Enfemeiras disseram que é permitido o uso de remédio fora do prazo. Anvisa nega
Gustavo Frasão, do R7 | 20/06/2012 às 11h06
Gustavo Frasão, do R7 | 20/06/2012 às 11h06
Elisandra teria ficado revoltada e afirma que a chefe da ala pediátrica disse que a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) permite o uso de medicamentos até seis meses depois do vencimento porque não perdem o efeito. Outras mães que estavam no hospital e viram a cena, tentaram gravar as imagens para servir como testemunhas mas policiais do hospital teriam sigo agressivos com elas e a própria enfermeira teria ameaçado as mulheres, que com medo, apagaram as imagens.
A Polícia Civil foi acionada e chegou ao local para analisar o caso. Com a enfermeira, a polícia encontrou um frasco de Berotec, remédio usado para tratamento de doenças respiratórias, vencido. A enfermeira teria tentado esconder a caixa e a medicação do policial, mas acabou entregando aos agentes.
Elisandra acredita que os enfermeiros usam os medicamentos vencidos para não ficarem no estoque.
— Eu acredito que o hospital usa esses remédios vencidos para não estragarem. Só depois que usam todos eles, começam a usar os remédios com datas de validade corretas. Em nenhum momento eles mostram a medicação e esclarecem as dúvidas em relação ao vencimento. Eu só peguei isso porque a enfermeira se descuidou e deixou a caixa do remédio em cima de uma maca.
De acordo com a mãe do menino, a chefe da equipe de enfermeiros na ala pediátrica do hospital disse que ela estava fazendo um escândalo sem necessidade, e que "o povo do Goiás, que não tem estudo, adora fazer um barraco por qualquer coisinha".
Anvisa nega permissão de uso de medicamentos vencidos
A reportagem do R7 procurou a assessoria de comunicação da Anvisa que afirmou não ter nenhuma resolução ou lei que permita o uso de medicamentos vencidos. A agência esclarece que se o remédio estiver um dia vencido, é necessário descartar porque pode trazer sérios riscos à saúde das pessoas.
A direção do hospital disse que vai investigar o caso, mas até a publicação desta reportagem não houve manifestação de ninguém sobre esse assunto.
Fonte: R7
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