Dámaso Macmillan, de 60 anos, reúne, classifica e redistribui remédios não mais utilizados, com data de validade preservada
A entidade fica no segundo piso do Mercado Público
Foto:
Lara Ely / Agência RBS
Lara Ely
Uma caixa de remédio para tratar doença como o lúpus pode custar R$ 2
mil, e, nem sempre, a distribuição do governo dá conta de suprir toda
demanda.
Uma alternativa para quem enfrenta essa situação é buscar o serviço prestado pelo Banco de Remédios, uma associação que reúne, classifica e redistribui remédios não mais utilizados, com data de validade preservada. O serviço também é uma saída para doação de medicamentos ociosos, cujo descarte invariavelmente é a lata do lixo.
A iniciativa é de Dámaso Macmillan, 60 anos, que passou por transplante de rim e sentiu na pele a dificuldade de conseguir medicamentos caros. Hoje, ele é um caso raro de transplantado que não depende de medicação.
Mesmo assim, percebeu que muitos pacientes como ele deixavam sobrar nas caixas cartelas com dezenas de comprimidos em boas condições de uso. A partir daí, começou a reunir as sobras em uma espécie de farmácia informal gratuita.
Foi assim que criou, há oito anos, o Banco de Remédios, cuja finalidade é encaminhar remédios a pessoas cadastradas na associação e portadoras de receita médica.
Com sede no segundo piso do Mercado Público, a entidade foi a única a continuar suas atividades de forma ininterrupta após o incêndio.
— O fogo chegou em estabelecimentos vizinhos, mas a nossa sala ficou preservada — diz a mulher de Dámaso, Ana, que ajuda no trabalho.
Ainda em fase de adaptação à nova casa (antes, o banco funcionava na Rua dos Andradas, depois no primeiro piso do Mercado), a entidade recebe doações quase que diárias de clínicas médicas, hospitais, profissionais da saúde e cidadãos interessados em dar vida longa aos medicamentos. Em valor agregado, há quase R$ 1 milhão em medicamentos. Entre os beneficiados, estão mais de 1,5 mil pessoas.
No estoque, há desde simples analgésico, pílula anticoncepcional (um dos campeões de doação) até medicamentos para problemas mais graves, como doenças renais, cardíacas, autoimunes, câncer e diabetes. Tudo classificado por princípio ativo e por letra.
Para receber um remédio, é preciso estar cadastrado na associação e pagar a constribuição mensal de R$ 20.
— O valor não é equivalente ao preço do remédio, mas ajuda a cobrir as despesas da entidade. Funcionamos sem apoio do governo, para manter isenção e autonomia — explica o mentor da iniciativa.
Os pedidos e doações são aceitos pessoalmente, por telefone e até via redes sociais. O repasse é feito para todo o Estado e, caso o medicamento desejado não esteja ao alcance, MacMillan vai atrás.
Banco de Remédios
— Mercado Público, loja 118, 2º pavimento.
— O serviço permite doar remédios e solicitar doações
— Contato: (51) 3286 -7579
— Facebook: Banco de Remédios
— Twitter: @bancoderemedios
Dados necessários para se cadastrar na associação— Carteira de identidade
— CPF
— Comprovante de residência
— Cartão do SUS
— Receita médica
Fonte: Zero Hora
Uma alternativa para quem enfrenta essa situação é buscar o serviço prestado pelo Banco de Remédios, uma associação que reúne, classifica e redistribui remédios não mais utilizados, com data de validade preservada. O serviço também é uma saída para doação de medicamentos ociosos, cujo descarte invariavelmente é a lata do lixo.
A iniciativa é de Dámaso Macmillan, 60 anos, que passou por transplante de rim e sentiu na pele a dificuldade de conseguir medicamentos caros. Hoje, ele é um caso raro de transplantado que não depende de medicação.
Mesmo assim, percebeu que muitos pacientes como ele deixavam sobrar nas caixas cartelas com dezenas de comprimidos em boas condições de uso. A partir daí, começou a reunir as sobras em uma espécie de farmácia informal gratuita.
Foi assim que criou, há oito anos, o Banco de Remédios, cuja finalidade é encaminhar remédios a pessoas cadastradas na associação e portadoras de receita médica.
Com sede no segundo piso do Mercado Público, a entidade foi a única a continuar suas atividades de forma ininterrupta após o incêndio.
— O fogo chegou em estabelecimentos vizinhos, mas a nossa sala ficou preservada — diz a mulher de Dámaso, Ana, que ajuda no trabalho.
Ainda em fase de adaptação à nova casa (antes, o banco funcionava na Rua dos Andradas, depois no primeiro piso do Mercado), a entidade recebe doações quase que diárias de clínicas médicas, hospitais, profissionais da saúde e cidadãos interessados em dar vida longa aos medicamentos. Em valor agregado, há quase R$ 1 milhão em medicamentos. Entre os beneficiados, estão mais de 1,5 mil pessoas.
No estoque, há desde simples analgésico, pílula anticoncepcional (um dos campeões de doação) até medicamentos para problemas mais graves, como doenças renais, cardíacas, autoimunes, câncer e diabetes. Tudo classificado por princípio ativo e por letra.
Para receber um remédio, é preciso estar cadastrado na associação e pagar a constribuição mensal de R$ 20.
— O valor não é equivalente ao preço do remédio, mas ajuda a cobrir as despesas da entidade. Funcionamos sem apoio do governo, para manter isenção e autonomia — explica o mentor da iniciativa.
Os pedidos e doações são aceitos pessoalmente, por telefone e até via redes sociais. O repasse é feito para todo o Estado e, caso o medicamento desejado não esteja ao alcance, MacMillan vai atrás.
Banco de Remédios
— Mercado Público, loja 118, 2º pavimento.
— O serviço permite doar remédios e solicitar doações
— Contato: (51) 3286 -7579
— Facebook: Banco de Remédios
— Twitter: @bancoderemedios
Dados necessários para se cadastrar na associação— Carteira de identidade
— CPF
— Comprovante de residência
— Cartão do SUS
— Receita médica
Fonte: Zero Hora
Como a Anvisa vê isso? Isso não é ilegal?
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