No frio uma
em cada cinco consultas no Instituto Penido Burnier está associada à
reação pelo uso de medicamentos por conta própria. Segundo o
oftalmologista do hospital, Leôncio Queiroz Neto, um dos problemas
causados pela automedicação neste período do ano é a conjuntivite
alérgica que tem como um dos vilões o uso abusivo de analgésicos.
Geralmente usados para combater os sintomas da gripe ou resfriado,
respondem por 44% das consultas relacionadas ao abuso de medicamentos. O
especialista ressalta que no inverno a baixa umidade do ar dobra a
incidência da síndrome do olho seco que atinge 20% da população contra
10% no restante do ano. A menor produção da lágrima diminui a defesa dos
olhos que ficam mais suscetíveis a contaminações de suas porções
externas – córnea e conjuntiva. O médico diz que os principais sintomas
são: coceira, ardência, olhos vermelhos, lacrimejamento, sensibilidade à
luz, leve inchaço da pálpebra e diminuição da acuidade visual.
Além
de troca de medicação, o tratamento inclui aplicação de compressas
frias e uso de colírio antialérgico ou de colírio com corticóide em
casos mais graves.
De
acordo com Queiroz Neto quem já têm algum tipo de alergia forma o grupo
de maior risco, mas a reação pode ocorrer com qualquer pessoa, mesmo
que já tenha usado a medicação anteriormente. “Isso acontece porque
alterações na imunidade causadas por outras doenças, má alimentação e abuso de medicamentos aumentam a predisposição às reações alérgicas”, explica.
Anti-histamínicos ressecam a lágrima
O
especialista diz que 56% das consultas causadas pela automedicação
estão associadas ao uso de anti-histamínicos para combater doenças
respiratórias como asma, bronquite ou rinite alérgica. Só para se ter
uma idéia, as doenças alérgicas cresceram dez vezes nas últimas décadas,
segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde). É um problema de saúde
pública em que o Brasil aparece entre os países com maior prevalência. O
Estudo Multicêntrico Internacional
de Asma e Alergias na Infância (ISAAC) demonstra que 20% da população
brasileira é portadora da doença. Queiroz Neto afirma que seis em cada
10 alérgicos manifestam a doença nos olhos que se tornam mais
suscetíveis a opacidades corneanas, ceratocone e catarata. Ele ressalta
que o uso de anti-histamínicos para combater as doenças alérgicas
resseca ainda mais a lágrima que já diminui no inverno, aumentando a
predisposição à conjuntivite bacteriana, viral e à alergia nos olhos.
Os
principais sintomas são: coceira, ardência, olhos vermelhos,
lacrimejamento, inchaço da pálpebra, sensibilidade à luz com secreção
do tipo aquosa quando ocorre contaminação por vírus, ou purulenta quando
é causada por bactéria.
A
dica do médico para manter a boa lubrificação dos olhos para quem não
pode dispensar o anti-histamínico é associar ao medicamento o uso de
lágrima artificial ou cápsulas de semente de linhaça.
Ele
diz que em muitos casos só a aplicação de compressas de água nos olhos é
o suficiente para eliminar a conjuntivite bacteriana ou viral. Nos
casos de conjuntivite bacteriana, ressalta. devem ser feita compressa
quente e na viral compressa fria.
As principais recomendações para se prevenir a contaminação dos olhos são:
· Evite levar as mãos aos olhos após contato com superfícies
· Lavar as mãos com água e sabão antes de tocar os olhos
· Evitar aglomerações em ambientes fechados.
· Não compartilhar maquiagem, toalhas ou colírios.
Fonte: Paranashopp
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