Segundo promotor, município deveria ter 12 profissionais e só tem três.
Servidores dizem que situação é crítica nas principais unidades de saúde.
Anderson Luiz Viera atende, sozinho, o único pronto socorro do município (Foto: Rosiane Vargas/ G1)
Sem o profissional farmacêutico nos postos de saúde de Guajará-Mirim,
RO, enfermeiros e técnicos de enfermagem assumem a responsabilidade de
entregar medicamentos aos pacientes. No Hospital Regional e único
Pronto-Socorro do município, a situação é critica, segundo os
servidores. Com apenas um farmacêutico, a farmácia da unidade funciona
apenas das 8h às 14h, de segunda a sexta-feira. O município conta apenas
com três farmacêuticos, segundo apurado pelo Ministério Público do
Estado.
Para cobrir a falta de profissionais habilitados, Anderson Luiz Viera, o
único farmacêutico do local, conta como se desdobra para atender aos
pacientes no pronto-socorro. "Nos finais de semana é liberada uma
quantidade de medicamentos. Algumas vezes essa quantidade é suficiente,
outras não. Sempre venho fora do meu horário, quando algum medicamento
acaba", diz Viera.
Admitido de forma emergencial e temporária, Viera afirma que em
dezembro o contrato de serviço termina, assim como dos outros dois
farmacêuticos contratados no município.
Farmácia fica vazia, sem profissional habilitado
(Foto: Rosiane Vargas/ G1)
(Foto: Rosiane Vargas/ G1)
Segundo o diretor executivo do Hospital Regional, Sidomar Pontes da
Costa, a prefeitura fez um levantamento das necessidades do hospital e
tentou entregar a unidade aos cuidados Estado, alegando que o município
não tem condições de arcar com os custos do hospital. Entre as
necessidades, está a contratação de mais servidores, inclusive
farmacêuticos. O diretor destaca, ainda, que o Governo do Estado liberou
recursos para o hospital, porém o município priorizou a compra de
equipamentos.
Ação civil pública
A falta de farmacêuticos nas unidades de saúde do município foi alvo de uma Ação Civil Pública ingressada pelo Ministério Público do Estado, através da 1° Promotoria de Justiça em Guajará-Mirim. Em pedido de liminar à Justiça, ação solicita a obrigação de realização de concurso público para contratação de farmacêuticos, pelo município.
A falta de farmacêuticos nas unidades de saúde do município foi alvo de uma Ação Civil Pública ingressada pelo Ministério Público do Estado, através da 1° Promotoria de Justiça em Guajará-Mirim. Em pedido de liminar à Justiça, ação solicita a obrigação de realização de concurso público para contratação de farmacêuticos, pelo município.
De acordo com o Promotor de Justiça, Eider José Mendonça das Neves, a
ação foi motivada pela denúncia de farmacêuticos sobre a falta de
profissionais habilitados em locais onde a presença deveria ser
obrigatória.
Para atender o município, Neves afirma que seriam necessários, pelo
menos, 12 farmacêuticos. “A presença desse profissional não é importante
somente por uma questão de saúde pública, mas também como uma forma de
evitar desperdício de medicamentos. Nossa intenção é provocar o
município para que encontre uma forma de garantir a presença deste
profissional de forma constante através de concurso público e não apenas
de forma seletiva”, conclui.
Procurada pelo G1, a secretária Municipal de Saúde, Denise Marques de Azevedo, disse que não se pronunciaria, pois entregou o cargo ao município.
-ro/rondonia/noticia/2012/11/falta-de-farmaceuticos-faz-mp-de-ro-mover-acao-contra-guajara-mirim.html
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