Evandro Deboni Souza é farmacêutico há 14 anos e sempre trabalhou em farmácias, seguindo os passos do pai, o qual ajudava desde criança. “Gosto muito do que faço. Meu pai já era do ramo e estou dando segmento na carreira”.
Ele afirma que o dia a dia do farmacêutico é como outras profissões, acorda cedo para trabalhar e cuida das responsabilidades da farmácia, como informações à Vigilância Sanitária, ao Conselho Regional de Farmácia, além de auxiliar os pacientes em relação à administração dos medicamentos, como devem ser tomados, preparação e também sobre as dúvidas dos pacientes.
“Muitas pessoas chegam à farmácia com dúvidas e cabe ao farmacêutico dar a explicação de como utilizá-lo para conseguir o melhor desempenho durante o tratamento”.
“Acho essa profissão muito boa e acredito que está se firmando nos últimos anos, pois antigamente o farmacêutico era responsável pela farmácia, mas dificilmente atuava, era só no papel. Agora, devido às leis, exigências e fiscalizações, a profissão está sendo resgatada e o farmacêutico está atuando de forma efetiva nas farmácias”.
Souza conta que todos os dias são lançados novos medicamentos no mercado e o profissional precisa estar sempre atualizado, com cursos de especialização e aperfeiçoamento.
“O segmento farmacêutico está sofrendo muitas mudanças, como por exemplo, os antibióticos, que precisam da retenção da receita para serem vendidos”.
Em relação às dificuldades no setor, Souza explica que os profissionais do setor estão conquistando a valorização nos últimos anos.
“Tem muitas pessoas que chegam na farmácia e exigem falar com o farmacêutico responsável e isso é muito bom”.
Também lembra que muitos pacientes têm o costume de procurar o farmacêutico antes de ir ao médico, confundindo os papéis. “É importante frisar que a função do farmacêutico é orientar como utilizar os medicamentos e não prescrevê-los”.
FUNÇÕES
Além das farmácias, os farmacêuticos também podem atuar em vários setores, como indústria farmacêutica, homeopatia, manipulação, setor público, distribuidoras de medicamentos, entre muitas outras.
Monise Saes Cabrera é farmacêutica responsável de uma drogaria há cerca de um ano. Sua função é atender os pacientes, conferir as receitas e transmitir dados para a Anvisa, organiza medicamentos, os quais são armazenados em ordem alfabética para que não haja confusão na hora de procurá-los.
“Sempre me interessei pela profissão, principalmente por ser da área da saúde e lidar com pessoas. Nós farmacêuticos não fazemos indicações de medicamentos, mas muitas vezes somos procurados com este intuito e sempre pedidos para que procurem os médicos”.
Ela também afirma que o setor farmacêutico tem aumentado a cada ano, com várias opções para atuação.
“A área é muito ampla e é difícil ver alguém do setor desempregado. Hoje em dia as pessoas dão mais valor e pedem ajuda ao farmacêutico”.
Ariclê dos Santos Dusso é farmacêutica há seis anos e também seguiu os passos do pai e afirma que a profissão é tradicional na família.
“Dentro de uma drogaria, o farmacêutico realiza desde a compra dos medicamentos, a conferência dos produtos recebidos, as condições de transporte, validade dos medicamentos, integridade das embalagens, entre muitos outros”.
Ela conta que o farmacêutico é responsável por interpretar as prescrições médicas dos seus clientes e orientá-los para que o tratamento seja realizado de maneira correta e segura, além de realizar a aferição de pressão arterial, perfuração do lóbulo auricular para colocação de brinco, aplicação de injetáveis, medição de temperatura corporal, entre outros.
“O farmacêutico acompanha o tratamento médico dos pacientes de forma segura e eficaz, prezando pela melhoria da saúde”.
Ariclê conta que o setor enfrenta dificuldades como as outras profissões e o surgimento de Novas Regras mudam a rotina de tratamento e também a prestação de serviços farmacêuticos e com isso os clientes levam um tempo para se adaptarem às novas normas.
“O que mais gosto na profissão é estar sempre orientando e acompanhando o tratamento e a recuperação dos pacientes, baseado nas prescrições médicas”.
Ela ainda lembra que a expectativa para o setor é o crescimento constante, com o desenvolvimento de novos fármacos e medicamentos.
“Com a perda das patentes, ocorrerá um crescimento ainda maior com o genérico, além do aparecimento de novas marcas e indústrias. O setor farmacêutico não para de crescer, portanto as expectativas são sempre boas”.
A farmacêutica conta que somente médicos e odontólogos podem prescrever medicamentos.
“O farmacêutico apenas orienta o paciente para que ele realize o tratamento já prescrito de forma correta, para que obtenha o resultado esperado. Portanto, o farmacêutico possui grande importância no setor”.
CURIOSIDADES
Juramento dos profissionais ao se formarem na área:
“Prometo que, ao exercer a profissão de Farmacêutico, mostrar-me-ei sempre fiel aos preceitos da honestidade, da caridade e da ciência. Nunca me servirei da profissão para corromper os costumes ou favorecer o crime. Se eu cumprir este juramento com fidelidade, gozem, para sempre, a minha vida e a minha arte, de boa reputação entre os homens. Se dele me afastar ou infringi-lo, suceda-me o contrário”.
Símbolo - uma serpente enrolada na taça representa os farmacêuticos, simbolizando a sabedoria, o poder, a ciência e a transmissão do conhecimento. Já a taça representa a cura.
fonte: http://www.oregional.com.br/portal/detalhe-noticia.asp?Not=252556
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