17. O RT pode enviar arquivos XML de movimentação referente a datas passadas a informada no último inventário aceito?
Não. Se o último inventário aceito, por exemplo, se refere ao estoque
do dia 16/04/2013, o primeiro arquivo deverá ter data inicial
obrigatória igual a 17/04/2013. As movimentações anteriores em atraso a
essa data deverão ser informadas à vigilância local, da forma como ela
definir (notas e receitas, livros ou impressão dos relatórios de seu
sistema), uma vez que não tem como escriturá-las no SNGPC.
http://comunidadefarmciabrasileira.blogspot.com.br/2013/04/perguntas-e-resposta-sngpc.html
sexta-feira, 31 de maio de 2013
SNGPC - Ainda posso usar os livros, sem informatização?
Não existe mais o livro de controle. Desde 2007 só se pode usar o livro informatizado (SNGPC).
Exceção da regra:
Art. 7º - Fica excepcionalmente admitida a adoção de rotinas não informatizadas de escrituração de substâncias ou medicamentos sujeitos à controle especial, mediante manutenção do livro de registro, em localidades desprovidas de acesso à internet, mediante prévio reconhecimento pelo órgão de vigilância sanitária local.
Parágrafo único. Para os fins do disposto neste artigo, caberá ao órgão de vigilância sanitária local, por iniciativa própria ou de qualquer interessado sob sua competência territorial, comunicar o fato à Gerência de Monitoração da Qualidade, Controle e Fiscalização de Insumos, Medicamentos e Produtos da Anvisa, por meio de carta enviada ao endereço SEPN 515, Bl. B, Edifício Omega, Brasília-DF, CEP 70.770-502.
http://comunidadefarmciabrasileira.blogspot.com.br/2013/04/instrucao-normativa-n-11-de-2007.html
Exceção da regra:
Art. 7º - Fica excepcionalmente admitida a adoção de rotinas não informatizadas de escrituração de substâncias ou medicamentos sujeitos à controle especial, mediante manutenção do livro de registro, em localidades desprovidas de acesso à internet, mediante prévio reconhecimento pelo órgão de vigilância sanitária local.
Parágrafo único. Para os fins do disposto neste artigo, caberá ao órgão de vigilância sanitária local, por iniciativa própria ou de qualquer interessado sob sua competência territorial, comunicar o fato à Gerência de Monitoração da Qualidade, Controle e Fiscalização de Insumos, Medicamentos e Produtos da Anvisa, por meio de carta enviada ao endereço SEPN 515, Bl. B, Edifício Omega, Brasília-DF, CEP 70.770-502.
http://comunidadefarmciabrasileira.blogspot.com.br/2013/04/instrucao-normativa-n-11-de-2007.html
E os antimicrobianos fracionados? Como proceder?
24. Como escriturar no SNGPC os antimicrobianos fracionados?
A escrituração desses medicamentos deve ser feita somente no sistema informatizado do estabelecimento, contudo não deve ser enviada para o SNGPC por meio de arquivo XML.
http://comunidadefarmciabrasileira.blogspot.com.br/2013/04/perguntas-e-resposta-sngpc.html
A escrituração desses medicamentos deve ser feita somente no sistema informatizado do estabelecimento, contudo não deve ser enviada para o SNGPC por meio de arquivo XML.
http://comunidadefarmciabrasileira.blogspot.com.br/2013/04/perguntas-e-resposta-sngpc.html
SNGPC - E nas férias, como devo proceder?
13. Quando utilizar a funcionalidade “Ausência” dentro do SNGPC?
Existe um campo específico no SNGPC para o RT informar seus períodos de ausência, essa funcionalidade somente deve ser utilizada por estabelecimentos que possuem somente um farmacêutico responsável técnico. Lembramos que durante esse período, o estabelecimento farmacêutico não poderá realizar compra e venda de medicamentos sujeitos ao controle especial. Mais informações sobre esse processo, consultar a pergunta nº 15 do item Funcionalidades do SNGPC.
15. Qual deve ser o procedimento nos casos de férias de RT sem o substituto?
Quando o RT sai de férias e não existe RT substituto deverá ser adotado o seguinte procedimento:
O primeiro passo é o RT entrar no sistema, com seu e-mail e senha. Em seguida escolher a funcionalidade “ausência”. Após isso, aparecerão opções de tempo, na qual o RT deverá escolher a opção referente ao seu caso.
Exemplificando: RT vai usufruir férias do dia 1º a 30 de outubro. No final do dia 30 de setembro envia arquivo XML com as movimentações até o dia 29 do referido mês. Após isso, o RT informa ausência, conforme descrito anteriormente. Quando o RT retornar ao trabalho, em 31 de outubro, o mesmo enviará os arquivos sem movimentação (vazios) referente ao período de ausência. É importante esclarecer que nessa situação não há necessidade de finalização do inventário.
http://comunidadefarmciabrasileira.blogspot.com.br/2013/04/perguntas-e-resposta-sngpc.html
Existe um campo específico no SNGPC para o RT informar seus períodos de ausência, essa funcionalidade somente deve ser utilizada por estabelecimentos que possuem somente um farmacêutico responsável técnico. Lembramos que durante esse período, o estabelecimento farmacêutico não poderá realizar compra e venda de medicamentos sujeitos ao controle especial. Mais informações sobre esse processo, consultar a pergunta nº 15 do item Funcionalidades do SNGPC.
15. Qual deve ser o procedimento nos casos de férias de RT sem o substituto?
Quando o RT sai de férias e não existe RT substituto deverá ser adotado o seguinte procedimento:
O primeiro passo é o RT entrar no sistema, com seu e-mail e senha. Em seguida escolher a funcionalidade “ausência”. Após isso, aparecerão opções de tempo, na qual o RT deverá escolher a opção referente ao seu caso.
Exemplificando: RT vai usufruir férias do dia 1º a 30 de outubro. No final do dia 30 de setembro envia arquivo XML com as movimentações até o dia 29 do referido mês. Após isso, o RT informa ausência, conforme descrito anteriormente. Quando o RT retornar ao trabalho, em 31 de outubro, o mesmo enviará os arquivos sem movimentação (vazios) referente ao período de ausência. É importante esclarecer que nessa situação não há necessidade de finalização do inventário.
http://comunidadefarmciabrasileira.blogspot.com.br/2013/04/perguntas-e-resposta-sngpc.html
terça-feira, 28 de maio de 2013
Denúncias da venda de medicamentos ilegais
você pode fazer denúncia de forma anônima.
O caminho mais rápido é a Policia Federal, pelo email: crime.internet@dpf.gov.br
Também pode ser enviado pra ouvidoria da ANVISA.
http://www1.anvisa.gov.br/ouvidoria/CadastroProcedimentoInternetACT.do?metodo=inicia
segunda-feira, 27 de maio de 2013
ENTREVISTA FARMACÊUTICA aborda pesquisa com pau-ferro
Os farmacêuticos e professores EDEMILSON CARDOSO, da Faculdade de Farmácia da UFG (Universidade Federal de Goiás), e SÉRGIO AKIRA, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP (Universidade de São Paulo) – campus de Ribeirão Preto –, estão pesquisando as potencialidades terapêuticas da planta pau-ferro, típica do Cerrado, como antidislipidêmico. As pesquisas tiveram como ponto de partida o uso popular da espécie e a sua indicação por raizeiros.
A pesquisa com o pau-ferro é o tema da ENTREVISTA FARMACÊUTICA que vai ao ar, nesta quarta-feira (22.05.13), a partir das 15h30, pela "Rádio Nacional da Amazônia" (Ondas Curtas 11.780KHz e 6.180KHz), emissora da EBC (Empresa Brasil de Comunicação). Esta entrevista, com nova edição, será transmitida, também, por uma rede de 800 emissoras liderada pela “Agência Radio Web”. As emissoras estão localizadas, em todo o País.
DR. EDEMILSON CARDOSO DA CONCEIÇÃO é farmacêutico com doutorado e pós-doutorado em Tecnologia Farmacêutica pela USP (Universidade de São Paulo). É professor de Operações Unitárias e Gestões de Processos Industriais da Faculdade de Farmácia da UFG e Coordenador de pesquisas com plantas medicinais. A “Entrevista Farmacêutica” é idealizada e produzida pelo jornalista Aloísio Brandão, assessor de imprensa do CFF, e a apresentação é da jornalista Artemisa Azevedo, da EBC.
Fonte: CFF
Anvisa mantém monitoramento do uso da sibutramina
A Diretoria Colegiada da Anvisa decidiu, nesta segunda-feira (27/5), manter a venda e o monitoramento de medicamentos a base de sibutramina no Brasil. A decisão, fundamentada em monitoramento do mercado do referido medicamento nacional ao longo de 2012, também sustentou as restrições já existentes para a venda do produto. Dessa forma, as regras para o uso da sibutramina permanecem as mesmas adotadas em outubro de 2011.
Naquele ano, a Agência publicou regulamento que aumentou o controle sobre a sibutramina. A Resolução RDC 52/2011 da Anvisa estabeleceu a obrigatoriedade dos profissionais de saúde, empresas detentoras de registro e farmácias e drogarias de notificarem, obrigatoriamente, o Sistema Nacional de Vigilância Sanitária sobre casos de efeitos adversos relacionados ao uso de medicamentos que contém sibutramina.
Além disso, indicou a descontinuidade do uso da sibutramina em pacientes que não obtiverem resultados após quatro semanas de uso do produto.
Quantidade dispensada de antimicrobianos. Posso dispensar uma quantidade maior?
Da quantidade dispensada
A RDC nº 20/2011 determina que a dispensação deva atender essencialmente ao que foi prescrito. Desta maneira, sempre que possível o farmacêutico deve dispensar a quantidade exatamente prescrita para o tratamento, podendo para tanto, utilizar-se de apresentação comercial fracionável, conforme a RDC nº 80/2006 (medicamentos fracionados).
A RDC nº 20/2011 determina que a dispensação deva atender essencialmente ao que foi prescrito. Desta maneira, sempre que possível o farmacêutico deve dispensar a quantidade exatamente prescrita para o tratamento, podendo para tanto, utilizar-se de apresentação comercial fracionável, conforme a RDC nº 80/2006 (medicamentos fracionados).
Nos casos em que não for possível
a dispensação da quantidade exata por motivos de inexistência, no mercado, de
apresentação farmacêutica com a quantidade adequada ao tratamento, a
preferência deve ser dada à dispensação de quantidade superior mais próxima ao
prescrito, de maneira a promover o tratamento completo ao paciente. Assim,
devido à escassez de especialidades farmacêuticas no mercado brasileiro que
possam atender a posologia prescrita, esta conduta promoverá uma melhor relação
risco-benefício para o paciente e a sociedade.
A dispensação em quantidade
superior deve ser realizada somente nos casos estritamente necessários, uma vez
que este procedimento acarreta sobra de medicamentos para o paciente, elevando
o risco de automedicação, bem como gerando conseqüências em relação ao descarte
de medicamentos.
O atendimento da prescrição em
quantidade inferior ao prescrito acarreta a inefetividade do tratamento e
certamente contribuirá para o aumento da resistência bacteriana ao medicamento
e comprometimento da saúde do paciente.
Item 1.3 Nota técnica nº 20
Item 1.3 Nota técnica nº 20
Observatório adverte para interação de diuréticos com medicamentos
Os diuréticos usados
para eliminar água do organismo com a "falsa ilusão de que emagrecem"
podem contribuir para aumentar a expulsão dos medicamentos (AP)
O Observatório de Interações Planta-Medicamento advertiu hoje que os diuréticos usados para eliminar água do organismo com a "falsa ilusão de que emagrecem", como o dente-de-leão e a alcachofra, contribuem para aumentar a expulsão dos medicamentos.
O alerta desta semana do observatório, inserido na campanha "Aprender Saúde entre as Plantas e os Medicamentos", dirige-se à população saudável que, de vez em quando, consome alguns medicamentos (antibióticos, anti-inflamatórios, diuréticos, laxantes) juntamente com produtos naturais (incluindo certos alimentos ou chás) ou outros produtos que "podem ter efeitos intensos no organismo e até mesmo causar algum dano"."Uma pessoa saudável pode comer quase tudo respeitando sempre doses baixas e quando não usa medicamentos", refere aquela estrutura, coordenada por Maria da Graça Campos.
O Observatório de Interações Planta-Medicamento (OIPM/FFUC) dá como exemplo a cafeína no café, chá verde ou preto, guaraná ou bebida de cola, que pode ter "um efeito estimulante moderado, mas usada em elevada quantidade pode ter efeitos tóxicos graves".
"A toxicidade está diretamente ligada à dose. No entanto, existem vários produtos que a contêm e que devem, quando associados, ter essa ação aditiva em consideração", sublinha.
Fernando Ramos, membro do observatório e docente/investigador na Faculdade de Farmácia na área da Nutrição, adiantou à Lusa que cuidados se devem ter quando, por exemplo, à toma de aspirina se adiciona concentrados de frutos vermelhos, chá de camomila ou produtos que contém angelica, gingko, ginseng, aloé.
"O risco nestas associações é de hemorragias ou aparecimento de nódoas negras mais frequentes do que o costume", disse Fernando Ramos, explicando que isto acontece porque todos estes produtos, tal como a aspirina, diminuem a agregação plaquetar que é fundamental nos processos de coagulação.
Maria da Graça Campos e o diretor do Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável, da Direção-Geral de Saúde, Pedro Graça, advertem, por seu turno, que muitas substâncias termogénicas (que provocam calor) que aparecem em produtos publicitados para emagrecer podem conter substâncias cuja eficácia não foi comprovada.
Estas "podem interferir com a metabolização e ação de muitos medicamentos, entre os quais antidiabéticos, hipolipidémicos antineoplásicos, antiepiléticos, anticoagulantes e psicofármacos", salientam.
No caso dos psicofármacos, uma vez que alguns são compostos químicos como a cafeína ou outras substâncias estimulantes, o efeito destes produtos sobre o organismo pode ser de ansiedade, conduzindo a insónia e outras alterações do sistema nervoso central.
Segundo o observatório, uma chávena de chá verde e de chá preto, chás que provêm da planta camellia sinensis, contém a mesma quantidade de cafeína do que um café.
"Esta planta ou os seus extratos aparecem nos mais variados produtos e/ou programas de perda de peso, atribuindo-lhe poder diurético", explicou, alertando que o "consumo excessivo pode mesmo induzir morte súbita".
Também contém vitamina K e, como tal, quem toma medicamentos anticoagulantes, como a varfarina, não deve consumi-lo.
O observatório dispõe de uma linha de apoio à população e aos profissionais de saúde (239488484).
Lusa
Fonte: SIC notícias
Remédios contra colesterol podem aumentar diabetes, diz estudo
Alguns tipos de estatinas, substâncias usadas para evitar doenças do coração, aumentam o risco de diabetes tipo 2 em idosos, de acordo com investigadores canadianos.
O estudo, divulgado no British Medical Journal, sugere que as estatinas mais poderosas podem aumentar o risco da diabetes em 22% em comparação com os tipos mais fracos.No entanto, os especialistas dizem que, de um modo geral, os benefícios da substância ainda são maiores do que os riscos.
As estatinas são um grupo de medicamentos indicados para baixar os níveis de mau colesterol no sangue.
Isso reduz a probabilidade de um ataque cardíaco ou de um derrame.
Fonte: Diário Digital
Dados que devem constar na prescrição de antimicrobianos
Dos dados do paciente que devem
constar na receita médica
De acordo
com a RDC nº 20/2011, a receita deve ser prescrita em receituário simples, em
duas vias e conter o nome completo, idade e sexo do paciente.
Todos estes dados devem ser preenchidos pelo prescritor. Entretanto, nos casos em que a receita não contenha os dados de idade e sexo do paciente, estes poderão ser preenchidos pelo farmacêutico responsável pela dispensação.
Todos estes dados devem ser preenchidos pelo prescritor. Entretanto, nos casos em que a receita não contenha os dados de idade e sexo do paciente, estes poderão ser preenchidos pelo farmacêutico responsável pela dispensação.
Este procedimento garante o acesso do paciente ao medicamento e ao tratamento e não acarreta qualquer prejuízo sanitário, tendo em vista que a inclusão dos dados de idade e sexo na receita visa ao aperfeiçoamento do monitoramento do perfil farmacoepidemiológico do uso destes medicamentos no país, a ser realizado por meio da escrituração destes dados no Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados/SNGPC, conforme previsto nos Artigos 13 e 16 da RDC nº 20/2011
Item 1.1 da Nota Técnica nº 20
sábado, 25 de maio de 2013
Enfermeiros voltarão a prescrever remédios e a solicitar exames em Brasília
Aline Leal
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O Tribunal Regional Federal derrubou liminar que suspendia atribuição dada pela Secretaria de Saúde do Distrito Federal aos enfermeiros para prescrever medicamentos e solicitar exames. Com esta decisão, os enfermeiros da rede pública distrital voltam a ter estas competências.
O Conselho Federal de Medicina (CFM) entrou com o pedido de suspensão da Portaria 218/2012 da Secretaria de Saúde, que autoriza o enfermeiro a atuar no diagnóstico e tratamento de doenças como aids, dengue, asma, diabetes, tuberculose, hipertensão arterial, entre outras, de acordo com protocolos pré-estabelecidos em 18 programas de saúde pública.
O documento regulamenta o dispositivo da Lei 7.498, que regulamenta o exercício da enfermagem no Brasil, e que atribui aos enfermeiros a prescrição de medicamentos estabelecidos em programas de saúde pública e “em rotina aprovada pela instituição de saúde”.
Em fevereiro de 2013, a 13ª Vara da Seção Judiciária do Distrito Federal aceitou o pedido do CFM e suspendeu os efeitos da portaria.
O desembargador Daniel Paes Ribeiro diz que suspendeu a liminar (que impedia a atuação dos enfermeiros) porque comprometia políticas públicas voltadas à promoção da saúde da população, o que poderia acarretar grave lesão à ordem e à saúde pública.
Daniela Rossi, fiscal do Conselho Regional de Enfermagem, diz que muitas vezes, na saúde pública, os médicos não dão conta da demanda e, por isso, é importante atribuir ao profissional de enfermagem responsabilidades para as quais são competentes. A enfermeira disse que há outros estados, como Goiás e Rio de Janeiro que têm dispositivos semelhantes à portaria da Secretaria de Saúde do Distrito Federal.
Até o publicação da matéria o CFM não havia se manifestado.
Edição Beto Coura
Todo o conteúdo deste site está publicado sob a Licença Creative Commons Atribuição 3.0 Brasil. Para reproduzir as matérias é necessário apenas dar crédito à Agência Brasil
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O Tribunal Regional Federal derrubou liminar que suspendia atribuição dada pela Secretaria de Saúde do Distrito Federal aos enfermeiros para prescrever medicamentos e solicitar exames. Com esta decisão, os enfermeiros da rede pública distrital voltam a ter estas competências.
O Conselho Federal de Medicina (CFM) entrou com o pedido de suspensão da Portaria 218/2012 da Secretaria de Saúde, que autoriza o enfermeiro a atuar no diagnóstico e tratamento de doenças como aids, dengue, asma, diabetes, tuberculose, hipertensão arterial, entre outras, de acordo com protocolos pré-estabelecidos em 18 programas de saúde pública.
O documento regulamenta o dispositivo da Lei 7.498, que regulamenta o exercício da enfermagem no Brasil, e que atribui aos enfermeiros a prescrição de medicamentos estabelecidos em programas de saúde pública e “em rotina aprovada pela instituição de saúde”.
Em fevereiro de 2013, a 13ª Vara da Seção Judiciária do Distrito Federal aceitou o pedido do CFM e suspendeu os efeitos da portaria.
O desembargador Daniel Paes Ribeiro diz que suspendeu a liminar (que impedia a atuação dos enfermeiros) porque comprometia políticas públicas voltadas à promoção da saúde da população, o que poderia acarretar grave lesão à ordem e à saúde pública.
Daniela Rossi, fiscal do Conselho Regional de Enfermagem, diz que muitas vezes, na saúde pública, os médicos não dão conta da demanda e, por isso, é importante atribuir ao profissional de enfermagem responsabilidades para as quais são competentes. A enfermeira disse que há outros estados, como Goiás e Rio de Janeiro que têm dispositivos semelhantes à portaria da Secretaria de Saúde do Distrito Federal.
Até o publicação da matéria o CFM não havia se manifestado.
Edição Beto Coura
Todo o conteúdo deste site está publicado sob a Licença Creative Commons Atribuição 3.0 Brasil. Para reproduzir as matérias é necessário apenas dar crédito à Agência Brasil
Fonte: Agência Brasil
Médicos receitam remédio sem atender pacientes
Denúncia foi feita por clínica geral da capital, em audiência pública sobre o setor de saúde em BH
Tâmara Teixeira
Falta de medicamentos e de médicos, especialmente pediatras, e emissão de receitas médicas sem consultas foram algumas das denúncias feitas por pacientes e profissionais de saúde em Belo Horizonte, ontem, em audiência na Comissão de Saúde e Saneamento da Câmara.
Um médica do posto de saúde na Pedreira Prado Lopes, na região Noroeste da capital, contou que é comum gerentes e outros funcionários de centros de saúde pedirem que os médicos prescrevam sem ver o paciente. “Eles fazem o pedido pela falta de profissionais. Geralmente são remédios de uso contínuo, para depressão ou pressão”, disse. A médica- garantiu que, a cada período, faltam certos tipos de medicamentos, como soro para tratar pacientes com dengue.
Presente à audiência, o secretário municipal de Saúde, Marcelo Teixeira, negou as denúncias. “Não faltam medicamentos. E essa prática de receitar sem ver o paciente é ilegal. Não existe essa recomendação”, disse.
Para o presidente do Conselho Regional de Medicina em Minas Gerais, João Batista Soares, os médicos não querem trabalhar no sistema Único de Saúde (SUS) em função de baixos salários e condições precárias.
Pediatria. Mães reclamaram da falta de pediatras na rede privada da capital. De acordo com Carolina Pereira, integrante da Associação Padecendo no Paraíso, a média de espera por uma consulta é de quatro horas. “É absurdo pagar um plano e não ter qualidade”.
Já o secretário disse que não faltam pediatras no SUS e que cada posto tem, ao menos, um profissional.
Fonte: O tempo
Polícia apreende remédio abortivo em farmácia de Taguatinga, no DF
Duas pessoas foram presas, entre elas um farmacêutico.
Polícia também apreendeu 46 frascos de anabolizantes.
Do G1 DF
Remédios
abortivos e anbolizantes, que foram apreendidos pela polícia nesta
sexta-feira (24) em Taguatinga, no DF (Foto: Isabella Melo/G1)
A Polícia Civil do Distrito Federal prendeu nesta sexta-feira (24) duas pessoas suspeitas de comercializar remédios abortivos e anabolizantes em uma drograria de Taguatinga. Um dos envolvidos é um farmacêutico.
Segundo a polícia, foram encontrados 15 comprimidos de Cytotec, um medicamento que provoca aborto, que tem venda proibida no Brasil. Alguns dos produtos também estavam vencidos. Além dos remédios, a polícia apreendeu 46 frascos de anabolizantes.
O delegado Wislley Salomão, diretor da Divisão de Defesa do Consumidor, informou que a farmácia funcionava no local há cerca de 20 anos. O estabelecimento deveria estar fechado, segundo ele, porque a licença sanitária estava vencida.
A polícia soube da venda de medicamento proibido no local por meio de uma denúncia anônima. “Realizamos o monitoramento do local e constatamos o flagrante. O fornecedor do remédio foi preso no momento em que estava chegando à farmácia para vender o produto”, afirma Salomão.
Os dois suspeitos que foram presos devem responder por venda de produtos proibidos. A pena para esse tipo de crime é de 10 a 15 anos de reclusão.
Fonte: G1
quinta-feira, 23 de maio de 2013
Dúvida - Pode ser prescrito Antimicrobiano junto com medicamento da Portaria 344/98 ?
Posso aceitar receita que venha prescrito Animicrobiano e medicamento da Portaria 344/98 juntos?
Veja o que diz o artigo 7º da RDC 20... Art. 7º A receita poderá conter a prescrição de outras categorias de medicamentos desde que não sejam sujeitos a controle especial.
Parágrafo único. Não há limitação do número de itens contendo medicamentos antimicrobianos prescritos por receita.
Leia em:
Comunidade Farmácia Brasileirahttps://www.facebook.com/groups/farmaciabrasileira/
Medicamentos ilegais são apreendidos em Belém
Operação foi realizada no bairro do Benguí, nesta quarta, 22.
Anabolizantes e antibióticos foram apreendidos.
Do G1 PA
Medicamentos eram comercializados sem receita médica (Foto: Divulgação/PRF)
De acordo com a PRF, entre os materiais apreendidos estão medicamentos sem registro, produtos médicos importados ilegalmente, anabolizantes, antibióticos e medicamentos proibidos no Brasil.
Produtos que tem a venda proibida no Brasil também foram apreendidos (Foto: Divulgação/PRF)
Estabelecimentos sem registro ou autorização para vender os remédios
também foram fiscalizados. Em alguns destes locais, os medicamentos
estavam expostos à venda no mesmo ambiente que produtos de limpeza, como
desinfetantes e água sanitária.Rede de farmácias é multada no DF por jogar medicamentos em lixão
Cerca de 450 caixas de remédios foram encontrados no aterro da Estrutural.
Drogaria Rosário disse que apura o caso e segue normas de segurança.
Do G1 DF
A direção do aterro da Estrutural, no Distrito Federal,
encontrou nesta quarta-feira (22) 450 caixas de medicamentos
descartadas no lixão, a maior parte com data de validade vencida. Várias
caixas tinham etiqueta da Drogaria Rosário.
Remédios encontrados em lixão da Estrutural, no DF (Foto: Marcus Wilson/Divulgação)
A rede de farmácias informou, por meio de nota, que ainda está apurando
o ocorrido para tomar providências. Também afirmou que todo descarte
de medicamentos de suas lojas segue os padrões de segurança
estabelecidos pelo Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de
Saúde aprovado pelas vigilâncias sanitárias.
A Agência de Fiscalização do Distrito Federal (Agefis) foi chamada para
recolher o material e identificou a rede de farmácias como autora do
descarte. A empresa foi multada em R$ 15 mil. Os medicamentos foram
localizados em uma área isolada do aterro, segundo o gerente da área,
Cícero Lacerda, que comunicou a Agefis.
A agência informou que, junto com o Serviço de Limpeza Urbana (SLU), vai entrar em contato com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária para que os remédios recolhidos tenham o descarte adequado. “Estes medicamentos são tóxicos, fazem mal ao meio ambiente e às pessoas que lidam com resíduos nos aterros”, disse a superintendente de fiscalização de limpeza urbana da Agefis, Cláudia Virgínia Pereira.
Cláudia informou que a drogaria tem responsabilidade compartilhada
quanto ao descarte dos medicamentos que vende, estão vencidos ou
impróprios para consumo. As drogarias devem devolver para os fabricantes
esses remédios para que eles deem a destinação adequada.
Fonte: G1
Fonte: G1
terça-feira, 21 de maio de 2013
Máfias de medicamentos superfaturaram preços na Prefeitura de Campo Grande
Pio Redondo
Divulgação |
Grande parte das contratações da Secretaria Municipal de Saúde Pública (Sesau) de Campo Grande foi realizada por meio de carta convite e dispensa de licitação, depois da realização de pregões de tomadas de preços, que recolheram as cotações das empresas interessadas no fornecimento de medicamentos para o SUS da capital.
Por essa via, de
baixa concorrência de fornecedores, empresas conhecidas nacionalmente
por integrarem ‘máfias’ de medicamentos acabaram sendo contratadas pela
Sesau com os preços superfaturados que praticavam em outros estados.
Empresas
como Hospfar, Medcomerce, Sulmed e Dimaster fizeram parte no noticiário
nacional por envolvimento em grandes esquemas de superfaturamento de
preços de medicamentos e até venda de produtos com validade vencida, ou
próxima do vencimento.
A Hopfar Indústria e
Comércio de Produtos Hospitalares Ltda, sediada em Goiânia (GO) está no
rol de empresas que faziam parte do esquema de Carlinhos Cachoeira. A
empresa tem como sócio Marcelo Perillo, um sobrinho do governador de
Goiás, Marconi Perillo (PSDB), investigado pelo Ministério Público
Estadual (MPE-GO) como suspeito de ser um dos principais envolvidos no
caso Cachoeira.
Os sócios da Hospfar foram
acusados pelo MPE-GO de ter provocado, possivelmente, prejuízos de R$31
milhões aos cofres públicos do Estado.
Em
Campo Grande, a Hospfar assinou vários contratos de fornecimento de
medicamentos para o SUS, tanto com a Sesau quanto com o governo do
estado, por via da Fundação de Saúde que gere o Hospital Regional Rosa
Pedrossian. Em um deles, assinado pelo ex-secretário municipal de Saúde,
Leandro Mazina Martins, a Hospfar faturou R$ 215 mil, em contrato com
dispensa de licitação. A empresa teve dificuldades na entrega dos
medicamentos.
Em outro contrato que consta no
DioGrande de 18 de maio de 2012, a Hospfar foi contratada por R$
299.850,00. Um dos produtos que constam no pacote contratado pela Sesau -
isossorbida, 5 mg - tem preço de mercado em 2013 cotado a R$ 0,10, mas
em 2012, a Sesau comprava o produto a R$ 0,28, com uma variação
percentual de 180%, que corresponde ao superfaturamento.
No
mesmo esquema de Carlinhos Cachoeira constava a Medcomerce, que também
firmou vários contratos com a Sesau de Campo Grande partir de 2011.
Curiosamente,
a Medcomerce e a Hospfar venceram o pregão presencial para registro de
preços nº 302/2011, para fornecer produtos como gentamicina colírio e
gentamicina (sulfato). Em 2012, em uma das compras, o produto estava
registrado pela Sesau ao preço unitário de R$ 6,0. Em 2013, o preço
unitário caiu para R$ 5,50, mesmo com o reajuste de 3 a 6% nos preços
dos medicamentos no inicio deste ano.
Dessa
mesma tomada de preços participou a Cristália Produtos Químicos
Farmacêuticos Ltda, nome citado entre as empresas envolvidas com a máfia
do sangue, ligada ao empresário Jaisler Jabour de Alvarenga, que em
2004 foi apontado pela PF como o cérebro dos 'Vampiros'.
Mais
duas empresas ligadas aos escândalos da saúde também venceram
licitações da prefeitura e Campo Grande. Em maio de 2011, a Dimaster
Comércio de Produtos Hospitalares e a Sulmed, ligadas ao empresário
Dalci Filipetto, de Erechim (RS) foram flagradas na Operação Saúde, da
Policia Federal gaúcha e da Controladoria Geral da República (CGU) - em
crimes correlatos de formação de quadrilha, corrupção ativa, fraude a
licitações.
Através da corrupção ativa de
funcionários públicos, essas empresas vendiam a entes públicos
medicamentos vencidos, ou próximos da data de vencimento, comprado dos
fabricantes por preços mais baratos. No entanto, os medicamentos eram
vendidos ao SUS por preços acima do mercado.
Em
geral, o esquema de corrupção envolvido nas carta convite se resume a
uma combinação entre a prefeitura e os fornecedores do esquema. Três ou
quatro empresas são convidadas, e ganham aquelas que apresentam o preço é
mais 'baixo', mesmo que altamente superfaturado. Ou então, durante a
tomada de preços, as empresas combinam valores para elevar
artificialmente as cotações dos medicamentos.
O contratante, em geral prefeituras, por ser parte ativa do esquema, faz vistas grossas à manobra.
Fonte: Midiamax
Quem resgatará a indústria farmacêutica? Pode ser você
Vêm aí testosterona spray, ritalina plus, patologização da insônia, e outras promessas fármaco-publicitárias
Está chegando ao fim, para a indústria farmacêutica mundial, a farra de lucros com alguns dos medicamentos mais vendidos. Nos Estados Unidos, expiraram as patentes de comprimidos como Lipitor, Seroquel, Zyprexa, Singulair e Concerta. Mas não se preocupe, Wall Street. A indústria farmacêutica não vai desapontar suas expectativas de ganhos só porque pouca ou nenhuma droga nova está surgindo e porque falhou na sua razão mesma de existir.
Eis aqui seis novas iniciativas do marketing farmacêutico que vão garantir que as expectativas dos investidores continuem altas, par-e-passo com as mensalidades dos seguros-saúde. O segredo? Reciclar drogas antigas e descreditadas e explorar o marketing de doenças para vender algumas poucas novas drogas.
Wikimedia Commons - Cápsulas de ritalina
1. Repaginando a Ritalina
Agora que a indústria farmacêutica foi bem sucedida ao conseguir que cinco milhões de crianças de quatro a oito milhoes de adultos fossem diagnosticados com TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade), está procurando novos mercados para as drogas. Um novo uso da Ritalina (metilfenidato), a avó das drogas para TDAH, poderia ser para tratar transtornos alimentares.
Pesquisadores dizem que uma mulher que sofreu de bulimia nervosa, transtorno bipolar I, dependência de cocaína e álcool, transtorno do déficit de atenção com hiperatividade e transtorno do pânico “conseguiu uma remissão sustentada (por mais de um ano)” quando o metilfenidato foi adicionado à sua lista de remédios.
Mas também existem as grávidas. Um novo artigo sugere que tirar o metilfenidato durante a gravidez de uma mulher pode “representar risco significativo” e que, “em todos os casos, as crianças se desenvolveram normalmente e nenhum efeito adverso foi relatado,” apesar de terem sido expostas no útero. Sim, crianças podem receber medicamentos para TDAH na mais tenra idade: ainda como fetos.
A indústria farmacêutica também está de olho nos idosos, como um novo mercado para as drogas que tratam TDAH. O metilfenidato pode “melhorar a função da caminhada nos mais velhos”, escreveram pesquisadores recentemente. E uma grande clínica patrocinada pela Escola de Saúde Pública John Hopkins Bloomberg está a caminho de descobrir se o metilfenidato pode reduzir a apatia em pacientes com Alzheimer. É claro que muitos pacientes com esse mal não têm apatia, mas agitação e agressividade; estes serão excluídos.
2) Reposição hormonal masculina
Mulheres acima de 40 anos devem sentir um élan de justiça médica, diante do novo impulso para o tratamento do “Baixo T” nos homens, uma “doença” recente que agora está sendo agressivamente comercializada, incentivando a reposição de testosterona. Por mais de 50 anos, as publicações médicas foram implacáveis em dizer às mulheres que elas estavam “sobrevivendo aos seus ovários” (frase de propaganda real) e que a única esperança para manter a aparência, o marido e a sanidade era a reposição hormonal.
Agora, são os homens que estão ouvindo que a decaída no desempenho sexual e na energia, perda de massa muscular e ganho de peso os colocam na mesma posição. A lacuna em ambas campanhas de marketing é o fato de que pessoas não ficam velhas porque perdem hormônios; elas perdem hormônios porque estão ficando velhas.
Muitos produtos de reposição de testosterona têm sido aprovados pela FDA [Food and Drug Administration, agência reguladora da indústria farmacêutica nos Estados Unidos]: pílulas, injeções e adesivos a géis e soluções para uso tópico. Em novembro, foi aprovado o primeiro produto de reposição de testosterona feito para ser aplicado nas axilas, como um desodorante.
Os produtos de TRH (terapia de reposição hormonal) masculinos também implicam riscos. Eles podem agravar problemas benignos de próstata, causar falha do coração, apneia, toxidade hepática e possivelmente estimular o câncer de próstata, apesar de este permanecer como um risco teórico.
Testosterona injetada tem sido associada a embolias e reações alérgicas extremas (anafilaxia), sendo que ambas podem ser fatais. Homens que tomam Propecia contra a perda de cabelo podem especialmente desenvolver baixa testosterona, o que pode não ser reversível, pois reduz-se uma enzima envolvida na síntese do hormônio.
Está chegando ao fim, para a indústria farmacêutica mundial, a farra de lucros com alguns dos medicamentos mais vendidos. Nos Estados Unidos, expiraram as patentes de comprimidos como Lipitor, Seroquel, Zyprexa, Singulair e Concerta. Mas não se preocupe, Wall Street. A indústria farmacêutica não vai desapontar suas expectativas de ganhos só porque pouca ou nenhuma droga nova está surgindo e porque falhou na sua razão mesma de existir.
Eis aqui seis novas iniciativas do marketing farmacêutico que vão garantir que as expectativas dos investidores continuem altas, par-e-passo com as mensalidades dos seguros-saúde. O segredo? Reciclar drogas antigas e descreditadas e explorar o marketing de doenças para vender algumas poucas novas drogas.
Wikimedia Commons - Cápsulas de ritalina
1. Repaginando a Ritalina
Agora que a indústria farmacêutica foi bem sucedida ao conseguir que cinco milhões de crianças de quatro a oito milhoes de adultos fossem diagnosticados com TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade), está procurando novos mercados para as drogas. Um novo uso da Ritalina (metilfenidato), a avó das drogas para TDAH, poderia ser para tratar transtornos alimentares.
Pesquisadores dizem que uma mulher que sofreu de bulimia nervosa, transtorno bipolar I, dependência de cocaína e álcool, transtorno do déficit de atenção com hiperatividade e transtorno do pânico “conseguiu uma remissão sustentada (por mais de um ano)” quando o metilfenidato foi adicionado à sua lista de remédios.
Mas também existem as grávidas. Um novo artigo sugere que tirar o metilfenidato durante a gravidez de uma mulher pode “representar risco significativo” e que, “em todos os casos, as crianças se desenvolveram normalmente e nenhum efeito adverso foi relatado,” apesar de terem sido expostas no útero. Sim, crianças podem receber medicamentos para TDAH na mais tenra idade: ainda como fetos.
A indústria farmacêutica também está de olho nos idosos, como um novo mercado para as drogas que tratam TDAH. O metilfenidato pode “melhorar a função da caminhada nos mais velhos”, escreveram pesquisadores recentemente. E uma grande clínica patrocinada pela Escola de Saúde Pública John Hopkins Bloomberg está a caminho de descobrir se o metilfenidato pode reduzir a apatia em pacientes com Alzheimer. É claro que muitos pacientes com esse mal não têm apatia, mas agitação e agressividade; estes serão excluídos.
2) Reposição hormonal masculina
Mulheres acima de 40 anos devem sentir um élan de justiça médica, diante do novo impulso para o tratamento do “Baixo T” nos homens, uma “doença” recente que agora está sendo agressivamente comercializada, incentivando a reposição de testosterona. Por mais de 50 anos, as publicações médicas foram implacáveis em dizer às mulheres que elas estavam “sobrevivendo aos seus ovários” (frase de propaganda real) e que a única esperança para manter a aparência, o marido e a sanidade era a reposição hormonal.
Agora, são os homens que estão ouvindo que a decaída no desempenho sexual e na energia, perda de massa muscular e ganho de peso os colocam na mesma posição. A lacuna em ambas campanhas de marketing é o fato de que pessoas não ficam velhas porque perdem hormônios; elas perdem hormônios porque estão ficando velhas.
Muitos produtos de reposição de testosterona têm sido aprovados pela FDA [Food and Drug Administration, agência reguladora da indústria farmacêutica nos Estados Unidos]: pílulas, injeções e adesivos a géis e soluções para uso tópico. Em novembro, foi aprovado o primeiro produto de reposição de testosterona feito para ser aplicado nas axilas, como um desodorante.
Os produtos de TRH (terapia de reposição hormonal) masculinos também implicam riscos. Eles podem agravar problemas benignos de próstata, causar falha do coração, apneia, toxidade hepática e possivelmente estimular o câncer de próstata, apesar de este permanecer como um risco teórico.
Testosterona injetada tem sido associada a embolias e reações alérgicas extremas (anafilaxia), sendo que ambas podem ser fatais. Homens que tomam Propecia contra a perda de cabelo podem especialmente desenvolver baixa testosterona, o que pode não ser reversível, pois reduz-se uma enzima envolvida na síntese do hormônio.
3) Tratar dependentes de álcool e drogas como doentes mentais que precisam de vacinas
Uma das poucas coisas boas no alcoolismo e na adição às drogas é que eles podem ser tratados de graça. Programas de doze passos como o dos Alcoólicos Anônimos utilizam grupos de apoio em vez de drogas, pessoal treinado ou seguro-saúde – e funciona. Não surpreende que as milhões de pessoas que se recuperam sem a ajuda da indústria farmacêutica sejam o seu mais recente alvo, na tentativa de alavancar receitas. Cada vez mais, as corporações estão pressionando clínicas de reabilitação e médicos a imputar diagnósticos de doença mental a pacientes em recuperação, para vender medicamentos caros.
Pior, Nora Volkow, a chefe do Instituto Nacional de Abuso de Drogas dos Estados Unidos, está conduzindo experimentos cruéis em primatas na tentativa de desenvolver uma vacina para alcoolismo ou dependência. Existe algum alcoólico ou viciado no mundo que tomaria uma dessas vacinas? Ela não sabe que bebidas e drogas são divertidas (até determinado momento…) e que ninguém quer parar com elas antes da festa acabar? Ela não sabe que quando beber e usar drogas deixa de ser divertido, uma coisa chamada negação se abate e os aditos novamente não vão tomar sua vacina?
Essas vacinas para vícios serão vendidas a pessoas “em risco” de dependência com base em seu histórico familiar e varreduras de seu cérebros, o que soa um pouco, digamos, não-voluntário. E a comercialização de tratamentos precoces agressivos para doenças que pessoas nem têm ainda (“pré-osteoporose”, “pré-diabetes”, “pré-asma” e “pré-doenças mentais”) é um modelo de negócio infalível para a indústria farmacêutica porque as pessoas nunca saberão sequer se vão precisar dessas drogas – ou se precisam agora.
4) Patologizar a insônia
A insônia tem sido uma mina de ouro para a indústria dos medicamentos. Para encher os bolsos no mercado da insônia, as corporações criaram subcategorias para o problema – crônica, aguda, transitória, de início retardado e no meio-da-noite, assim como o despertar cansado. Sua insônia é tão única quanto você! Tampouco é coincidência que as medicações para “manter acordado” causem insônia e que as drogas para insônia, em razão da ressaca, criem o mercado das drogas para manter acordado.
Agora a indústria está anunciando que a insônia é na verdade um fator de “risco” para a depressão e que “tratar a insônia pode ajudar a tratar a depressão”. O novo Manual de Diagnósticos e Estatística (DSM-5 [Diagnostic and Statistical Manual]) da Associação Norte-Americana de Psiquiatria que saiu em maio [leia mais a respeito, em Outras Palavras] também acaba de patologizar o sono.
Considerada a bíblia dos tratamentos com drogas psiquiátricas, a última versão do DSM trouxe uma revisão do modo como a insônia é diagnosticada e classificada. “Se o distúrbio do sono é persistente e prejudica o funcionamento do corpo ao longo do dia, ele deve ser reconhecido e tratado”, escrevem os autores em um artigo na edição de dezembro da Journal of Clinical Psychiatry [Revista de Psiquiatria Clínica].
5) “Vender” doenças imunológicas crônicas
A artrite reumatóide, artrite psoriática, a espondilite anquilosante e a psoríase em placas são transtornos raros, mas você não saberia disso pelos últimos esforços da indústria farmacêutica. Suas condições autoimunes são cada vez mais tratadas com medicamentos frutos de engenharia genética injetáveis como Humira, Remicide, Enbrel e Cimzia, que dão às corporações 20 mil dólares por ano por paciente. Não causa espanto que uma recente campanha publicitária tente convencer as pessoas com dores nas costas “que nunca passam” de que elas realmente têm espondilite anquilosante.
Não espanta que a propaganda da “AR” (artrite reumatóide) esteja por todos os lugares e as de remédios para psoríase em placas prometam “pele mais clara” como se fossem cremes de beleza. Em Chicago, propagandas de drogas caras e injetáveis apareceram em jornais de universidades, como se fossem para a população em geral, não para pessoas com doenças incomuns.
Como tais drogas, chamadas de inibidoras de TNF, suprimem o sistema imunológico, elas atraem super infecções bactericidas e fúnguicas, herpes e cânceres raros, estes principalmente em crianças. Eles estão conectados com o crescimento de hospitalizações, reações alérgicas extremas e eventos cardiovasculares, tudo o que a indústria farmacêutica tenta minimizar. Bloqueadores de TNF também são vendidos para o enfraquecimento dos ossos e asma, condições que iriam raramente garantir seus riscos. Xolair, vendido para asma apesar dos avisos da FDA, recentemente foi muito falado como um grande tratamento para a coceira crônica.
6) A reciclagem do Neurontin
WikiCommons - Neurontin
A apreensão da droga Neurontin (gabapentin) não foi o melhor momento da indústria de medicamentos. Uma repartição da Pfizer Inc. foi declarada culpada, em 2008, por promover o remédio para o transtorno bipolar, dores, enxaquecas e para afastar as drogas e o álcool, quando tinha sido aprovado apenas para neuralgia pós-herpética, epilepsia e dor causada por herpes zoster. A multa foi de 430 milhões de dólares. Ops. A Pfizer realmente promoveu os usos ilegais enquanto estava sob inquérito por atividades ilegais relacionadas ao Lipitor; e mais tarde promoveu usos ilegais para uma droga similar, a Lyrica, enquanto estava sob o acordo relacionado ao Neurontin! Ela parece, de fato, incorrigível.
Para vender Neurontin, a Parke-Davis, da Pfizer, lançou um elaborado “plano de publicação”, cujo objetivo era conseguir peças de marketing disfarçadas de ciência, em revistas médicas. Em apenas três anos, a Parke-Davis colocou 13 artigos escritos por fantasmas em publicações de medicina, promovendo usos que estão fora da bula para o Neurontin. Isso incluiu um suplemento no prestigioso Cleveland Clinic Journal of Medicine (Revista Clínica de Medicina de Cleveland, tradução livre), que a empresa transformou em 43 mil reimpressões disseminadas por seus representantes. “Veja, doutor, dizem aqui que…”.
E há ainda mais duplicidade. Em 2011, três anos antes do acordo de 430 milhões de dólares, a tentativa da Pfizer chamada STEPS (“Study of Neurontin: Titrate to Effect, Profile of Safety” — “Estudo da Neurontin: dosagem efetiva, perfil de segurança”, tradução livre) foi denunciado por também ser publicidade, e não um estudo científico; era uma ferramenta de vendas criada para inspirar os 772 investigadores que participavam do experimento a prescrever o Neurontin.
Recentemente, os novos usos do remédio para tosse crônica, menopausa e insônia estão aparecendo na literatura científica. Por que ninguém parece acreditar neles?
Por Martha Rosenberg, no Alternet. Texto original em português no Blog Outras Palavras. Tradução: Gabriela Leite
Fonte: Opera Mundi
Uma das poucas coisas boas no alcoolismo e na adição às drogas é que eles podem ser tratados de graça. Programas de doze passos como o dos Alcoólicos Anônimos utilizam grupos de apoio em vez de drogas, pessoal treinado ou seguro-saúde – e funciona. Não surpreende que as milhões de pessoas que se recuperam sem a ajuda da indústria farmacêutica sejam o seu mais recente alvo, na tentativa de alavancar receitas. Cada vez mais, as corporações estão pressionando clínicas de reabilitação e médicos a imputar diagnósticos de doença mental a pacientes em recuperação, para vender medicamentos caros.
Pior, Nora Volkow, a chefe do Instituto Nacional de Abuso de Drogas dos Estados Unidos, está conduzindo experimentos cruéis em primatas na tentativa de desenvolver uma vacina para alcoolismo ou dependência. Existe algum alcoólico ou viciado no mundo que tomaria uma dessas vacinas? Ela não sabe que bebidas e drogas são divertidas (até determinado momento…) e que ninguém quer parar com elas antes da festa acabar? Ela não sabe que quando beber e usar drogas deixa de ser divertido, uma coisa chamada negação se abate e os aditos novamente não vão tomar sua vacina?
Essas vacinas para vícios serão vendidas a pessoas “em risco” de dependência com base em seu histórico familiar e varreduras de seu cérebros, o que soa um pouco, digamos, não-voluntário. E a comercialização de tratamentos precoces agressivos para doenças que pessoas nem têm ainda (“pré-osteoporose”, “pré-diabetes”, “pré-asma” e “pré-doenças mentais”) é um modelo de negócio infalível para a indústria farmacêutica porque as pessoas nunca saberão sequer se vão precisar dessas drogas – ou se precisam agora.
4) Patologizar a insônia
A insônia tem sido uma mina de ouro para a indústria dos medicamentos. Para encher os bolsos no mercado da insônia, as corporações criaram subcategorias para o problema – crônica, aguda, transitória, de início retardado e no meio-da-noite, assim como o despertar cansado. Sua insônia é tão única quanto você! Tampouco é coincidência que as medicações para “manter acordado” causem insônia e que as drogas para insônia, em razão da ressaca, criem o mercado das drogas para manter acordado.
Agora a indústria está anunciando que a insônia é na verdade um fator de “risco” para a depressão e que “tratar a insônia pode ajudar a tratar a depressão”. O novo Manual de Diagnósticos e Estatística (DSM-5 [Diagnostic and Statistical Manual]) da Associação Norte-Americana de Psiquiatria que saiu em maio [leia mais a respeito, em Outras Palavras] também acaba de patologizar o sono.
Considerada a bíblia dos tratamentos com drogas psiquiátricas, a última versão do DSM trouxe uma revisão do modo como a insônia é diagnosticada e classificada. “Se o distúrbio do sono é persistente e prejudica o funcionamento do corpo ao longo do dia, ele deve ser reconhecido e tratado”, escrevem os autores em um artigo na edição de dezembro da Journal of Clinical Psychiatry [Revista de Psiquiatria Clínica].
5) “Vender” doenças imunológicas crônicas
A artrite reumatóide, artrite psoriática, a espondilite anquilosante e a psoríase em placas são transtornos raros, mas você não saberia disso pelos últimos esforços da indústria farmacêutica. Suas condições autoimunes são cada vez mais tratadas com medicamentos frutos de engenharia genética injetáveis como Humira, Remicide, Enbrel e Cimzia, que dão às corporações 20 mil dólares por ano por paciente. Não causa espanto que uma recente campanha publicitária tente convencer as pessoas com dores nas costas “que nunca passam” de que elas realmente têm espondilite anquilosante.
Não espanta que a propaganda da “AR” (artrite reumatóide) esteja por todos os lugares e as de remédios para psoríase em placas prometam “pele mais clara” como se fossem cremes de beleza. Em Chicago, propagandas de drogas caras e injetáveis apareceram em jornais de universidades, como se fossem para a população em geral, não para pessoas com doenças incomuns.
Como tais drogas, chamadas de inibidoras de TNF, suprimem o sistema imunológico, elas atraem super infecções bactericidas e fúnguicas, herpes e cânceres raros, estes principalmente em crianças. Eles estão conectados com o crescimento de hospitalizações, reações alérgicas extremas e eventos cardiovasculares, tudo o que a indústria farmacêutica tenta minimizar. Bloqueadores de TNF também são vendidos para o enfraquecimento dos ossos e asma, condições que iriam raramente garantir seus riscos. Xolair, vendido para asma apesar dos avisos da FDA, recentemente foi muito falado como um grande tratamento para a coceira crônica.
6) A reciclagem do Neurontin
WikiCommons - Neurontin
A apreensão da droga Neurontin (gabapentin) não foi o melhor momento da indústria de medicamentos. Uma repartição da Pfizer Inc. foi declarada culpada, em 2008, por promover o remédio para o transtorno bipolar, dores, enxaquecas e para afastar as drogas e o álcool, quando tinha sido aprovado apenas para neuralgia pós-herpética, epilepsia e dor causada por herpes zoster. A multa foi de 430 milhões de dólares. Ops. A Pfizer realmente promoveu os usos ilegais enquanto estava sob inquérito por atividades ilegais relacionadas ao Lipitor; e mais tarde promoveu usos ilegais para uma droga similar, a Lyrica, enquanto estava sob o acordo relacionado ao Neurontin! Ela parece, de fato, incorrigível.
Para vender Neurontin, a Parke-Davis, da Pfizer, lançou um elaborado “plano de publicação”, cujo objetivo era conseguir peças de marketing disfarçadas de ciência, em revistas médicas. Em apenas três anos, a Parke-Davis colocou 13 artigos escritos por fantasmas em publicações de medicina, promovendo usos que estão fora da bula para o Neurontin. Isso incluiu um suplemento no prestigioso Cleveland Clinic Journal of Medicine (Revista Clínica de Medicina de Cleveland, tradução livre), que a empresa transformou em 43 mil reimpressões disseminadas por seus representantes. “Veja, doutor, dizem aqui que…”.
E há ainda mais duplicidade. Em 2011, três anos antes do acordo de 430 milhões de dólares, a tentativa da Pfizer chamada STEPS (“Study of Neurontin: Titrate to Effect, Profile of Safety” — “Estudo da Neurontin: dosagem efetiva, perfil de segurança”, tradução livre) foi denunciado por também ser publicidade, e não um estudo científico; era uma ferramenta de vendas criada para inspirar os 772 investigadores que participavam do experimento a prescrever o Neurontin.
Recentemente, os novos usos do remédio para tosse crônica, menopausa e insônia estão aparecendo na literatura científica. Por que ninguém parece acreditar neles?
Por Martha Rosenberg, no Alternet. Texto original em português no Blog Outras Palavras. Tradução: Gabriela Leite
Fonte: Opera Mundi
segunda-feira, 20 de maio de 2013
Edital para logística reversa de medicamentos deve sair até julho
Carolina Gonçalves
Repórter da Agência Brasil
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O governo federal deve publicar o edital para a implantação da logística reversa de medicamentos até julho. O texto foi concluído na semana passada pelo grupo responsável por esse sistema. A logística reversa é o processo de devolução e de tratamento ambientalmente adequado para os resíduos de alguns setores produtivos, como o de embalagens de agrotóxicos, pilhas, baterias, pneus e óleos lubrificantes. A medida foi incluída na Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), criada quase oito anos depois do sistema para balizar medidas de consumo sustentável, redução dos impactos ambientais e geração de emprego e renda.
Apenas dois setores avançaram mais significativamente. O sistema envolvendo embalagens de agrotóxicos, um dos primeiros a aderir à logística reversa, já coleciona resultados como o recolhimento e o tratamento de 250 mil toneladas de embalagens. O setor de embalagens plásticas de óleos lubrificantes fechou o acordo em dezembro do ano passado, mas a indústria, o comércio e os consumidores ainda não têm resultados consolidados.
Os representantes do Comitê Orientador para Implementação da Logística Reversa e da consultoria jurídica do Ministério do Meio Ambiente (MMA) agora trabalham na expectativa de consolidar, nas próximas semanas, o acordo da gestão pós-consumo dos setores de lâmpadas e de embalagens em geral, que inclui bens de consumo como embalagens de comidas e bebidas.
“Recebemos três ou quatro propostas e vamos negociar com todos (associações representativas de cada setor que apresentaram as propostas). Quando tivermos o texto consolidado, colocamos em consulta pública para que qualquer pessoa possa dar sugestões”, explicou a arquiteta Zilda Veloso, diretora de Ambiente Urbano do MMA.
Zilda Veloso lembrou ainda que o edital para a indústria de eletroeletrônicos está em consulta pública desde o último dia 13 de fevereiro. Segundo ela, até o dia 22 de junho qualquer brasileiro pode contribuir com a proposta no site http://www.sinir.gov.br.
A
elaboração desses textos acaba se baseando em experiências positivas,
como a do setor de agrotóxicos. Mensalmente o sistema Campo Limpo,
formado por fabricantes de agrotóxicos, por representantes do comércio e
agricultores, vem batendo recordes de recolhimento de embalagens no
campo. Zilda Velos destacou que, hoje, 90% do que é produzido em
embalagens pela indústria é recolhido pelo sistema.
Segundo o diretor-presidente do Instituto Nacional de Processamento
de Embalagens Vazias (inpEV), João Cesar Rando, o crescimento acompanha o
mesmo ritmo da intensificação do uso de agrotóxicos em função do
aumento da atividade agrícola em algumas regiões do país.
“Hoje esse sistema chegou à maturidade e temos nove recicladores
distribuídos em alguns estados (Mato Grosso, São Paulo, Paraná, Minas
Gerais e Rio de Janeiro) para otimizar a logística e temos o sistema de
recolhimento itinerante, que responde por 12% a 15% do total de
embalagens recolhidas”, disse ele.
Rando explicou que os outros setores estão avançando, apesar de
alguns fabricantes enfrentarem dificuldades para implantar o sistema,
principalmente os que envolvem vários itens, como é o caso dos
eletroeletrônicos. Ainda assim, o representante do instituto disse que a
PNRS impulsionou a logística reversa no país que, até então, era
regulada pelo Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama).
Ainda existem pontos que precisam ser trabalhados. “O sistema depende
do quanto os governos estão preparados para implantar, por exemplo, o
sistema de coleta seletiva, um processo oneroso, que demanda recursos e
planejamento. As pontas precisam se encontrar. É um desafio tirar isso
tudo do meio ambiente e é um desafio igual encontrar formas sobre o que
fazer com esse material”, disse ele, lembrando que cidades como São
Paulo produzem mais de 10 mil toneladas de lixo diariamente.
Edição: Andréa Quintiere
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Fonte: Agência Brasil
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