interditados e a venda de medicamentos controlados está suspensa em dois locais
Parte dos medicamentos apreendidos na operação (Foto: Divulgação)
A operação Pharma Lícita terminou no final da tarde de hoje
com a apreensão de 5 mil medicamentos irregulares em 22 farmácias da
cidade. Conforme balanço divulgado no início da noite pela Polícia
Federal, um farmacêutico e dois proprietários dos estabelecimentos foram
presos em flagrante por crimes contra a saúde pública, contra o
consumidor, posse ilegal de arma de fogo e tráfico de drogas, por terem
em depósito e colocarem à venda medicamentos controlados.
A ação, que começou fiscalizando 13 locais ontem e continuou por mais
nove hoje, envolveu 50 policiais federais, sete fiscais da Anvisa
(Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e agentes da Vigilância
Sanitária Estadual e Municipal. A agência interditou quatro
estabelecimentos e suspendeu a comercialização de medicamentos
controlados de tarja preta cautelarmente em duas farmácias de uma grande
rede. O informe não cita o nome das empresas.
Entre os medicamentos controlados pela portaria 344/1998 do Ministério da Saúde encontrados sem escrituração estão o rohpynol e dalmadorm, empregados em golpes como o "Boa noite, Cinderela", o diazepan, anabolizantes, a metanfetamina ritalina e o roacutan.
Este último, de acordo com a PF, se consumido incorretamente pode
causar o aborto. Os responsáveis pelos estabelecimentos responderão a
inquéritos policiais instaurados pela PF e também a processo
administrativo junto à Anvisa.
Nas 22 farmácias fiscalizadas, entre os 5 mil medicamentos apreendidos,
a operação encontrou fitoterápicos sem registro na Anvisa, produtos
vencidos, controlados vendidos sem receita, produtos de uso restrito de
hospitais, respiradouros de inalação sem registro, receitas médicas e
cosméticos importados irregularmente. Os agentes também apreenderam uma
pistola calibre 380 sem registro, contendo 13 munições e um simulacro de
arma de fogo.
A operação Pharma Lícita teve origem em diversas denúncias
recebidas pela delegacia da Polícia Federal de Guarapuava ao longo de
2012, versando sobre diferentes tipos de crimes e irregularidades na
comercialização e manipulação de medicamentos.
Fonte: Diário de Guarapuava