segunda-feira, 1 de abril de 2013

Medicamento Genérico - Consumidor tem medo de trocar

31 de março de 2013 (domingo)
 
Uma maior penetração dos medicamentos genéricos no mercado depende de mais divulgação e informação para a classe médica. Para a presidente do Conselho Regional de Farmácia (CRF), Ernestina Rocha, isso é uma questão de cultura. “O consumidor acredita que a marca referência tem maior eficácia, quando o genérico passou pelos mesmos testes e oferece as mesmas garantias”, afirma.
Na opinião de Ernestina, é apenas uma questão de tempo, com divulgação e demonstração desses produtos junto aos profissionais, a maior penetração dos genéricos. Ela garante que os farmacêuticos já informam ao consumidor a alternativa do genérico, mas só podem fazer a troca se ele autorizar, de acordo com a Lei da Intercambialidade. “O problema é que o paciente que chega com o remédio prescrito tem medo de mudar, comprometer o tratamento e ser questionado pelo médico”, lembra.

Qualidade
O presidente do Conselho Regional de Medicina de Goiás (Cremego), Salomão Rodrigues Filho, reconhece que o genérico ainda não ganhou totalmente a confiabilidade da classe. Para ele, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) deveria divulgar para os médicos os resultados das avaliações de qualidade que faz sobre os medicamentos genéricos, a fim de aumentar a confiança destes profissionais.
Segundo Salomão Rodrigues, pela lei dos medicamentos, há uma lista de exigências a serem cumpridas pelos medicamento de marca, por isso há naturalmente uma maior confiabilidade neles do que nos genéricos.
Para o presidente do Cremego, o Brasil deveria seguir o exemplo do Food and Drug Administration (FDA), órgão americano responsável pelo controle de medicamentos e que sempre recolhe amostras nas farmácias para fazer o controle de qualidade. Ele lembrou que uma pesquisa feita pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) apontou menor concentração de princípios ativos num determinado antibiótico genérico em relação ao de marca.
“Esses laboratórios também precisam orientar melhor os médicos, mas através de dados da Anvisa que tragam mais credibilidade para esses medicamentos”, alerta.

Fonte: O Popular

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