quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Mulher em MS é detida pela venda de emagrecedor suspenso pela Anvisa

Remédios à base de anfetamina eram usados como rebite, diz polícia.
Mulher relatou ao delegado que não sabia que a comercialização era crime.

Mulher em MS é presa com medicamento usado como rebite por caminhoneiros (Foto: Aliny Mary Dias/G1MS) 
Mulher (dir) disse que não sabia que a venda era crime (Foto: Aliny Mary Dias/G1MS)
 
Uma mulher de 46 anos foi presa na noite de terça-feira (18), em Campo Grande, pela venda ilegal de remédios à base de anfetaminas para caminhoneiros. O medicamento, chamado de rebite entre os motoristas, era usado para que eles pudessem dirigir por horas, sem que sentissem sono. No total, a polícia apreendeu 433 compridos, entre rebites e estimulante sexual.

O delegado Marco Antônio Balsanini, da delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico (Denar), disse que a mulher foi detida a partir de denúncia anônima. Ontem, uma equipe de policiais monitorou a casa da mulher, no bairro Chácara das Mansões em Campo Grande, por duas horas e verificaram a movimentação.

O atendimento da mulher, segundo o delegado, era no sistema disque-entrega. Ela recebia ligações e ia até o local onde o caminhoneiro estava para entregar a encomenda.

No flagrante, foram encontrados, no total, 300 cápsulas de medicamentos à base anfetamina (cloridrato de anfepramona e cloridrato de femproporex). As duas substâncias estão com vendas suspensas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Além dos emagrecedores, foram encontrados 133 comprimidos para estímulo sexual e R$ 3,3 mil.

A mulher disse que começou a comercializar medicamentos a partir de agosto. Ela contou à polícia que era procurada por muitas pessoas, pois usava emagrecedor no tratamento contra obesidade. Segundo o delegado, a suspeita alegou que não sabia que a venda era crime.

Balsanini disse que a suspeita recebia os medicamentos de um caminhoneiro, mas ela não falou quem seria a pessoa ou de onde o homem comprava os remédios.

A suspeita deve ser indiciada por venda de medicamento de procedimento ignorado, crime com pena prevista de cinco a 15 anos, sem direito a fiança.

Fonte:Midiamax

 

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