quinta-feira, 5 de julho de 2012

Medicamento para diabetes aumenta risco de câncer da bexiga

Kate Toogood
 
Risco do medicamento
Pioglitazona, um medicamento comumente utilizado para tratar o diabetes tipo 2, aumenta o risco de câncer da bexiga.

Pessoas com diabetes tipo 2 têm um maior risco de vários tipos de câncer, incluindo um risco 40% maior de câncer de bexiga, em comparação com pessoas sem diabetes.

Esse, contudo, era considerado um risco associado apenas à doença. Agora, os pesquisadores estabeleceram um risco relacionado a um dos medicamentos usados para tratar a doença.

Os pesquisadores esclarecem que há alternativas de medicamentos sem esse risco.

A pioglitazona é um medicamento da classe das tiazolidinedionas.

Pioglitazona
Para determinar se existe uma ligação entre o uso de pioglitazona e a incidência do câncer da bexiga, os pesquisadores fizeram uma revisão sistemática e uma meta-análise de ensaios clínicos randomizados e estudos observacionais envolvendo mais de 2,6 milhões de pacientes.

"Nós observamos um aumento do risco de câncer de bexiga associado com o uso de tiazolidinedionas," afirmou o Dr. Jeffrey Johnson, da Universidade de Alberta, no Canadá.

"Em particular, o uso de pioglitazona foi associado com um risco aumentado de câncer de bexiga com base em uma estimativa combinada de três estudos de coorte, envolvendo mais de 1,7 milhão de pessoas," completou.

Alternativas sem risco
Os pesquisadores também procuraram por uma possível associação do câncer com a rosiglitazona, um outro tipo de tiazolidinediona, mas não encontraram o efeito.

"Embora o risco absoluto de câncer de bexiga associado com a pioglitazona seja pequeno, outros tratamentos baseados em evidências para a diabetes tipo 2 podem ser igualmente eficazes sem apresentar um risco de câncer," dizem os pesquisadores em seu artigo, publicado no Canadian Medical Association Journal.

"Este estudo quantifica a associação entre o uso de pioglitazona e o câncer de bexiga e pode ajudar a fundamentar as decisões em torno de uma utilização mais segura da pioglitazona em indivíduos com diabetes tipo 2", concluem os autores.

Fonte: Diário da Saúde

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