terça-feira, 11 de outubro de 2011

Iporá - GO: Plantão de farmácias falha no atendimento ao consumidor


Embora o Código de Postura do Município seja claro em exigir que as farmácias tenham que dar a opção do plantão para que, em qualquer hora de qualquer dia, o consumidor seja atendido, isso não tem sido plenamente respeitado. Esse problema é antigo. A própria reportagem do Oeste Goiano já abordou esse assunto há um ano atrás. As reclamações de consumidores continuam. Nem sempre tem alguém pernoitando dentro de uma farmácia para atender quem procura, no horário entre 23:00 e 06:00 horas. 

O que diz a lei?

No Artigo 108, do Código de Postura do Município, se lê:

É obrigatório o serviço de plantão das farmácias e drogarias aos domingos e feriados, nos períodos diurno e noturno, aos sábados,  nos período vespertino e noturno e nos demais dias da semana, no período noturno, sem interrupção de horário. 


A fiscalização da Prefeitura não tem atuado para fazer cumprir essa lei. As reclamações existem. O próprio OG já foi acionado mais de uma vez para fazer reportagem neste sentido. Ao abordar o assunto, o que se constata é que as farmácias de Iporá possuem um entendimento de distribuição do serviço de plantão. São 30 farmácias na cidade. Destas, 18 farmácias em grupos de 2, fazem 9 ciclos semanais para atender o povo no regime de plantão. Doze farmácias se recusam a participar do rodízio do plantão progamado. 

A falha é que dentro dos ciclos de plantão (um período de 6º dias), embora fechada entre 23:00 h e 06:00 h, algumas delas não fazem o pernoite, com vendedor dentro desta. Conforme o levantamento que fizemos na sexta-feira passada, 7, as que não atendem na madrugada são: Drogaria Cristo Redentor, Farmácia Iporá, Farmácia Nacional e Drogaria Itajubá. Como estas são duas duplas de atendimento e se negam a ter vendedor pernoitando, o plantão fica descoberto naqueles dias e o consumidor, se precisar de medicamento, em noites do atendimento destas, não será atendido. 

“Atendimento da madrugada não compensa financeiramente”, dizem donos de farmácias 

O argumento para não haver o atendimento do plantão da madrugada continua o mesmo. Os donos de farmácia alegam que as vendas neste horário são mínimas. Esta reportagem falou com dois proprietários: Edmilson, dono de drogarias que mantém o plantão e Orlando dos Anjos, que se nega a manter o atendimento da madrugada. Eles dizem que numa madrugada em Iporá a venda de medicamentos é mínima, resumindo-se a analgésicos, preservativos, etc..., longe de compensar a remuneração do vendedor plantonista e ainda com o agravante que é preciso, por lei, ainda da presença do farmacêutico de nível superior nestes horários.  

O argumento mais consistente deles é quanto a prática atual de que os hospitais hoje possuem internamente suas farmácias para  atender aos seus internados ou aqueles que se internam neste horário do dia. Assim sendo, não sobra para a farmácia nenhuma venda de valor significativo.

Vereador Duílio diz que quer vai fazer algo para satisfazer as duas partes

Duílio Siqueira, vereador em Iporá e que preside a Comissão de Saúde da Câmara e que convive diariamente com o segmento de farmácia, pois é representante na venda de medicamentos, acionado por esta reportagem, diz que vai fazer algo para resolver este problema, conciliando o interesse de ambos lados, levando em conta as dificuldades econômicas de quem mantém disponibilidade de venda na madrugada, mas levando em conta também a necessidade do iporaense que, ao ter necessidade de comprar um medicamento no meio da madrugada, pode não conseguir ser atendido, já que 4 farmácias se negam a prestar o serviço de plantão previsto na lei municipal. 
 
Fonte: Jornal Oeste Goiano

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