Seis pessoas teriam morrido após ingerir o medicamento em Teófilo Otoni.
Outras quatro mortes são investigadas pela polícia em Novo Cruzeiro.
De acordo com a polícia, a morte de dez pessoas e o registro de lesões corporais em outras duas foram investigadas pela corporação. Inquéritos referentes a sete vítimas, sendo seis mortes, foram encaminhados à Justiça pela Delegacia Regional de Teófilo Otoni. Outras quatro mortes ainda são apuradas pela polícia em Novo Cruzeiro, também no Vale do Mucuri.
Erro
A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES) informou no dia 22 de dezembro de 2011 que a análise parcial de uma amostra do medicamento Secnidazol 500 mg comprovou que houve erro na produção do remédio. De acordo com a secretaria, além de identificada a presença de uma substância anti-hipertensiva, o remédio não possui o componente antiparasitário Secnidazol.
Ainda de acordo com o órgão, a análise foi feita em duas etapas, sendo que a primeira era constatar as propriedades do remédio. O segundo procedimento tinha como objetivo apurar a possível contaminação causada por outros insumos. As amostras do medicamento analisadas foram abertas na presença de um representante da Fórmula Pharma, farmácia responsável, e técnicos da Vigilância Sanitária e da SES.
Investigação
De acordo com a nota divulgada pela SES, a investigação começou no dia 1º de dezembro e aponta uma possível relação entre as mortes e o medicamento Secnidazol 500 mg, produzido pela farmácia de manipulação Fórmula Pharma e utilizado para combater verminoses.
A investigação começou depois de uma notificação de dois casos suspeitos de intoxicação feita no dia 30 de novembro de 2011 pela Superintendência Regional de Saúde de Teófilo Otoni. No dia 3 de dezembro, foram coletadas amostras na farmácia e foi realizada uma interdição cautelar na área de manipulação de sólidos orais.
No dia 10 de dezembro, técnicos da SES, da Secretaria Municipal de Saúde de Teófilo Otoni e militares da PM foram à farmácia para coletar possíveis provas. Ao chegarem ao local, constataram que, apesar da interdição cautelar, o estabelecimento continuava a dispensar medicamentos manipulados. O local foi totalmente interditado e um boletim de ocorrência contra o responsável pelo estabelecimento foi registrado.
Segundo a SES, outras 11 pessoas podem ter usado o medicamento, de acordo com documentos encontrados na farmácia.
fonte: G1
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