A empresa de correio expresso UPS acordou pagar 40 milhões de dólares
(31,2 milhões de euros) para evitar ir a tribunal pela entrega de
medicamentos em nome de farmácias online ilegais, avança o semanário
SOL.
O acordo, que evita o julgamento do caso, obriga ainda a multinacional
norte-americana a implementar um programa de regras de cumprimento das
regras do sector.
O Departamento de Justiça dos EUA levou a cabo uma investigação em que
provou que a UPS fez o transporte e entrega de medicamentos em nome de
farmácias na Internet que distribuíam substâncias controladas e sujeitas
a receita, sem que as mesmas fossem suportadas por prescrições médicas
válidas.
Apesar de ter sido alertada pelos próprios funcionários de que estes
transportes estavam a ser feitos, a UPS "não implementou medidas para
fechar as contas das farmácias da Internet", sublinhou o Departamento de
Justiça num comunicado citado pela AFP.
"Estamos satisfeitos com os passos que a UPS deu no sentido de acabar
com os serviços de transporte prestados a farmácias online ilegais",
afirmou a procuradora Melinda Haag no mesmo documento.
"Temos esperança de que este exemplo dado pela UPS através do programa
de novas regras de cumprimento dos preceitos legais possa estabelecer o
paradigma de comportamento para o resto da indústria de transportes de
correio".
Os responsáveis da UPS questionaram o estatuto das farmácias "online"
enquanto negócios legais em meados dos anos 2000, mas continuaram a
aceitar os seus serviços mesmo depois destas terem sido denunciadas como
problemáticas ou até ilegais, ainda segundo o comunicado divulgado pelo
Departamento de Justiça.
Susan Rosenberg, directora de comunicação da UPS, declarou que a
empresa tem cooperado totalmente com a investigação, iniciada em 2007.
"A UPS, enquanto líder nesta indústria, assume as suas
responsabilidades e desempenha o seu papel para resolver o problema das
farmácias ilegais na Internet", afirmou Rosenberg, citada pela AFP.
O Departamento de Justiça tem também em curso uma investigação à rival
norte-americana da UPS, a FedEx, que no passado dia 21 manifestou
publicamente estar a "cooperar com a investigação".
"Acreditamos que não nos envolvemos em quaisquer actividades ilegais e
temos a intenção de nos defendermos com vigor em qualquer acção que
possa resultar da investigação", afirmou ainda a multinacional.
Fonte: RCM
Nenhum comentário:
Postar um comentário