terça-feira, 19 de junho de 2012

Automedicação provoca doenças nos olhos

No frio uma em cada cinco consultas no Instituto Penido Burnier está associada à reação pelo uso de medicamentos por conta própria. Segundo o oftalmologista do hospital, Leôncio Queiroz Neto, um dos problemas causados pela automedicação neste período do ano é a conjuntivite alérgica que tem como um dos vilões o uso abusivo de  analgésicos. Geralmente usados para combater os sintomas da gripe ou resfriado, respondem por 44% das consultas relacionadas ao abuso de medicamentos. O especialista ressalta que no inverno a baixa umidade do ar dobra a incidência da síndrome do olho seco que atinge 20% da população contra 10% no restante do ano. A menor produção da lágrima diminui a defesa dos olhos que ficam mais suscetíveis a contaminações de suas porções externas – córnea e conjuntiva. O médico diz que os principais sintomas são: coceira, ardência, olhos vermelhos, lacrimejamento, sensibilidade à luz, leve inchaço da pálpebra e diminuição da acuidade visual.

Além de troca de medicação, o tratamento inclui aplicação de compressas frias e uso de colírio antialérgico  ou de colírio com  corticóide em casos mais graves.

De acordo com Queiroz Neto quem já têm algum tipo de alergia forma o grupo de maior risco, mas a reação pode ocorrer com qualquer pessoa, mesmo que já tenha usado a medicação anteriormente. “Isso acontece porque alterações na imunidade causadas por outras doenças, má alimentação e abuso de medicamentos  aumentam a predisposição às reações alérgicas”, explica.  

Anti-histamínicos ressecam a lágrima
O especialista diz que 56% das consultas causadas pela automedicação estão associadas ao uso de anti-histamínicos para combater doenças respiratórias como asma, bronquite ou rinite alérgica. Só para se ter uma idéia, as doenças alérgicas cresceram dez vezes nas últimas décadas, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde). É um problema de saúde pública em que o Brasil aparece entre os países com maior prevalência. O Estudo Multicêntrico Internacional de Asma e Alergias na Infância (ISAAC) demonstra que 20% da população brasileira é portadora da doença. Queiroz Neto afirma que seis em cada 10 alérgicos manifestam a doença nos olhos que se tornam mais suscetíveis a opacidades corneanas, ceratocone e catarata. Ele ressalta que o uso de anti-histamínicos para combater as doenças alérgicas resseca ainda mais a lágrima que já diminui no inverno, aumentando a predisposição à  conjuntivite bacteriana, viral  e à  alergia nos olhos.

Os principais sintomas são: coceira, ardência, olhos vermelhos, lacrimejamento, inchaço da pálpebra,  sensibilidade à luz com secreção do tipo aquosa quando ocorre contaminação por vírus, ou purulenta quando é causada por bactéria.  

A dica do médico para manter a boa lubrificação dos olhos para quem não pode dispensar  o anti-histamínico é associar ao medicamento o uso  de lágrima artificial ou cápsulas de semente de linhaça.

Ele diz que em muitos casos só a aplicação de compressas de água nos olhos é o suficiente para eliminar a conjuntivite bacteriana ou viral. Nos casos de conjuntivite bacteriana, ressalta.  devem ser feita compressa quente e na viral compressa fria.

As principais recomendações para se prevenir a contaminação dos olhos são:

·         Evite levar as mãos aos  olhos após contato com superfícies
·         Lavar as mãos com água e sabão antes de tocar os olhos
·         Evitar aglomerações em ambientes fechados.
·         Não compartilhar maquiagem, toalhas  ou colírios.

Fonte: Paranashopp

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