sábado, 16 de março de 2013

Farmacêutica condenada a indemnizar família em milhões de euros


Publicado em 2013-02-14

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 




A multinacional Johnson & Johnson foi, esta quinta-feira. condenada a pagar mais de 48 milhões de euros à família de uma adolescente norte-americana que ficou cega e sofreu graves lesões na pele devido a uma reação adversa a um medicamento.
 
foto DR
Farmacêutica condenada a indemnizar família em milhões de euros

 
Em 2003, os pais de Samantha Reckis, na altura com sete anos, decidiram dar-lhe um anti-inflamatório para baixar a febre. Tratava-se de Motrin infantil, marca dos comprimidos de ibuprofeno da Johnson & Johnson.
Uma reação adversa ao medicamento provocou-lhe necrólise epidérmica tóxica, o que a levou a perder 90% da pele, provocou-lhe cegueira e danos cerebrais que lhe causaram perda de memória.
Os pais decidiram processar a farmacêutica em 2007, alegando que a marca não informa os consumidores de que o medicamento pode causar reações extremas que põem em risco a vida.
No caso de Samantha, que já tinha tomado Motrin várias vezes, as membranas mucosas da pele inflamaram e a camada exterior da pele caiu-lhe, uma reação que pasmou os médicos e que os obrigou a porem a menina num coma induzido para possibilitar a recuperação.
A necrólise epidérmica tóxica, que em alguns casos revela-se fatal, também lhe afetou o sistema respiratório, fazendo com que os seus pulmões só consigam funcionar a 20% da capacidade normal.


Segundo os pais de Samantha, agora com 16 anos, a adolescente não consegue caminhar mais de 150 metros sem ficar exausta.
É uma estudante de honra, mas tem que trabalhar o dobro que os outros estudantes para conseguir absorver a mesma quantidade de informação, contou o advogado da família, Brad Henry, à "ABCNews".
Segundo a Lusa, a decisão do juri de um tribunal de Plymouth, no estado do Massachussets, determina que a Johnson & Johnson pague 50 milhões de dólares a Samantha e 6,5 milhões a cada um dos seus pais, um total equivalente a 48,6 milhões de euros.
Caso a sentença seja confirmada, e aplicando juros à indemnização atribuída à família de Samantha, o valor pode atingir os 80,9 milhões de euros.
A Mcneil-PPC, empresa subsidiária da Johnson & Johnson também visada no processo judicial, afirmou que discorda do veredito e que pondera recorrer.


A empresa reconheceu que a família sofreu "uma tragédia", mas afirmou que o medicamento não deixa de ser eficaz no tratamento de dores e febre.
"Vários medicamentos, incluindo o ibuprofeno, são associados a reações alérgicas, como se informa na embalagem, e os consumidores devem parar o uso e contactar imediatamente um médico se tiverem alguma reação alérgica", comunicou a empresa.
Em 2011, outra menina do estado norte-americano da Pensylvania que sofreu a mesma reação ao Motrin, com consequências idênticas a Samantha, ganhou em tribunal o direito a uma indemnização de cerca de 7,5 milhões de euros.

Fonte: JN de Portugal


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