Agência Senado/WM
A
Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) aprovou ontem
substitutivo de Luiz Henrique (PMDB-SC) à proposta de emenda à
Constituição (PEC 115/11) de Paulo Bauer (PSDB-SC) que proíbe cobrança
de impostos sobre medicamentos para pessoas. O texto aprovado mantém
apenas o Imposto de Importação, “em nome do respeito aos acordos
comerciais do Brasil, especialmente com os parceiros do Mercosul, sob
pena de minar a imagem do país no comércio exterior”.
De acordo com Bauer, embora traga diminuição de
arrecadação para estados e para a União, a proposta representará
benefícios para prefeituras e para a população, especialmente a mais
carente.
— No Brasil pagamos 33,9% de impostos sobre
medicamentos. Quando a prefeitura faz licitação, o preço pago inclui
impostos federais e estaduais. Depois o prefeito tem que vir ao governo
federal com pires na mão, pedindo recursos para postos de saúde,
ambulâncias — exemplificou.
Além do Imposto de Importação, o Imposto sobre
Produtos Industrializados (IPI), o Imposto sobre Operações Relativas à
Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), a Contribuição para o
Financiamento da Seguridade Social (Cofins), as contribuições para o
Programa de Integração Social (PIS) e para o Programa de Formação do
Patrimônio do Servidor Público (Pasep), além do Simples Nacional.
Luiz Henrique reforçou argumentos de Bauer de que
Reino Unido, Canadá, ¬Colômbia, Suécia, Estados Unidos, México e
Venezuela isentam medicamentos. ¬França, ¬Suíça, Espanha, Portugal,
Japão, Bélgica, Holanda, Grécia, Finlândia, Turquia e Itália cobram no
máximo 10% de impostos.
Apesar de votar a favor da proposta, Francisco
Dornelles (PP-RJ) avaliou que seria mais adequado tratar a questão por
meio de lei. Também votaram favoravelmente Gim Argello (PTB-DF) e
Roberto Requião (PMDB-PR).
Em Plenário, Bauer apelou ao presidente do Senado,
José Sarney, para que a proposta entre em pauta ainda este ano. Ele
recebeu apoio de Humberto Costa (PT-PE) e Casildo Maldaner (PMDB-SC).
Fonte: Midiamax
-noticias/827133-medicamentos+podem+ficar+livre+impostos.html
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