Sentimentos de uma Farmacêutica
Boa noite, colegas farmacêuticos.
Me permiti abrir um parênteses, e falar um pouco dos processos que
proporcionaram alguma mudança ao nosso país e, direta ou indiretamente,
aos cidadãos que aqui nasceram ou escolheram esse solo como lar.
Após anos de censura, eis que surge uma luz no fim do túnel e, com o
movimento Diretas Já, emanara um nome em que os brasileiros depositaram
grande parte de sua esperança - Tancredo Neves.
O movimento Diretas
Já tomou conta de nosso país de norte a sul, leste a oeste. Jovens,
adultos, profissionais dos mais diversos segmentos foram às ruas bradar
toda sua insatisfação e exigir democracia que, neste momento em
particular, seria representado por eleições diretas para Presidência da
República e, conseguimos.
Elegemos Tancredo Neves, que veio a óbito e marcou nosso país por uma comoção uníssona e o Brasil chorou. Mas não desistimos.
Aparece no cenário político, um jovem alagoano, articulado, falante e
com empatia peculiar e, num Brasil ainda de luto, elegeu-se presidente. E
nesse panorama, muitos perderam o pouco que tinham, a inflação explodiu
e, mais uma vez, o povo foi às ruas, só que agora para dizer BASTA!!!
E, num processo catalizador, único e bravo, exigíamos a saída e/ou
renúncia de um presidente. Orgulhoso, não renunciou, mas a pressão
popular mais uma vez invadiu o coração do povo brasileiro, o Congresso
Nacional não teve outra alternativa e o impeachment foi anunciado em
sessão com votação aberta. Derrubamos, com nossa força, quem não nos
representava.
Bem, a essa altura, alguns devem estar se perguntando: onde ela deseja chegar com essa narrativa histórica?
Então, vamos lá.
As mudanças que desejamos somente acontecem quando estamos
comprometidos e imbuídos do desejo de mudar. Aqui não vale o "vou lavar
as mãos", e embarcar no "pior que está não vai ficar". Acredite,
parafraseando Edward Murphy, "se algo pode dar errado, dará". E você,
vai ficar com o risco do ônus até quando? Até quando a zona de conforto
realmente será o conforto esperando? Até quando ficaremos omissos, ou
nos permitiremos reféns do que podemos mudar?
Ninguém pode me
garantir, lhe garantir, nos garantir que milagrosamente todas as
mudanças acontecerão, pois há medidas que independem de uma assinatura,
uma "canetada" num papel; mas estejamos certos, que todos os esforços
serão esgotados para que a probidade e publicidade permeiem as ações
desenvolvidas e implementadas.
Devemos a nós mesmos e a toda uma
categoria a possibilidade de renovação. Porquê? Para amanhã, bem próximo
certamente, não nos arrependermos de não tê-la oportunizado.
Sou
uma gota num oceano de aproximados dezessete mil, mas sou capaz de
promover um tsunami. E você, estimado colega? Vai nadar conforme a maré,
ou se agitar até formar uma onda capaz de mudar o lugar comum?
Sou
uma jovem farmacêutica, sim. Mas com uma história, um nome a zelar
publicamente, por possuir uma carreira sólida e pública em outra área do
conhecimento de longos vinte e sete anos de profissão. Logo, capaz de
dissertar com propriedade sobre o panorama que vejo se desenhar aos meus
e nossos olhos, pois sempre me coloco no lugar do outro, no coletivo
profissional. E, por ser atuante e militar por nossos direitos, por
ousar em emitir minhas opiniões, me vi covardemente respondendo a
processo ético-disciplinar que foi arquivado, por unanimidade, em
plenária. Ou seja, até o denunciante votou pelo arquivamento.
Democracia, demagogia ou hipocrisia?
Lanço a todos um
questionamento: quando o continuísmo e a alternância de poder foi
benéfica ao povo? Não é e nem será à uma categoria, não se iludam que
aconteceria diferentemente.
Digo e reafirmo que somente através do voto podemos mudar o que nos desagrada, o que não nos representa.
Em minhas andanças, ouço e percebo que há uma insatisfação geral, por
inúmeros motivos reais, que poderia listá-los em algumas páginas. Não o
farei por sentirmos todos na própria pele quase diariamente.
Até quando
permitiremos que nos firam assim?
Não sou candidata a nenhum cargo
na eleição de nosso conselho, ainda não é chegada a hora. Mas me
posicionei em apoio a uma chapa não apenas por questões de amizade,
porém e sobretudo, por me ver representada na renovação proposta, no não
continuísmo. É cargo eletivo em representatividade de classe, numa
autarquia federal; diferentemente de um cargo eletivo em uma agremiação
social, não menos importante- vale a ressalva.
Por isso concedo a
CHAPA 3 - TRANSPARÊNCIA FARMACÊUTICA, meu apoio e meu voto de confiança,
certa de que me representarão e implementarão as propostas promovidas.
Participei de todas as etapas de construção da mesma e vejo contemplada as diferentes áreas de atuação legitimamente.
Toda a campanha é auto financiada por seus membros e por doações de
amigos, ansiosos por representatividade, por mudanças e renovação da
nossa casa.
Vejo, na figura do Dr. Tadeu de Sá Vieira, um
representante legítimo e preparado para nos representar, assim como os
demais componentes dessa chapa, que propõe para o CRF-RJ uma gestão
transparente, otimizada, focada no ensino , nos anseios e no resgate da
dignidade do profissional farmacêutico, esquecido ao longo do tempo face
aos interesses mercadológicos, pretendendo atuar com probidade,
publicidade e legalidade.
Finalizando, o Dr. Tadeu Augustinho de Sá
Vieira e os demais componentes da CHAPA 3 -TRANSPARÊNCIA FARMACÊUTICA,
me representam.
Uma dica? Pesquise, conheça aqueles que vão lhe representar.
Eu conheço meus candidatos. E você, conhece bem os seus?
Pense bem; voto não tem preço, tem consequência.
Um forte abraço.
Drª. Silvia Barreto
Farmacêutica
Outubro de 2013.
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