Projeto exige balança em drogaria
LAURA NABUCO
Da Reportagem
Um projeto de lei em tramitação na Assembleia quer obrigar todas as farmácias e drogarias do Estado a ter uma balança.
A proposta surge pouco tempo após a divulgação de um levantamento que
revela que 52% dos cuiabanos têm excesso de peso. Os dados, coletados
pelo Ministério da Saúde em parceria com o Núcleo de Pesquisas
Epidemiológicas em Nutrição e Saúde da Universidade de São Paulo,
apontam que a Capital mato-grossense está entre as seis cidades
brasileiras com maior concentração de gordinhos.
De autoria do deputado estadual Emanuel Pinheiro (PR), o projeto tem
como argumento facilitar o controle do peso para cidadãos que não tenham
condição de comprar uma balança. O parlamentar quer ainda proibir as
farmácias de cobrarem taxas pelo uso do equipamento.
A iniciativa promete gerar polêmica entre os proprietários. Para
Amarildo Batista, dono de uma farmácia em Cuiabá, além de supérflua, a
balança representa custos.
Ele conta que retirou o equipamento de sua loja por precisar pagar
anualmente uma taxa de aproximadamente R$ 130 para a realização de uma
vistoria pelo Inmetro. “Eu ainda corria o risco de ser multado se a
balança desse algum defeito e estivesse marcando uma diferença no peso”,
reclama.
Vando de Arruda, gerente de uma unidade de uma rede de farmácias da
Capital, por sua vez, afirma que o projeto de lei não deve alterar a
rotina na loja. “Nós temos até um programa de acompanhamento de peso e
pressão arterial para os nossos clientes. Tudo é gratuito”, diz.
Arruda afirma ainda que a balança chega a ser responsável por atrair
clientes, que entram para se pesar e acabam fazendo compras. Batista,
contudo, discorda. “Foi a época que isso acontecia. O cliente de hoje
está mais preocupado com o desconto que vamos dar”.
fonte: Diário de Cuiabá
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