Brasília,
15 de junho de 2009 - 13h50
Entra
em vigor legislação sobre propaganda de medicamentosComeçam
a valer nesta terça-feira (16), as novas regras
que vão disciplinar a propaganda, a publicidade
e a promoção comercial de medicamentos.
Anunciantes e agências de publicidade tiveram
seis meses para se adequar às exigências
da RDC
96/08 (PDF), publicada em dezembro passado. A única
exceção refere-se às amostras
grátis, cujo prazo de adequação
vai até dezembro de 2009.
A norma restringe a participação de “celebridades” leiga
em medicina ou farmácia nas propagandas de medicamentos
isentos de prescrição. Atores, jogadores
e outros famosos não poderão mais exibir
seu nome, imagem ou voz recomendando o medicamento ou sugerindo
que fazem uso dele. A prática de distribuir brindes
também sofreu restrições: de agora
em diante serão permitidos apenas os institucionais
(que trazem o nome do fabricante). A referência aos
produtos, nos brindes, está proibida.
Veja as principais mudanças
A resolução também atualiza as regras
para a propaganda de medicamentos sob prescrição
e traz condições para a veiculação
em eventos científicos e campanhas sociais, além
de estabelecer critérios para a distribuição
de amostras grátis. “O objetivo é garantir
que as informações veiculadas sejam corretas,
equilibradas e acessíveis”, pontua Maria José Delgado
Fagundes, gerente geral de Monitoramento e Fiscalização
de Propaganda da Agência Nacional de Vigilância
Sanitária (Anvisa).
Na opinião do procurador da República Fernando
de Almeida Martins, a legislação é uma
nova ferramenta de trabalho não só para a
vigilância sanitária. “A resolução é um
grande avanço, porque caracteriza bem situações
como a prática da publicidade abusiva. Sem dúvida,
será um instrumento a mais para o trabalho dos órgãos
de defesa do consumidor”, sinaliza o procurador.
“
A discussão foi bastante participativa e as questões
polêmicas estão ficando mais claras”,
afirma Ciro Mortella, presidente-executivo da Federação
Brasileira da Indústria Farmacêutica (Febrafarma).
Histórico
Durante a consulta pública, foram recebidas 857
manifestações, originadas de 250 diferentes
fontes. O assunto também foi tema de reuniões
e seminários com a sociedade, o governo e o setor
regulado. Foram realizadas quatro audiências públicas,
três delas no Congresso Nacional. Após a publicação,
o aperfeiçoamento da RDC continuou sendo discutido
na Câmara Setorial de Propaganda, composta por representantes
de diversos segmentos da sociedade.
Informações:
Ascom/Assessoria de Imprensa da Anvisa
RDC 96/2008 - http://www.anvisa.gov.br/propaganda/rdc/rdc_96_2008_consolidada.pdf
RDC 96/2008 - Comentada - http://www.anvisa.gov.br/propaganda/rdc/rdc_9608_comentada.pdf
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