sexta-feira, 26 de abril de 2013

Imposto da saúde

Notícia da edição impressa de 25/04/2013

Ao contrário do carro, o imposto do remédio não é reduzido. E, na onda de desonerações promovida pelo governo Dilma, os medicamentos não entraram, o preço do remédio aumentou 5,85% no ano passado. Atualmente, 35,7% do que se paga para se tratar é imposto. Canadá, Reino Unido e Colômbia não tributam remédios e deputados querem seguir o exemplo. Como acontece com a CPI da Telefonia, os Legislativos estaduais começam a discutir o tema. O deputado estadual gaúcho Diógenes Basegio (PDT) realizou audiência pública para tratar do tema. “Estou confiante de que podemos reduzir os impostos dos remédios; nós reduzimos em diversos outros setores e este não pode ficar de fora. Outras regiões já conseguiram e provam que é possível sem que haja um impacto negativo”, disse. Depois da audiência, ele propôs a criação de uma frente parlamentar na Assembleia.

Taxar o essencial
Na esfera federal, já foi lançada a Frente Parlamentar para Desoneração dos Medicamentos, e diversas propostas foram apresentadas. Uma delas, do deputado Antonio Reguffe (PDT-DF), quer zerar o imposto sobre remédios feitos no Brasil e importados. De acordo com ele, o impacto no orçamento seria de R$ 3 bilhões. “É um impacto ínfimo para um benefício imenso.” Mesmo assim, o governo resiste à ideia. A orientação é de não aprovar propostas que não signifiquem mais gasto. Mas, para Reguffe, é uma orientação errada, pois o governo retirou R$ 20 bilhões de impostos das montadoras. “É uma incoerência porque remédio não é bem supérfluo e o preço é regulado, então o cidadão sentiria o impacto. O carro é supérfluo e a desoneração pode não ser sentida”. Para o deputado Osmar Terra (PMDB), a desoneração é positiva, mas o governo ainda está atrás em relação aos medicamentos básicos. “Primeiramente deveria garantir o acesso a esses remédios a toda a população, sem cobrar nada. Isso o SUS não fez até hoje. Depois se discutiria com a indústria para garantir um preço mais baixo”, disse Terra. Segundo ele, o problema de retirar impostos é garantir que o produto chegue com um preço mais baixo ao consumidor.

Compensação hídrica

Prefeitos de municípios gaúchos sedes de hidrelétricas e alagados por barragens foram à Câmara para pressionar os deputados a aprovar um projeto de lei que eleva de 45% para 65% o percentual de participação das prefeituras na compensação financeira pela utilização do recurso hídrico. A secretária executiva da Associação dos Municípios Sedes de Usinas Hidrelétricas (Amusuh), Terezinha Sperandio, apresentou um estudo técnico sobre o volume de recursos que as prefeituras estão deixando de receber. “Os prefeitos não tinham noção dos prejuízos que tudo isso está provocando nas suas comunidades. O primeiro passo já foi dado, com a informação. O segundo passo agora é a mobilização para conseguirmos aprovar a proposta no Senado”, disse.

Fonte: Jornal do Comércio

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