sábado, 18 de setembro de 2010

Donos de farmácias e drogarias querem municipalização da Vigilância Sanitária

A maior dificuldade apontada é o rigor exagerado dos fiscais, além da burocracia para liberação de alvarás de funcionamento e procedimentos farmacêuticos.

última alteração: 17/09/2010

Proprietários de farmácias e drogarias cobraram do Executivo um maior esforço político para agilizar o processo de municipalização da Vigilância Sanitária em Araxá que já vem se estendendo há vários anos. A maior dificuldade apontada por eles é o rigor exagerado dos fiscais da Gerência Regional de Saúde (GRS) de Uberaba, e a burocracia para liberação de alvarás de funcionamento e procedimentos de farmácia. O assunto foi debate do Fórum Comunitário da Câmara Municipal de Araxá nesta semana.

Com a demora na fiscalização, e consequentemente sem os documentos de responsabilidade estadual do Sistema Único de Saúde (SUS), a maioria dos empreendimentos fica impedida de comprar determinados medicamentos.
De acordo com empresários do ramo, a dependência que Araxá tem de Uberaba é um dos maiores problemas de saúde pública no município. “É uma verdadeira burocracia, extremamente dificultoso. Eles demoram a fazer os laudos e realizar as visitas. Queremos que Araxá emancipe a Vigilância Sanitária para resolvermos aqui mesmo estas questões e atender o mais rápido possível às exigências”, diz o empresário Wellington Oliveira.

“Tudo que é relacionado à saúde depende de Uberaba que é a nossa gestora porque ainda não temos gestão plena em saúde. Falta um esforço maior dos nossos políticos para agilizar esse processo de municipalização”, acrescenta.

Segundo ele, todos têm que se unir para solucionar o problema. “Esse problema não é de agora, não é da atual administração e nem da anterior. É uma questão que vem se agravando nos últimos anos porque a cidade cresceu. A nossa demanda era pequena, mas hoje somos um grande centro é necessitamos de atividades rápidas e urgentes”, afirma.

“Tiros e Ibiá, por exemplo, que são cidades bem menores que Araxá, já possuem a vigilância emancipada. Sabemos que é uma outra realidade de saúde, mas temos mais recursos e condições para resolver esse problema. Há mais de 30 anos convivemos com esse problema e temos que achar uma solução para Araxá ganhar e a comunidade sair satisfeita”, diz Wellington.

O vereador José Maria Lemos Júnior, quem também é proprietário de farmácia, diz que a Câmara está bastante preocupada com o exagero burocrático da fiscalização de Uberaba.

“Empreendimentos de nossa cidade estão sendo perseguidos no que diz respeito à Vigilância Sanitária. Queremos, sim, ser fiscalizados, mas de maneiro legal e por pessoas da cidade porque já vimos pessoas de Uberaba chegar a Araxá e cobrar ações que não tem lógica. Eu já vi colega de farmácia fechar seu empreendimento e não queremos isto, queremos uma vigilância autônoma. Nós, como agentes políticos, temos que fazer um esforço maior para que essa emancipação aconteça o quanto antes.”


Segundo a chefe do Setor Municipal de Vigilância em Saúde, Maria Célia de Castro, o processo de municipalização da vigilância está na esfera federal, mas para ser efetivada necessita que Araxá tenha uma gestão plena em saúde.

“Se tornando gestão plena, o município tem autonomia nas ações da saúde. Já cumprimos parte das exigências e agora estamos fazendo o acompanhamento de todas as adequações que foram solicitadas. Não sabemos quanto tempo pode demorar esse processo de emancipação da vigilância já que começamos a cumprir as observações feitas quando assumimos a administração da vigilância (em junho passado)”, afirma.
“Para tentar minimizar as reclamações quanto essa dependência que ainda temos de Uberaba, estamos estruturando o município de Araxá com recursos humanos para poder liberar esses alvarás com uma maior rapidez”, explica.

fonte: http://diariodearaxa.com.br/index.php?go=noticia&ed=17&id=4503

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