terça-feira, 12 de abril de 2011

MG - Justiça investiga mortes por medicamento adulterado

Justiça investiga mortes por medicamento adulterado em Minas

O laboratório Hipolabor é o produtor do anestésico investigado.
O grupo foi alvo de uma operação contra falsificação de remédios.

Pedro Triginelli Do G1 MG
A Justiça de Sabará, na região Central de Minas Gerais, investiga quatro mortes de mulheres que podem estar associadas a uso de medicamentos adulterados, produzidos pela Hipolabor. Os dois sócios da empresa farmacêutica foram presos em uma operação contra sonegação fiscal, falsificação de medicamentos, formação de cartel e fraude a licitações.

As mortes foram registradas na cidade de Santa Luzia, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Segundo a promotoria do Ministério Público em Sabará, os óbitos não são recentes, mas a data não foi divulgada. A suspeita é que as quarto mulheres tenham morrido por uso do anestésico Cloridrato de Lidocaína ou Cloridrato de Bupivacaína, do laboratório Hipolabor. Uma quinta morte também investigada foi registrada no Espírito Santo.

dinheiro apreendido (Foto: Ministério Público Estadual)Dinheiro apreendido durante operação nas casas
dos sócios(Foto: Ministério Público Estadual)
 
Os dois sócios do laboratório farmacêutico foram presos na manhã desta terça-feira (12) em uma operação de combate à sonegação e falsificação de medicamentos, de acordo com a assessoria de imprensa do Ministério Público Estadual de Minas Gerais. Os mandados de prisão foram cumpridos em Belo Horizonte.
Mandados de busca e apreensão também foram cumpridos em três empresas que pertencem a um grupo econômico voltado à fabricação e distribuição de medicamentos. As investigações, segundo o Ministério Público, começam há mais de um ano para apurar a possível existência de uma organização criminosa voltada para a prática de crimes de sonegação fiscal, formação de cartel e fraude à licitação.

De acordo com o coordenador da operação, promotor Renato Froes, uma força-tarefa foi criada para analisar os documentos e os computadores apreendidos. "Os dois sócios tinham um patrimônio de R$ 12 milhões em imóveis que já foi bloqueado. Hoje, na comarca de Sabará, foi feita uma denúncia contra um dos sócios por crime de ordem tributária no valor de R$ 9 milhões. É um crime de grande extensão e outras sete empresas de outros estados estão sendo investigadas", disse.

Os sócios tiveram a prisão temporária de cinco dias decretada pela Justiça de Sabará. Os dois suspeitos vão ficar presos no Centro de Remanejamento de Presos (Ceresp) São Cristovão.

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