segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Portugal - Ninguém fica preso por receitas falsas


Oito detidos pela Judiciária por burlas ao Estado em farmácias e distribuidores foram libertados com cauções

2011-01-28

NELSON MORAIS
 
A PJ crê que as buscas e detenções que realizou anteontem permitiram "desmantelar" um "grupo criminoso" da Grande Lisboa que vinha burlando o Estado na cobrança de comparticipações de psicofármacos. Nenhum dos oito detidos ficou em prisão preventiva. 

 
foto ANGELO LUCAS/GLOBAL IMAGENS
Ninguém fica preso por receitas falsas
Suspeitos saíram em liberdade
 

Os arguidos, ligados a farmácias e à distribuição de medicamentos, foram ontem, quinta-feira, presentes ao juiz do Tribunal Central de Instrução Criminal, Carlos Alexandre. Perto das 23 horas, a SIC Notícias informou que todos os arguidos saíram do tribunal em liberdade, embora sujeitas a termo de identidade e residência. Só dois têm de pagar caução: de 50 mil euros, um funcionário de uma empresa distribuidora de medicamentos; e de 20 mil euros, o dono de uma farmácia.

Ainda de manhã, a Polícia Judiciária (PJ) informara, em comunicado, que os arguidos eram suspeitos de associação criminosa contra o Estado, burla qualificada e falsificação de documento. "Terá sido possível desmantelar a actividade deste grupo criminoso que terá lesado o Serviço Nacional de Saúde em várias centenas de milhar de euros", calculou, embora ressalvando a necessidade de prosseguir a investigação para determinar "o real prejuízo" do Estado.

A Unidade Nacional de Combate à Corrupção, da PJ, também apreendeu quatro automóveis, na "Operação Esquizofarma". Esta denominação da operação remete para um fármaco indicado para o tratamento da esquizofrenia, o Risterdal Consta, que era o principal medicamento do esquema fraudulento posto em prática com o conluio, pelo menos, de uma distribuidora e de farmácias situadas, nomeadamente, em Odivelas, Sacavém e Loures.

A utilização do Risterdal Consta justificar-se-á pelo facto de se tratar de um dos medicamentos mais caros do mercado. Cada ampola injectável custa entre 123 e 197 euros, conforme a dosagem do princípio activo, e é comparticipado pelo Estado a 100%. Os esquizofrénicos medicados com o Ridestral Consta tomam uma ampola de 15 em 15 dias.

No esquema criminoso sob investigação, o Estado comparticipava a mesma embalagem um sem número de vezes, sem que o medicamento fosse tomado por algum doente. Isso era possível através da falsificação de receitas, mas não foi detido nenhum médico. É possível que as vinhetas das receitas tenham sido falsificadas ou furtadas. "Há muitas maneiras de fazer as coisas", observou uma fonte ligada à investigação, sem prestar outros esclarecimentos.

fonte: http://www.jn.pt/PaginaInicial/Policia/Interior.aspx?content_id=1768630

SUS não está preparado para aumento da população idosa

Estudo mostra que 31% dos idosos se automedicam e que mais de 15% daqueles que retiraram medicamentos nas farmácias do SUS não receberam indicação de como usá-los
 
Redação Época, com Agência Estado
sxc.hu
Atendimento ao idoso já é precário: o governo deve se preparar para o aumento da população nessa faixa etária
Estimativas apontam que, em 40 anos, o número de idosos no Brasil vai triplicar, alcançando quase 30% da população. Isso significa uma maior demanda por recursos de saúde e medicamentos para essa faixa etária. Para assegurar o atendimento deste grupo será necessário um aprimoramento nos serviços e uma alteração nas políticas do Sistema Único de Saúde (SUS). É o que aponta o farmacêutico André de Oliveira Baldoni, pesquisador responsável por um estudo que analisou a realidade de 1 mil idosos atendidos pelo SUS, de novembro de 2008 a maio de 2009, em Ribeirão Preto, interior de São Paulo.

"Se hoje já temos enormes filas de espera e muitas vezes o mau atendimento, a perspectiva para o setor de saúde nas próximas décadas, caso não haja um planejamento imediato para atender a demanda crescente, só tende a piorar", afirma Baldoni. Segundo dados de 2008 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), existem no Brasil 21 milhões de pessoas com 60 anos ou mais.

De acordo com o pesquisador, os principais fatores responsáveis pelas deficiências do SUS são a falta de padronização de medicamentos que sejam seguros e com indicação específica para os pacientes idosos; a falta de investimento e priorização da atenção primária; e a carência de políticas preventivas e de profissionais que atuem na prevenção, tais como educadores físicos e nutricionistas. Segundo o pesquisador, o investimento nessas áreas poderia reduzir as complicações em tratamentos de doenças típicas da população idosa, e diminuir os gastos do sistema público de saúde. "O envelhecimento populacional deve ser enfrentado com uma conquista e não como um problema social", afirma.

O estudo revelou que 16,3% dos idosos que retiraram medicamentos pelo SUS não receberam orientação sobre o seu uso correto por nenhum profissional da saúde. Além disso, 57,4% disseram não receber visitas dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS), que são profissionais fundamentais para a prevenção de doenças. "Dados como estes refletem a carência de recursos humanos enfrentada pelo setor", afirma Baldoni, que também acha necessário investir em conscientização. "É preciso acabar com a cultura da automedicação, responsável por grande parte das complicações das doenças em idosos. Cerca de 31% dos entrevistados se automedicam", alerta.

fonte: http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI206935-15257,00-SUS+NAO+ESTA+PREPARADO+PARA+AUMENTO+DA+POPULACAO+IDOSA.html

França - 76 medicamentos com suspeita de riscos

Publicarão na França pronta de 76 medicamentos baixo vigilância 

Escrito por Mireya Ortiz Bécquer   
Imagen de muestra31 de enero de 2011, 07:13Paris, 31 jan (Prensa Latina) A Agência francesa de Segurança Sanitária (Afssaps) dará a conhecer hoje uma lista com 76 medicamentos que se encontram baixo vigilância por suspeita de riscos.

  Esta divulgação responde a uma solicitação do governo galo, depois do escândalo suscitado pelo antidiabético e adelgazante Mediator, dos laboratórios Servier.

O produto é vinculado com a morte dentre 500 e duas mil pessoas por hipertensión arterial pulmonar e problemas nas válvulas cardíacas.

Dentro da listagem de fármacos que se comunicarão durante uma conferência de imprensa figuram 59 já divulgados o 20 de janeiro passado pela Afssaps em seu lugar site.

Dias atrás o diário Lhe Figaro publicou que França poderia suspender proximamente a venda do vasodilatador cerebral e periférico Fonzylane (Buflomedil) e o antifúngico Nizoral (Ketoconazol).

A interrupção foi solicitada pela comissão encarregada de autorizar a comercialização no mercado de medicamentos (AMM) da Afssaps, depois de avaliar o risco/beneficio de ambos produtos, assinalou o rotativo.

O Buflomedil, comercializado como Fonzylane pela assinatura estadunidense Cephalon desde 1976, é qüestionado por numerosos especialistas desde faz algum tempo.

Ademais, a revista médica Prescrire em sua edição de janeiro solicitou a suspensão do mesmo ao igual que a do antiinflamatorio Nimesulide e o anticancerígeno Vinflunine.

Segundo a publicação especializada, o benefício terapêutico do Buflomédil não está demonstrado e pode gerar efeitos neurológicos e cardíacos indesejáveis graves.

No artigo mencionou-se que entre 2007 e 2009 a Afsapps referiu em várias dezenas de casos secuelas graves e até letais.

Quantas vítimas são necessárias às farmacêuticas concernidas ou à Afsapps para retirar o medicamento do mercado?, lançou como interrogante o texto.

Por sua vez, o Nizoral dos laboratórios estadunidenses Janssen Cilag, vendido desde 1982, vinculam-se com o aparecimento de hepatites fulminantes.




fonte: http://www.prensa-latina.cu/index.php?option=com_content&task=view&id=259870&Itemid=1

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Alerta sobre medicamento à venda também em Portugal

A Sanofi-Aventis foi obrigada a enviar aos médicos franceses um alerta sobre o risco de lesão hepática provocado pelo medicamento que detém a última "molécula vedeta contra os problemas do ritmo cardíaco". 

O aviso terá de ser emitido a todos os clínicos da União Europeia, incluindo Portugal, onde este fármaco também está à venda.

Segundo o Libération, os pacientes que já estão a tomar Multaq "devem contactar o seu médico para realizar um exame hepático sanguíneo", alerta a agência francesa do medicamento, isto apesar de em França ainda não terem sido "efeitos hepáticos daquela gravidade" em pacientes tratados com este medicamento.

A Agência Europeia de Medicamentos considera que, após a descoberta de dois casos graves de lesões hepáticas, há motivos suficientes para uma acção urgente relativamente ao Multaq, com a molécula dronedarona. Além de uma alteração do rótulo, para indicar a existência do risco de lesão, a agência vai reavaliar o perfil risco-benefício relativamente a este medicamento. E pede aos médicos que façam um exame hepático aos pacientes antes de lhes ministrar Multaq.

fonte: http://www.dn.pt/inicio/ciencia/interior.aspx?content_id=1765895&seccao=Sa%FAde

Farmácia vendia maconha e remédios falsificados em Manaus

MANAUS - Medicamentos falsificados e materiais utilizados para adulteração foram encontrados na última quarta-feira na farmácia Curitiba, localizada no bairro Educandos, zona Sul de Manaus. Uma denúncia anônima levou aPolícia Civil, a Divisão de Vigilância Sanitária do município (DVisa) e Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz), ao local, que vendia até maconha.

A principal farmácia da rede funcionava desde o final do ano passado sem licença da vigilância sanitária e há um ano não registrava documentação contábil a Sefaz. A drogaria não tinha autorização para vender remédios controlados de tarja preta, mas eles estavam escondidos em gavetas ao lado de produtos contrabandeados e que segundo a Vigilancia Sanitária foram falsificados.

- Há várias embalagens de falsificações grosseiras, pois as caixas falsificadas não pegam luz ultra violeta e não tem o selo holográfivo - explicou o fiscal da saúde, Fábio Markendov.

O titular da Delegacia de Defesa do Consumidor (Decom), delegado Sandro Sarkis, informou que José Amarildo de Jesus é dono de quatro drogarias que foram lacradas, localizadas na mesma zona da cidade e até o momento ele está foragido. Durante a operação, foram encontrados medicamentos falsos, anabolizantes, abortivos, antibióticos, estimulantes sexuais e maconha.

- Após recebermos várias denúncias sobre as fraudes dos crimes de falsificação, agimos nesta operação - disse.

Ainda não foi divulgado o balanço do material apreendido que está na Delegacia Geral. Segundo o fiscal da Dvisa responsável pela operação, Pedro Contente, a quantidade é suficiente para encher um caminhão.

fonte: http://oglobo.globo.com/cidades/mat/2011/01/27/farmacia-vendia-maconha-remedios-falsificados-em-manaus-923617707.asp

Concurso da saúde do Estado de Goiás



CONCURSO DA SAÚDE DO ESTADO DE GOIÁS

CONVOCAÇÃO IMPORTANTE!

O Presidente do Sindicato dos Farmacêuticos no Estado de Goiás convoca todos os Farmacêuticos filiados à entidade e em dia com a tesouraria para Assembléia Geral.

NÃO SE SINTA SÓ! FILIE-SE AO SINFAR-GO!

Pauta: ANULAÇÃO DO CONCURSO PÚBLICO DA SAÚDE DO ESTADO DE GOIÁS 

O objetivo da reunião é discutir os problemas envolvendo a decisão da justiça a respeito do Concurso da Saúde de Goiás e aprovar as ações do Sindicato sobre a questão. Na oportunidade os advogados do Sinfar-GO prestarão esclarecimentos aos interessados.
Sua presença é muito importante, principalmente, porque o assunto é de interesse de todos os que prestaram o referido concurso.

OBS.: O DEPUTADO MAURO RUBEM FOI CONVIDADO PARA A ASSEMBLÉIA E JÁ CONFIRMOU QUE FARÁ O POSSÍVEL PARA COMPARECER A MESMA. 

Lembramos que o não comparecimento a assembléia é prova de concordância com as decisões que lá forem tomadas, portanto, compareça. Não permita que decisões de seu interesse sejam tomadas por outros colegas.

Obs: OS FARMACÊUTICOS QUE DESEJAM PARTICIPAR DA ASSEMBLÉIA E TER O DIREITO DE VOTAR, PORÉM, POSSUEM DÉBITOS JUNTO A TESOURARIA, TEM ATÉ O DIA 31 DE JANEIRO PARA QUITAR OS MESMOS. QUALQUER DÚVIDA ENTRAR EM CONTATO PELOS FONES: 62 3225-1270/3225-1206 E FALAR COM NOSSAS ATENDENTES.
Data: TERÇA-FEIRA (01 de Fevereiro de 2.011)

Horário: 18:00h em primeira chamada e 18:30h em segunda chamada.

Local: Auditório da Faculdade de Farmácia da Universidade Federal de Goiás, sito a Av. Universitária com a 1ª avenida S/N – Setor Universitário.

NÃO SE SINTA SÓ! FILIE-SE AO SINFAR-GO!

Farm. Cadri Saleh Ahmad Awad
Presidente do Sinfar-GO

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Nosso futuro depende dos antibióticos, diz Nobel de Química

Nosso futuro depende de antibióticos, diz Nobel

Curso de Farmácia prepara aluno para o mercado de trabalho

A ampla área de atuação do farmacêutico inclui a responsabilidade de ser um dos principais atores do desenvolvimento da ciência. Atenção farmacêutica em drogarias e hospitais, vigilância sanitária, análises clínicas e toxicológicas, controle de qualidade, manipulação, pesquisa, docência, indústria de alimentos, indústria farmacêutica, de cosméticos e correlatos, entre outros, são as principais atuações deste profissional.

O curso, com duração de quatro anos, forma profissionais com competência científica e capacidade para inserção no mercado de trabalho, além de garantir a atuação na restauração e promoção da saúde, por meio de conhecimentos técnico-humanistas, dentro das normas éticas da área. Durante toda a graduação, o estudante encontrará aulas práticas e teóricas e já no 1º semestre o aluno realiza estágio nas áreas envolvidas.
A Universidade Metodista de São Paulo oferece o curso de Farmácia para o Processo Seletivo do 1° semestre de 2011. As inscrições para a Prova Digital podem ser feitas até as 13h do dia 28 de janeiro pelo Portal da Metodista ou pessoalmente, no Campus Rudge Ramos (Rua Alfeu Tavares, 149, Rudge Ramos, São Bernardo do Campo). A seleção ocorre no dia 30 de janeiro, às 9h, nos laboratórios de informática do Campus Rudge Ramos da Metodista. Os exames são compostos por 40 questões de múltipla escolha e pela prova de Redação, que será manuscrita.

Informações completas sobre a infraestrutura, corpo docente, disciplinas e notícias específicas do curso de Farmácia podem ser encontradas no Portal da Universidade. Saiba mais sobre os cursos oferecidos, provas, taxas, uso da nota do ENEM e divulgação de resultados no Portal da Metodista ou pelos telefones (11) 2464-2222 (Grande São Paulo) ou 0800 889 2222 (outras localidades). | www.metodista.br.

A Metodista oferece para o 1º semestre de 2011, 29 opções de cursos de pós-graduação Lato Sensu presenciais, que estão espalhados pelos campus Rudge Ramos, Planalto, Vergueiro e São Paulo. Para a pós-graduação a distância são oferecidos sete cursos. Confira a lista completa pelo Portal da Universidade.
Indicadores de Qualidade – A Universidade Metodista de São Paulo é a melhor Faculdade de Comunicação e Informação Privada do Brasil, segundo o Guia do Estudante, conquistou 73 estrelas em 21 cursos também pelo Guia, além de ser a que mais investe em tecnologia entre as empresas brasileiras, segundo levantamento da Revista Info. Neste ano, comprovou sua atuação cidadã com o título de Entidade Benemérita do município de São Bernardo do Campo/SP.

Rede Metodista de Educação - Criada oficialmente em 2006, a Rede Metodista de Educação é um sistema integrado entre instituições de Ensino Metodistas de todo o País. São escolas centenárias, pioneiras na aplicação de inovações pedagógicas, e também as mais novas, todas comprometidas com princípios e valores cristãos e com a busca de qualidade em todos os níveis. Atualmente, são mais de 50 instituições educacionais em dez estados brasileiros, chegando a mais de 60 mil alunos na educação básica, ensino técnico e educação superior, no ensino presencial e a distância. Mundialmente, a educação metodista está presente em mais de 60 países.

fonte: http://www.revistafator.com.br/ver_noticia.php?not=144209

A quem interessa acabar com os Conselhos de Farmácia?

Data: 22/01/2011 às 17:34:00,


 UNIÃO ENTRE SINDICATOS E CONSELHOS PROFISSIONAIS DEVE ACONTECER, POR QUE É BOM PARA OS FARMACÊUTICOS

Conselhos de Farmácia são autarquias públicas federais, com a finalidade de regulamentar e fiscalizar o exercício profissional do farmacêutico, em defesa da sociedade. Mais: têm, ainda, a responsabilidade de promover a saúde pública. O trabalho dos Conselhos inicia onde termina o da universidade, ou seja, não há como exercer a profissão, sem o registro do profissional no Conselho.

Sindicato de farmacêuticos é a união de profissionais, registrados em seus respectivos Conselhos, cuja finalidade é a defesa de seus direitos e interesses.

Sem os Conselhos, não existe o profissional; sem o profissional, não existe os Sindicatos.

Portanto, o trabalho das entidades está interligado, e tem como objetivos o fortalecimento da classe profissional, a promoção da saúde e a inserção dos profissionais nos contextos social e sanitário do País. Quanto mais organizada é uma classe profissional, mais força possui para defender suas questões e para prestar bons serviços à sociedade. Não há como desvencilhar o trabalho de ambos. A somatória é sempre salutar. A ruptura da união entre essas forças tem graves conseqüências, resultando em prejuízos de toda ordem. O principal deles é o enfraquecimento do exercício profissional.

O farmacêutico, há muito, luta pelo seu reconhecimento social e as respostas à sua luta estão surgindo. Entretanto, os seus esforços, nesse sentido, teriam produzido muitos mais resultados, se as entidades atuassem, unidas, há mais tempo, respeitadas, obviamente, os papéis de cada uma. A quebra de uma corrente, a essa altura da luta, seria desastrosa e poderia arrasar completamente a terra produtiva.

Causou-nos, portanto, estranheza, o comportamento de um grupo de profissionais, que tem como objetivo a projeção político-partidária, não medindo conseqüências para atingi-la. Uma atitude inconseqüente que põe em risco uma classe de relevante importância para a saúde pública brasileira. Essas afirmativas advêm de uma liminar judicial concedida ao Sindicato dos Farmacêuticos do Rio Grande do Sul contra o Conselho Regional do mesmo Estado.

Caso esta liminar tome corpo e os seus efeitos expandam-se a outras capitais com o que se propõe, será impossível a manutenção dos Conselhos, que deixarão de cumprir sua finalidade social. Provavelmente, as empresas contratratarão farmacêuticos para regularizar sua situação junto aos órgãos competentes e, em seguida, os demitirão, cientes de que não haverá fiscalização do exercício profissional em seus estabelecimentos.

Perguntamos: Por quê?

Por que desejam deixar os farmacêuticos à deriva com a extinção da entidade que reconhece sua existência profissional?

Será que, com a extinção dos Conselhos, haverá a necessidade de Sindicatos? Defender quem? Um profissional órfão? Isto é muito sério!

O Sindicato tem como objetivo primordial defender os interesses políticos e trabalhistas dos profissionais inscritos no Conselho. A recíproca não é verdadeira.

A quem interessa o fim dos Conselhos e, também, dos Sindicatos? A um grupo de pessoas que não tem o mínimo de compromisso com a profissão, cujo real interesse é a tentativa de destruir o que já está feito, com incontáveis conquistas que verdadeiramente têm projetado o trabalho e a importância do farmacêutico, sendo inclusive modelo para outros países.

Bons exemplos não devem ser simplesmente elogiados, mas também seguidos. Senão, vejamos o que acontece na classe médica: Conselhos, Sindicatos, Associações, Sociedades e Cooperativas estão sempre unidas, sempre de mãos dadas, cujo interesse precípuo e indestrutível é o do profissional médico.
Por que não unirmos as forças, a exemplo do citado acima, ao invés de tentar destruir. Ou melhor, auto-destruir-se?

Farm. Danilo Caser
Presidente da Feifar

fonte: http://www.feifar.org.br/newsletter.php?id=163

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Medicamento errado gera 30% das internações

Dados da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e da OMS (Organização Mundial da Saúde) alertam para um problema que passa despercebido à maioria das pessoas que entram numa farmácia: a automedicação.

No Brasil, 30% das internações hospitalares têm como origem o uso incorreto de medicamentos. Um motivo de sobra para reconhecer a importância do farmacêutico, profissional que, antes da compra, pode dirimir as principais questões dos consumidores.

Por lei, as farmácias são obrigadas a ter em seu quadro de funcionários um farmacêutico habilitado a prestar informações. Ele — e não o balconista — é quem pode tirar dúvidas sobre o modo de usar a medicação e sobre a grafia contida na prescrição médica.

Também cabe ao farmacêutico, categoria que comemora seu dia hoje, 20, exigir e reter as receitas no caso de venda de antibióticos. Esta medida da Anvisa tornou-se obrigatória desde o ano passado. (Alessandro Meirelles)


fonte: http://www.jpjornal.com.br/capa/default.asp?acao=viewnot&idnot=137689&cat=114

Misturar medicamentos pode causar graves problemas a pacientes

A combinação de vários remédios, sem orientação, pode levar a um efeito contrário do que se espera. Em vez de curar sintomas, provocar mais algum.

O Conselho Regional de Farmácia de São Paulo aproveitou o Dia do Farmacêutico para fazer um alerta sobre os riscos da combinação errada de remédios. O repórter Fábio Turci mostra algumas consequências dessas misturas perigosas.

Uma doença não respeita a vez da outra. Tem dia que a gente acorda com várias ao mesmo tempo. “Gripado, uma dor na coluna”, disse um homem. “Dor de cabeça, então tomo o remédio febre, outro remédio”, contou outro.

Na casa de Dona Lúcia ela mesma receitava os remédios para toda a família. “Comprava e fazia a gente tomar”, contou o marido.

“Essa febre é alta, então, toma anti-inflamatório que está com alguma coisa inflamada. Não resolveu, toma antibiótico que melhora. Vai tomando dipirona que abaixa a febre”, confessou a dona de casa Lúcia Rodrigues.

Só que a combinação de vários remédios, sem orientação, pode causar o efeito contrário do que se espera. Em vez de curar os sintomas, provocar mais algum. Farmacêuticos e médicos alertam pra algumas combinações perigosas.

Anti-inflamatórios e ácido acetilsalicílico, para gripe: risco de sangramento no estômago. Antigripais e paracetamol, usado no combate à febre podem atrapalhar o funcionamento do fígado porque muitos antigripais já têm paracetamol.

Antibióticos e anti-inflamatórios diminuem o efeito das pílulas anticoncepcionais. Assim como os antiácidos, contra o mal estar, reduzem o efeito dos antialérgicos.

“A automedicação é complicadíssima. Ela pode estar provocando esses efeitos colaterais, essas reações. E, devido aos casos mais graves de combinação de vários medicamentos, levar até a morte”, explicou a presidente do Conselho Regional de Farmácia de SP, Raquel Rizzi.
Cabe aos médicos combinar os remédios. Mas, para isso, é preciso contar a eles tudo o que se está tomando.

“Para não ter o risco de esquecer, levar sempre em uma consulta a bula, a caixinha, as receitas daqueles medicamentos que a gente já usa para que o médico possa ter o conhecimento desses medicamentos e, com isso, prescrever a melhor medicação possível”, alertou o toxicologista Sérgio Graff.

Video da matéria em: http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2011/01/misturar-remedios-pode-causar-graves-problemas-pacientes.html

fonte da matéria: http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2011/01/misturar-remedios-pode-causar-graves-problemas-pacientes.html

GDF não é mais obrigado a comprar medicamentos em falta

Medicamentos só pelo SUS
divulgação
GDF não precisará comprar remédios em falta fornecidos pelo Governo Federal

Emanuelle Coelho

O Governo do Distrito Federal não é mais obrigado a fornecer medicamentos que estejam em falta na rede pública pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A garantia era dada pela Lei 4.472/2010, de autoria dos deputados distritais Chico Leite (PT) e então deputado Raimundo Ribeiro (PSDB), publicada no Diário Oficial do DF em 2 de junho de 2010. A lei foi suspensa nessa quarta-feira (29) pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT).  Pela legislação, o GDF era obrigado a adquirir em farmácias particulares os medicamentos de fornecimento obrigatório que estivessem em falta no prazo máximo de 72 horas. Cerca de 30 mil pessoas seriam beneficiadas pela norma.

      O Conselho Especial do TJDFT concedeu, por unanimidade, liminar suspendendo a eficácia da lei. O pedido consta da Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) proposta pelo governador do Distrito Federal.
      É competência do SUS prestar assistência farmacêutica e garantir o acesso da população aos medicamentos necessários à recuperação da saúde. A previsão está no artigo 207 da Lei Orgânica do DF. Mas o desembargadores entenderam que a norma impõe à Secretaria de Saúde atribuições e despesas sem indicar as fontes de custeio ou demonstrar o seu impacto orçamentário-financeiro, violando a Lei de Responsabilidade Fiscal. Eles alegam vício formal na lei, por violar a competência privativa do chefe do poder Executivo local ao criar atribuições para órgãos e autoridades da administração pública, além de vício material, por violar os postulados da licitação e da contratação administrativa.

Conforme os magistrados, a norma “cria novas atribuições para órgão do Distrito Federal, gerando despesas sem prévia aprovação orçamentária, invadindo matérias cuja iniciativa de lei é privativa do Governador do Distrito Federal, nos termos do art. 71, §1º, incisos IV e V da LODF".

     A lei também previa que o paciente poderia comprar os medicamentos e ser ressarcido pelo poder público mediante a apresentação da nota fiscal de compra. Na época, Chico Leite defendeu: “Se em 72 horas o remédio não aparecer na farmácia do SUS-DF, o GDF deverá adquiri-lo na rede privada e entregá-lo ao paciente. O que não pode acontecer é as pessoas ficarem agonizando sem o medicamento, muitas vezes correndo risco de morte”.

      Para o distrital, apesar da suspensão da lei, os objetivos foram atingidos. Segundo ele, a intenção era de provocar nas autoridades do Executivo uma solução para o problema dos medicamentos.  “Tenho notado que o secretário de Saúde, Rafael Barbosa, está priorizando o tema, pois saúde não tem preço e tem que ser prioridade em qualquer governo”, afirma o petista. Chico Leite diz que vai recorrer da decisão e diz entender que a CLDF é competente para criar a atribuição.

ALTO CUSTO

    Em resposta à decisão do tribunal, a Secretaria de Saúde informou que a distribuição de medicamentos de alto custo não será suspensa e nem sofrerá alteração Segundo informações da assessoria jurídica da SES/DF, a lei distrital 4.472/2010 sequer foi aplicada na Secretaria de Saúde e, por isso, o fornecimento desses medicamentos continuará sendo feito normalmente.

      Um fato considerado importante é que caso a lei fosse instituída, a Secretaria de Saúde teria que obrigatoriamente fazer uma grande quantidade de compras emergenciais. Com a decisão, a SES/DF poderá trabalhar, prioritariamente, com a compra por meio de licitação pública.

fonte: http://www.tribunadobrasil.com.br/site/?p=noticias_ver&id=37273

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Mistura entre anti-hipertensores e antibióticos é perigosa

Mistura entre anti-hipertensores e antibióticos é perigosa



Os idosos incorrem num sério risco de desenvolver hipotensão arterial e, eventualmente, entrar em choque se misturarem anti-hipertensores de primeira linha, denominados bloqueadores da entrada do cálcio, com antibióticos macrólidos, alerta um estudo canadiano.

“Dois antibióticos comuns, a eritromicina e a claritromicina, quando prescritos a pacientes tratados com bloqueadores da entrada do cálcio, aumentam o risco de hospitalização devido a pressão arterial muito baixa”, diz David Juurlink, do Instituto de Investigação de Sunnybrook, citado pelo site Tribuna Médica Press.

No caso da eritromicina, este risco é seis vezes mais elevado. Quanto à claritromicina, a probabilidade é quatro vezes mais alta. Em contrapartida, a azitromicina não representa qualquer perigo, sendo esta a opção mais segura para quem se encontra a tomar aquela classe de medicamentos, esclarece o investigador.

De acordo com o especialista, a razão para estes antibióticos terem este efeito prende-se com o facto de interferirem com uma enzima do fígado necessária para a metabolização dos bloqueadores da entrada do cálcio. Quando a enzima se encontra inactiva, ocorre uma acumulação desta substância o que provoca hipotensão, explica Juurlink.

fonte: http://www.rcmpharma.com/news/11561/51/Mistura-entre-anti-hipertensores-e-antibioticos-e-perigosa.html

Anti-inflamatórios podem aumentar risco de infarto e derrame cerebral


Afirmação é resultado de estudo feito com 100 mil pessoas na Suíça.

Da Redação





Suíça - Analgésicos e anti-inflamatórios não-esteróides podem aumentar o risco de infarto e derrame cerebral (AVC), segundo estudo publicado British Medical Journal. Após pesquisa feita com 100 mil pessoas na Suíça, cientistas chegaram à conclusão de que medicamentos usados no tratamento de doenças crônicas e dolorosas aumentam as chances de doenças cardiovasculares.

Para o professor Peter Juni, da Universidade de Berna (Suíça), pessoas que fazem uso esporádico desses medicamentos não devem ficar alarmadas. Entretanto, pacientes idosos que fazem uso contínuo dessas substâncias para controle de dor músculo-esquelética devem consultar seus médicos sobre riscos e benefícios.

De acordo com o doutor Otávio Gebara, cardiologista e diretor clínico do Hospital Santa Paula, de São Paulo, um ponto central da meta-análise é alertar a população sobre os riscos da automedicação. "A maioria desses compostos é vendida livremente nas farmácias e drogarias. Além de não saber se está fazendo uso do medicamento mais indicado para seu caso, o paciente está sujeito a diversos problemas – inclusive em relação à interação medicamentosa, que pode ter consequências graves para o sistema cardiovascular".

Gebara diz que pacientes com um ou mais fatores de risco para doenças do coração devem evitar a todo custo a automedicação, buscando orientação médica sempre que sentirem necessidade. "Idosos, pessoas de raça negra, estressadas, fumantes, diabéticas, obesas, sedentárias, hipertensas, com histórico familiar de cardiopatia ou taxas altas de colesterol e triglicérides são as que mais devem se preocupar em discutir com o médico sobre os riscos e benefícios de fazer uso de determinados medicamentos que podem aumentar os riscos de infarto e AVC".
   

TO - Dono de rede de farmácias preso

Preso no Tocantins dono de rede de farmácias acusado de comercializar medicamentos falsos
19/01/2011 16h16
A Polícia Federal prendeu nesta quarta-feira, 19, o dono de uma rede de farmácias do Tocantins acusado de vender irregularmente medicamentos controlados, remédios com venda proibida no Brasil e medicamentos falsos. A ação faz parte da Operação Salva Vidas e ganhou destaque nacional ao ser publicado pelo site Globo.com.

O nome do acusado não foi divulgado pela PF nem o nome da rede de farmácias. Ele já está na sede da Polícia em Palmas para prestar depoimento e deve seguir para a Casa de Prisão Provisória (CPP) logo em seguida.

A PF começou a investigação depois de ter recebido uma denúncia anônima e contou com a ajuda do Conselho Regional de Farmácia do Tocantins para realizar a operação.

Em um dos estabelecimentos do acusado, foram encontrados os medicamentos irregulares e receituários de controle especial em branco que já estavam assinados por um médico. O material foi apreendido e a origem dos documentos será investigada.

(Jéssica Iane, com informações do G1)

fonte: http://www.jornalstylo.com.br/noticia.php?l=20ebc8669c10b7174d6c36115c0fa1fd

Coisa de Boticário: Pata de Vaca (Bauhimia forficata)

Coisa de Boticário: Pata de Vaca (Bauhimia forficata): "A foto é gentileza da @NilceBravo A LENDA DA PATA DE VACA Era uma vez , Dona Justina Que era uma mulher muito sovina! ..."

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

O país das drogarias

Nelson Motta - O Estado de S.Paulo
 
Para Nelson Rodrigues, algum acontecimento só era realmente importante e polêmico quando provocava comentários "nos botecos e nas esquinas, nos velórios e nas farmácias".

A paixão nacional pelas farmácias o fascinava, mas ele ficaria besta com a sua popularidade no Brasil de hoje, quando elas disputam espaço com os botecos. No Rio de Janeiro, são poucos os quarteirões da Visconde de Pirajá, a artéria central de Ipanema, que não têm pelo menos uma drogaria. Em alguns, há duas. Em Salvador, só na Avenida Paulo VI, entre a Pituba e o Rio Vermelho, contei 12 farmácias e depois perdi a conta.

Em São Paulo, Porto Alegre ou Recife, só mudam os nomes das ruas, mas as drogarias continuam onipresentes. Além de uma comodidade, a proliferação gera uma concorrência que beneficia o consumidor, mas também pode indicar que os brasileiros estão cada vez mais doentes. Ou apenas consumindo mais drogas legais.

Em Amsterdam, para comprar um remédio contra gripe, tive que caminhar muitos quarteirões do hotel até a farmácia mais próxima. Em Paris, Roma ou Lisboa, elas são poucas e pequenas, e tem que cumprir muitas, e caras, exigências para funcionar, com um número restrito por bairro. E exigem receita até para comprar um Viagra ou uma pílula anticoncepcional.

Nos Estados Unidos, as grandes drugstores se espalham pelo país e, além de remédios liberados, como analgésicos e laxantes, vendem comida, roupas, artigos de casa, de papelaria, de limpeza, e até cigarros. Mas é impossível comprar um simples antibiótico sem prescrição médica, a fórmula tem que ser manipulada na hora pelo farmacêutico, nas dosagens da receita.

No Brasil, além de refrigerantes, chinelos e bugigangas, as farmácias vendem remédios em quantidades proporcionais à preferência nacional pela automedicação. Agora querem proibir que elas vendam chinelos e bugigangas, enquanto legiões de dependentes químicos consomem anfetaminas e sedativos tarja preta, com ou sem receita. Se o mercado não fosse tão bom, as farmácias não seriam tantas: ou os brasileiros estão sempre doentes, ou são loucos por um remedinho. O resto é perfumaria.

fonte: http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20101231/not_imp660159,0.php

Jovens usam Viagra e similares por diversão

00h52, 17 de Janeiro de 2011
Gazeta do Povo

Um gesto feito pelo cliente da porta da farmácia e a frase “eu quero aquele genérico” já fazem com que o farmacêutico Fabiano Trombini entenda o recado: o cliente veio procurar a chamada “pílula azul” – sildenafila, tadalafila, vardenafila ou lodenafila, substâncias utilizadas para tratamento da disfunção erétil. Por trás da permanência desses remédios no ranking dos mais vendidos no país, tanto no mercado formal quanto no informal, estão homens jovens que não precisam do medicamento, mas tomam por diversão.

Apesar de o índice de homens com algum grau de disfunção erétil no país ser considerado alto – cerca de 45%, segundo a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) –, não são os pacientes que necessitam de tratamento que buscam pelo me­­­dicamento. As farmácias vendem esses remédios sem pedir receita médica, uma exigência da Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa). 

Homens tomam pílula por insegurança

É no fim de semana que jovens como Pedro e José (nomes fictícios), ambos de 29 anos, costumam fazer uso de substâncias indicadas para quem tem disfunção erétil, embora nenhum dos dois afirme ter o problema.
José Luiz Portela, atendente em uma farmácia no bairro Água Verde, em Curitiba, conta que a venda desse tipo de remédio aumenta a partir das quintas-feiras, para consumo no fim de semana. “Quem mais vem é jovem, de 25 a 35 anos. Idosos costumam aparecer raramente”, diz.

Os remédios mais procurados são o Viagra, o Cialis e o genérico, liberado em junho do ano passado, após quebra da patente que barateou a substância em 50%. “Só quinta e sexta vendo para pelo menos 20 pessoas”, conta Portela.

De acordo com o urologista do Hospital de Clínicas da UFPR Fer­­nando Lorenzini dor de cabeça é o efeito colateral mais recorrente quando se faz uso desse tipo de me­­­dicamento, independentemente da idade ou se a pessoa tem, de fato, disfunção erétil. Isso acontece porque as substâncias são vasodilatadoras. “Congestão nasal, tontura e sensação de calor na face são outros sintomas. É uma reclamação comum dos pacientes, e atinge de 10% a 20% de quem utiliza.”

Segundo o presidente da SBU, Modesto Jacobino, o perigo de tomar as substâncias somente para melhorar o desempenho sexual é que ainda se sabe pouco sobre os prejuízos em longo prazo. “Não sabemos qual pode ser o efeito físico.” Entretanto, acredita que há mais perigo de uma dependência psicológica por parte dos jovens.

fonte: http://www.alagoas24horas.com.br/conteudo/?vCod=99106

EUA: farmácias e lojas de roupas agora vendem alimentos

17 de janeiro de 2011 | 11h59
Sílvio Guedes Crespo
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Farmácia CVS, nos EUA, venderá comida em 20% de suas 7.100 lojas (foto: divulgação)

Grandes redes varejistas dos Estados Unidos que estavam tradicionalmente voltadas a segmentos específicos, como farmácias e lojas de roupa, agora incluem em suas prateleiras alimentos diversos como carne congelada e até sushi, relata o “New York Times”.

A proposta tem trazido bons resultados. A Target, varejista na área de móveis, brinquedos, produtos eletrônicos e outros, investiu no ano passado US$ 50 milhões na criação se seções de alimentos de suas lojas. As vendas nas unidades que acrescentaram esse segmento estão 6% mais altas do que lojas semelhantes que não contam com esses produtos. O número de pessoas que passam pela loja também aumentou.

Também têm investido fortemente no setor de alimentos os varejistas da área de saúde Walgreens e CVS/Pharmacy, duas marcas muito populares nos EUA, informa o “Times”. Esta última já vende comida em 200 unidades e quer expandir essa ideia para 20% de suas 7.100 lojas.

fonte: http://blogs.estadao.com.br/radar-economico/2011/01/17/lojas-de-roupas-e-farmacias-passam-a-vender-alimentos/

sábado, 15 de janeiro de 2011

Farmácia dos EUA dá cerveja de graça para atrair clientes

14 de janeiro de 2011 | 16h06

Sílvio Guedes Crespo

A rede de drogarias norte-americana Duane Reade abriu uma loja no Brooklyn, em Nova York, sabendo que sofreria resistência por parte da vizinhança.

Nessa região da cidade, os moradores costumam ser leais às lojas locais têm aversão a grandes redes de farmácias. Mas, como relata uma reportagem do “New York Times”, a Duane Reade tomou uma atitude pioneira no setor: está distribuindo cerveja de graça para quebrar a resistência do público.

“Nós sabíamos que teríamos que enfrentar uma pequena batalha para tentar trazer a Duane Reade para essa comunidade, porque eles realmente não gostam de rede de lojas”, disse ao “Times” Paul Tiberio, executivo da empresa.


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Leia a reportagem no site do “New York Times” (em inglês)

fonte: http://blogs.estadao.com.br/radar-economico/2011/01/14/farmacia-dos-eua-da-cerveja-de-graca-para-atrair-clientes/

Lotes de Tylenol e outros remédios são recolhidos no Brasil

Redação SRZD | Ciência e Saúde | 15/01/2011 14h32
A empresa Johnson and Johnson vai fazer um recall dos lotes vendidos no Brasil do medicamento Tylenol. A medida foi anunciada na sexta-feira.

Além do analgésico, os medicamentos Sinutab, Benadryl e Sudafed Pe, distribuídos no Brasil, Estados Unidos e Caribe, também serão recolhidos. Através de comunicado, a empresa explica que os remédios foram produzidos em uma fábrica que foi fechada pela Food e Drug Administration (FDA). De acordo com a Johnson, o recolhimento está sendo feito de forma preventiva, e é pouco provável que a qualidade dos remédios tenha sido afetada.

Os medicamentos citados têm data de fabricação anterior a abril de 2011, quando a unidade de McNeil Consumer Healthcare, filial da Johnson, no estado da Pensilvânia, foi fechada depois de uma série de problemas com os produtos fabricados.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Brasileiros criam tecnologia inédita de diagnóstico intracraniano

Com informações da Agência USP

Brasileiros criam método inédito de diagnóstico intracraniano
Os cientistas brasileiros já trabalham em uma nova versão do equipamento, cujo sensor será colocado sobre a pele, sem qualquer incisão.[Imagem: Ag.USP]

Pressão do cérebro
Uma equipe multidisciplinar de cientistas da USP desenvolveu um método capaz de diminuir os riscos de morte e os custos de internação de pacientes que necessitem de monitoramento constante da pressão intracraniana (PIC).
O procedimento é necessário devido a doenças como acidentes vasculares cerebrais (AVC ou derrame), traumatismos, tumores cerebrais, epilepsia, hidrocefalia, entre outras.
O método desenvolvido consiste em acoplar um pequeno sensor ao osso da caixa craniana, através de uma pequena incisão na pele, em vez de perfurar o crânio do paciente para realizar o monitoramento, como acontece atualmente.
"Os métodos atuais colocam o sensor dentro do tecido cerebral, o que pode causar danos no tecido e também infecções, uma vez que abre um canal direto de comunicação do sistema nervoso central com o meio externo", explica Gustavo Henrique Frigieri Vilela, farmacêutico-bioquímico que compõem a equipe.
Barato e mais simples
A técnica desenvolvida pela equipe da USP apresenta-se como um método de diagnóstico minimamente invasivo, ou seja, traz menos riscos de traumas e infecções aos pacientes, e muito mais barato, em comparação aos métodos tradicionais.
O equipamento desenvolvido pela USP está estimado em R$ 6.000,00 (valor do monitor) mais R$ 400,00 por sensor. Já o equipamento tradicional mais utilizado nos hospitais custa R$50.000 o monitor e R$1.500 cada sensor.
Além do baixo valor, a técnica não requer neurocirurgiões, centro cirúrgico ou leito de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), o que representa uma redução ainda maior dos custos deste procedimento para os hospitais, aumentando a popularização do uso deste equipamento.
Atualmente, o Sistema Único de Saúde (SUS) não cobre os custos do procedimento de monitoramento da PIC, o que significa que grande parte da população está impossibilitada de fazer uso deste recurso.
Tecnologia brasileira
Outro problema apontado por Vilela é a manutenção dos equipamentos atuais.
"Os equipamentos que estão em uso no país para este tipo de diagnóstico são importados, e quando quebram a assistência normalmente é feita lá fora. Imagine o tempo que isso leva", explica o pesquisador. "Nossa tecnologia, além de inédita no mundo, é 100% nacional, o que traz grande rapidez na entrega e manutenção destes equipamentos."
A equipe formada por farmacêuticos-bioquímicos, físicos, médicos, educadores físicos, engenheiros, biólogos, fisioterapeutas e enfermeiros iniciou o projeto em 2007, sob a orientação do professor Sérgio Mascarenhas de Oliveira, do Instituto de Física de São Carlos (IFSC) da USP.
Segundo Vilela, "durante o desenvolvimento da ideia surgiram tantas outras possibilidades, que atualmente o grupo realiza pesquisa em várias frentes, como epilepsia, atuação de fármacos, exercícios físicos, cardiologia e muitos outros".
Sensor remoto
Após diversos teste em animais, a técnica já está sendo empregada no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP, onde auxilia no monitoramento de oito pacientes.
Atualmente, já se verificou o funcionamento do método, contudo ainda falta realizar mais testes em humanos, para assim, obter um estudo estatístico dos resultados da técnica.
"O próximo passo, a partir de então, é entrar com a documentação para registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e Ministério da Saúde para, em seguida, começarmos a produzir o equipamento em grande escala para atender o mercado", descreve Vilela.
"O pesquisador Luiz Eduardo Genovez Damiano, doutorando da Universidade Federal de São Carlos (UFScar), em parceria com nossa equipe, trabalha no desenvolvimento de um método totalmente não invasivo, onde simplesmente tocamos a superfície da cabeça do paciente um sensor e, com isto, conseguimos monitorar a pressão intracraniana", relata o pesquisador que se mostra otimista em relação ao avanço do método. "Acredito que, em pouco tempo, conseguiremos popularizar o procedimento de diagnóstico e monitorar a pressão intracraniana sem qualquer invasão no paciente", conclui.

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quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

1º Encontro de Farmacêuticos virtuais em redes sociais.

Aos Farmacêuticos da internet.

Estamos discutindo a possibilidade de realizar o primeiro encontro nacional de Farmacêuticos de redes sociais.
Temos visto Farmacêuticos de vários estados discutindo vários assuntos de extrema relevância em nossa profissão.

Todos, com um único intuito, a melhoria das condições dos Farmacêuticos em suas áreas de atuação.

Estamos na fase de divulgação da idéia para saber se realmente os Farmacêuticos virtuais, tem de fato, esse real interesse em movimentar essa idéia.

Vários colegas com boas idéias nas diversas áreas de atuação.
São Farmacêuticos empresários (drogarias, indústria, farmácia);
São Farmacêuticos empregados (drogarias, farmácia hospitalar, farmácia manipulação, orgãos do governo)
São Farmacêuticos que atuam em sindicatos e conselhos profissionais.

Em virtude disso, criei esse tópico em nosso blog para recebermos a contribuição dos colegas.

Contribuições como:
a) Quero participar?
b) Como eu posso me envolver nessa idéia?
c) Temas em que eu gostaria de discutir.

O blog está aberto para receber as contribuições.
Portanto deixem seus recados, em "postar comentários"

Para sempre ficar fácil a visualização desse tópico, deixarei a proposta em outro blog.
Portanto sempre procurar do lado direito da página o ítem " 1º Encontro de Farmacêuticos Virtuais"

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Anvisa disponibiliza primeiro grupo de bulas em novo formato

ANVISA DISPONIBILIZA PRIMEIRO GRUPO DE BULAS EM NOVO FORMATO 

Anvisa disponibiliza primeiro grupo de bulas em novo formato


12 de janeiro de 2011

Já estão disponíveis no Bulário Eletrônico da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) as primeiras 202  bulas adequadas às novas regras da Anvisa que exigem informações mais claras, linguagem mais objetiva e conteúdos padronizados.
De acordo com a RDC 47 de 2009, que instituiu as novas regras, a partir da publicação no Bulário Eletrônico as empresas terão até 180 dias para colocar as bulas à disposição dos consumidores nas embalagens de medicamentos. Este também é o prazo para que as empresas fabricantes dos medicamentos que já estão no Bulário passem a oferecer a bula em formato especial para deficientes visuais, como Braile, áudio, fonte ampliada, entre outros.

Genéricos e similares 
A publicação das primeiras bulas adequadas vai desencadear também a adequação das bulas de muitos medicamentos genéricos e similares, que devem ser iguais à bula padrão, reduzindo o tempo de análise das bulas e o custo. Quando a Bula Padrão de um medicamento de referência for publicada no Bulário, as bulas dos seus genéricos e similares também deverão ser adequadas. Essa padronização vai facilitar o entendimento do consumidor.
As bulas dos genéricos e similares podem diferir das Bulas Padrão, que estarão no Bulário, apenas no que se refere às informações específicas do medicamento – como nome, fórmula e cuidados de conservação – e aos dados das empresas.
Os fabricantes de medicamentos genéricos e similares terão 180 dias para disponibilizar essas bulas nas caixas dos medicamentos, a partir a publicação das Bulas Padrão no Bulário Eletrônico.

Histórico
Em setembro de 2009, foi publicada a resolução RDC 47/09, que estabeleceu novas regras para as bulas de medicamentos no país. Durante o primeiro semestre de 2010, um primeiro conjunto de bulas começou a ser adequado à nova resolução. As detentoras de registro dos medicamentos elaboraram as novas bulas e submeteram à Anvisa.  Durante o segundo semestre do ano, a Anvisa analisou as bulas submetidas pelas empresas e aprovou as bulas adequadas.
Como resultado desse trabalho, estão disponíveis, no Bulário Eletrônico da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), as primeiras 202 bulas adequadas às exigências da RC 47 de 2009. A estimativa é de que até 2012 as bulas de todos os medicamentos existentes no país já estejam adequadas.

Transição
As caixas dos medicamentos que foram fabricados antes do prazo de disponibilização ser encerrado e que ainda podem estar no mercado, conterão as bulas no formato antigo.
Não haverá recolhimento de produtos para troca de bulas durante o prazo de renovação dos estoques. Enquanto isso, elas serão publicadas no Bulário Eletrônico da Anvisa. 
As bulas de medicamentos de referência que já estavam publicadas no Bulário, mas que ainda não estão adequadas, continuarão disponíveis para consulta e serão excluídas à medida em que suas novas bulas forem publicadas.
Como pesquisar no Bulário

Para realizar a busca de bulas já adequadas no Bulário Eletrônico, basta selecionar "Bula para o paciente" ou "Bula para o profissional de saúde". Depois é só clicar em buscar.
Para verificar se um medicamento já possui a nova bula, selecione "Bula para o paciente" ou "Bula para o profissional de saúde" e digite nos campos específicos pelo menos uma informação relacionada à bula desejada, como o nome do medicamento, nome do princípio ativo, nome da empresa ou sua categoria regulatória.  

Médicos alertam para os perigos dos estimulantes sexuais


'Qualquer estimulante sexual deve ter orientação médica; 'O medicamento pode se tornar uma arma letal', alerta médico
Um homem morreu na madrugada desta terça-feira (11), no Hospital Geral do Estado (HGE). Segundo informações do hospital, ele foi atendido por uma equipe do Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu), num motel da capital alagoana e socorrido para a unidade. Há suspeita de que a vítima tenha feito uso de estimulante sexual horas antes de morrer.

Especialistas explicam uso dos estimulantes sexuais

A reportagem da Gazetaweb ouviu especialistas sobre o uso de estimulantes sexuais para prolongar o ato sexual e de que forma o medicamento pode ser usado corretamente.

Urologista

Para o urologista Cláudio Roberto, o uso de qualquer estimulante sexual deve ter orientação médica. “O medicamento pode se tornar uma arma letal. O uso sem permissão de um especialista na área de saúde e sem uma avaliação do paciente pode levar a uma parada cardíaca e em muitos casos a morte” – disse.

Ele alerta para um novo medicamento que circula no câmbio negro e que a sua constituição química ainda é desconhecida pelos médicos. “Um medicamento que recebe o nome de Pramil está sendo vendido em feiras livres, mercados e na venda particular sem nenhuma procedência. Ele não é vendido em farmácias e pode ser adquirido sem nenhuma prescrição médica ao preço de R$ 10. Valor muito menor que o cobrado pelos laboratórios que fabricam os estimulantes e que são ofertados nas prateleiras das farmácias” – afirma.

Ainda segundo o urologista, quem adquire o medicamento no mercado negro não passa por nenhuma avaliação, é o que deve ter ocorrido com o idoso que não resistiu e morreu nesta madrugada. O somativo de estimulante sexual e remédios a base de nitrato não pode ocorrer.

Mas ele ressalta que qualquer afirmação de que houve a soma dos dois medicamentos só poderá ser confirmada depois da realização de necropsia no corpo da vítima.

Procura dos estimulantes por jovens

O urologista Cláudio Roberto disse a demanda de jovens com idade a partir de 25 anos que procura o consultório médico para pedir o medicamento é grande. “Cada dia o número de jovens que pede a prescrição médica para uso de estimulantes sexuais cresce e procuro orientar dizendo que o uso desse tipo de medicação só em casos de extrema necessidade” – afirma.

Para o médico, a procura constante do medicamento por parte dos jovens se deve a facilidade encontrada nos dias de hoje para o sexo.

Cardiologista

O coordenador da cardiologia do Hospital do Açúcar, Francisco Costa, explica que o basicamente é preciso avaliar o paciente para saber se ele apresenta condições físicas e mentais para fazer uso de um estimulante sexual.

“Avaliamos se o paciente apresenta algum tipo de problema na artéria coronária, se faz uso de algum medicamento à base de nitrato o que pode causar uma pontecialização e levar a morte durante o ato sexual”.

Ele lembra que o aparecimento de estimulantes vendidos em feiras livres aumenta a compra e permite que mais homens façam uso de medicamentos sem nenhum tipo de avaliação e de resguardo quanto a possíveis problemas que são ocasionados pela combinação. Francisco Costa ressalta a importância de uma fiscalização mais ativa nos pontos onde esses medicamentos estão sendo comercializados.

Ainda segundo o cardiologista, para os pacientes que fazem uso de Nitrato, ele orienta que se vai usar o estimulante sexual haja uma suspensão para não haver a somar dos componentes químicos.

“Oriento meus pacientes que pedem prescrição de estimulante que suspenda a medicação tomada regularmente 48 horas antes, assim evita que a somativa provoque parada cardíaca. Há casos em que o uso do estimulante é terminantemente proibido, são os pacientes hipertensos, coronarianos, entre outros”, orienta.

Estimulantes sexuais

Doze marcas de estimulantes sexuais disputam o consumidor brasileiro. Só no ano passado, esses remédios venderam R$ 500 milhões. Até quem não tem problemas de disfunção erétil procurar o medicamento.

fonte: http://gazetaweb.globo.com/v2/noticias/texto_completo.php?c=221319

A importância dos conselhos profissionais para a sociedade atual

Adv. Abel Chaves Júnior, advogado do CRA/MG

Muito embora a Constituição Federal tenha estabelecido a liberdade de profissão, a Lei pode exigir que, naquelas profissões em que se busca preservar a vida, a saúde, a liberdade e a honra, o profissional esteja submetido ao controle ético de um Conselho Profissional (art. 5º, inciso XIII, da CF). Sem a inscrição no Conselho, o profissional não pode exercer a profissão para a qual se habilitou.

Assim, a existência dos Conselhos de Fiscalização das Atividades Profissionais está intrinsecamente ligada à proteção da coletividade contra os leigos inabilitados como também dos habilitados sem ética, o que é feito pela fiscalização técnica, em conformidade com os regulamentos determinados por Lei.

Para atender a esse interesse da sociedade, os conselhos cobram de seus profissionais um tributo, também conhecido por anuidade profissional.

Diferentemente de qualquer outro sistema brasileiro, quem define as regras de cada profissão são os próprios profissionais, não havendo qualquer ingerência governamental nesse aspecto. Afinal, ninguém melhor do que os próprios profissionais para saber de sua profissão. A Lei prevê regras democráticas para a escolha desses profissionais, já que os conselheiros são eleitos pela própria classe.

Mas, se os conselhos desempenham papel fundamental para a sociedade, por que é corriqueiro ver um profissional falando mal do seu conselho? Creio que isso ocorra devido, principalmente, à desinformação dos próprios profissionais do que seja um conselho de fiscalização.

É que muito antes de lutar pela sua própria categoria, os conselhos foram criados para defender a sociedade. Por isso, é um órgão público descentralizado, dotado de personalidade jurídica de direito público e sujeito à fiscalização do Tribunal de Contas da União. Por saber que o Estado vela por aquele profissional é que o cidadão pode contratar, por exemplo, um administrador ou um médico, porque sabe que o Estado está exercendo, por meio de um conselho, a fiscalização sobre aquele profissional. Se os conselhos não existissem, casos como os de pacientes que morreram nas mãos de um médico sem especialização para realizar cirurgia plástica, ou de pessoas que morreram ou ficaram sem seus imóveis, devido ao desabamento do prédio em que moravam, porque o engenheiro utilizou areia de praia, ou, ainda, de empresas que foram à bancarrota por causa da má gestão de administradores, fariam parte do nosso cotidiano e não seriam exceções.

O desconhecimento da real função dos conselhos leva o profissional a crer que, se ele paga o tributo, deve ser devidamente retribuído, por meio da defesa de interesses de sua categoria. Com certeza, o sistema contributivo é por excelência retributivo. Mas a contraprestação do tributo pago deve ser revertida não só para o universo daquela classe profissional, mas para a salvaguarda dos interesses coletivos, cujo fim primordial é dar proteção à sociedade, em relação aos serviços que lhes são prestados por seus profissionais.

Ao exercer a sua atividade principal, qual seja, a fiscalização ética e técnica, o conselho, por via oblíqua, estará agindo em prol de sua categoria, porque abrirá espaço no mercado de trabalho para os seus profissionais.

Paralelamente ao papel ou atividade-fim atribuída aos conselhos, é importante que esses órgãos busquem também outros projetos voltados para a sua categoria. Trabalhos nesse sentido são nobres e devem fazer parte constante das pautas dos seus dirigentes.

Para isso, os conselhos devem se aproximar dos profissionais, das escolas de formação profissional, da própria administração pública, promovendo debates, cursos, palestras, congressos etc, buscando melhorias para a profissão e a classe.


É preciso que os profissionais tomem consciência da importância dos conselhos para a sociedade atual, porque, contando com a participação de todos os seus registrados, o controle desses órgãos será feito de forma ainda mais democrática. Quem sai ganhando não são somente os profissionais, mas toda a sociedade brasileira.

Fonte: Artigo publicado no ADM.Notícias, informativo bimestral do Conselho Regional de
Administração de Minas Gerais, edição número 06, mar/abr-2005

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Lei 11.903 de 14 janeiro de 2009 - Rastreabilidade

Presidência da República
Casa Civil
Subchefia para Assuntos Jurídicos


Dispõe sobre o rastreamento da produção e do consumo de medicamentos por meio de tecnologia de captura, armazenamento e transmissão eletrônica de dados.


O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: 
Art. 1o  É criado o Sistema Nacional de Controle de Medicamentos, envolvendo a produção, comercialização, dispensação e a prescrição médica, odontológica e veterinária, assim como os demais tipos de movimentação previstos pelos controles sanitários. 

Art. 2o  Todo e qualquer medicamento produzido, dispensado ou vendido no território nacional será controlado por meio do Sistema Nacional de Controle de Medicamentos. 

Parágrafo único.  O controle aplica-se igualmente às prescrições médicas, odontológicas e veterinárias. 

Art. 3o  O controle será realizado por meio de sistema de identificação exclusivo dos produtos, prestadores de serviços e usuários, com o emprego de tecnologias de captura, armazenamento e transmissão eletrônica de dados. 

§ 1o  Os produtos e seus distribuidores receberão identificação específica baseada em sistema de captura de dados por via eletrônica, para os seguintes componentes do Sistema Nacional de Controle de Medicamentos: 

I – fabricante (autorização de funcionamento, licença estadual e alvará sanitário municipal dos estabelecimentos fabricantes); 
II – fornecedor (atacadistas, varejistas, exportadores e importadores de medicamentos); 
III – comprador (inclusive estabelecimentos requisitantes de produtos não aviados em receitas com múltiplos produtos); 
IV – produto (produto aviado ou dispensado e sua quantidade); 
V – unidades de transporte/logísticas; 
VI – consumidor/paciente; 
VII – prescrição (inclusive produtos não aviados numa receita com múltiplos produtos); 
VIII – médico, odontólogo e veterinário (inscrição no conselho de classe dos profissionais prescritores). 

§ 2o  Além dos listados nos incisos do § 1o deste artigo, poderão ser incluídos pelo órgão de vigilância sanitária federal outros componentes ligados à produção, distribuição, importação, exportação, comercialização, prescrição e uso de medicamentos. 

Art. 4o  O órgão de vigilância sanitária federal competente implantará e coordenará o Sistema Nacional de Controle de Medicamentos. 

Parágrafo único.  O órgão definirá o conteúdo, a periodicidade e a responsabilidade pelo recebimento e auditoria dos balanços das transações comerciais necessários para o controle de que trata o art. 3o desta Lei. 

Art. 5o  O órgão de vigilância sanitária federal competente implantará o sistema no prazo gradual de 3 (três) anos, sendo a inclusão dos componentes referentes ao art. 3o desta Lei feita da seguinte forma: 

I – no primeiro ano, os referentes aos incisos I e II do § 1o
II – no segundo ano, os referentes aos incisos III, IV e V do § 1o
III – no terceiro ano, os referentes aos incisos VI, VII e VIII do § 1o

Art. 6o  O órgão de vigilância sanitária federal competente estabelecerá as listas de medicamentos de venda livre, de venda sob prescrição e retenção de receita e de venda sob responsabilidade do farmacêutico, sem retenção de receita. 

Art. 7o  Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. 

Brasília,  14  de janeiro de 2009; 188o da Independência e 121o da República. 

LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
Reinhold Stephanes
Márcia Bassit Lameiro Costa Mazzoli
Miguel Jorge

Este texto não substitui o publicado no DOU de 15.1.2009