partir daí, a agência reguladora decidirá se mantém ou não a autorização para o uso do emagrecedor
Agência Brasil
Brasília -
O diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária
(Anvisa), Dirceu Barbano, disse hoje (21) que uma nova análise sobre o
uso da sibutramina no mercado brasileiro deve ser publicada até janeiro
de 2013. A partir daí, a agência reguladora decidirá se mantém ou não a
autorização para o uso do emagrecedor no país.
Em 2011, o órgão
decidiu banir os emagrecedores à base de anfepramona, femproporex e
mazindol, os chamados anfetamínicos. Já a sibutramina continuou
liberada, mas com restrições. Pacientes e médicos precisam assinar um
termo de responsabilidade, que deve ser apresentado junto com a receita
no momento da compra. Profissionais de saúde também são obrigados a
informar à Anvisa problemas apresentados pelos pacientes.
A
proposta inicial dos técnicos da agência era banir o medicamento no
país, pois estudos internacionais mostram que o uso da substância
aumenta os riscos de problemas cardiovasculares e alterações no sistema
nervoso central. Mas, após nove meses de debate, a equipe técnica mudou
de posição e, no último relatório, defendeu a permanência do uso e da
venda do remédio no Brasil. No prazo de um ano, a Anvisa voltaria a
analisar a manutenção da sibutramina no mercado brasileiro.
“A
diretoria está absolutamente tranquila para tomar qualquer decisão –
seja manter a sibutramina, seja retirá-la do mercado”, avaliou Barbano.
Durante café da manhã com jornalistas, o diretor-presidente garantiu que
as informações sobre a medicação estão sendo repassadas por
profissionais de saúde à agência. “Ela [sibutramina] pode sair do
mercado se, mesmo com todo o controle, não tivermos condição de manejar o
medicamento.”
De acordo com a Anvisa, a sibutramina ajuda a
perder, no mínimo, 2 quilos de massa corporal em um período de quatro
semanas. O tratamento é indicado para quem tem Índice de Massa Corporal
(IMC) igual ou acima de 30 e não sofre de doença cardíaca. O prazo
máximo de utilização do remédio é dois anos.
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