quinta-feira, 19 de maio de 2011

Intoxicação por medicamentos exige atenção

O uso inadequado de medicamentos é um hábito cultural em diversas partes do mundo. Para ajudar a combater essa prática perigosa, o Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo, CRF-SP, tem estimulado os farmacêuticos de farmácias e drogarias a atuarem como agentes educadores em saúde e, com isso, contribuir com a diminuição dos índices de intoxicação.

No Brasil, a automedicação é uma prática responsável por uma série de complicações, entre elas os altos índices de intoxicação. Segundo dados divulgados pelo Sistema Nacional de Informações Tóxico Farmacológicas (Sinitox), do total de pessoas intoxicadas em 2009, 27,6% das causas foram pelo uso incorreto de medicamentos. Esse tipo de intoxicação é maior do que os números de casos registrados por agrotóxicos, animais peçonhentos e drogas.

Segundo pesquisa divulgada pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em 2008, São Paulo é o estado que mais notifica e apresenta 41% do total de intoxicações de todo o país. No Brasil, a cada hora, três pessoas são intoxicadas por medicamentos. Raquel Rizzi, presidente do CRF-SP alerta: “é muito importante solicitar a orientação do farmacêutico, seguir exatamente o tratamento prescrito pelo médico e sempre descartar adequadamente medicamentos vencidos ou as sobras de tratamentos”. Além disso, o paciente precisa ficar atento. O uso de medicamento sem receita médica ou sem orientação do farmacêutico deve ser evitado.
Outro ponto que exige atenção é a interação medicamentosa que pode ocorrer quando se toma medicamentos por conta própria. Os efeitos podem ser reduzidos ou potencializados, dependendo das interações. Além disso, o uso inadequado pode mascarar um sintoma ou, ainda, intoxicar por excesso de substâncias.

O uso inadequado e exemplos de efeitos causados pela superdosagem:

Paracetamol (analgésico e antitérmico)
Problemas no fígado
Dipirona Sódica (analgésico e antitérmico)
Hipersensibilidade, transtornos hematológicos por mecanismos imunológicos, tais como a agranulocitose
Ácido acetilsalicílico (AAS – analgésico e antiinflamatório) Náuseas, vômitos, diarréia, gastrite, exacerbação de úlcera péptica, hemorragia gástrica, urticárias, enjôos, acúfenos. O uso prolongado e em dose excessiva pode predispor a nefrotoxicidade.

Algumas combinações que devem ser evitadas e suas causas:

Anticoncepcional + Vitamina C (acima de 1 grama)
Aumento dos níveis do hormônio, contido na pílula, no sangue
Acido acetilsalicílico (AAS) + Bebidas alcoólicas ou antiinflamatórios
Aumento do risco de sangramento no estômago
 
Paracetamol + antiinflamatórios não esteróides
pode potencializar os efeitos tóxicos.

fonte: http://www.jornaldebarretos.com.br/novo/2011/05/31017

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