sábado, 25 de maio de 2013

Médicos receitam remédio sem atender pacientes

Denúncia foi feita por clínica geral da capital, em audiência pública sobre o setor de saúde em BH


Falta de medicamentos e de médicos, especialmente pediatras, e emissão de receitas médicas sem consultas foram algumas das denúncias feitas por pacientes e profissionais de saúde em Belo Horizonte, ontem, em audiência na Comissão de Saúde e Saneamento da Câmara.

Um médica do posto de saúde na Pedreira Prado Lopes, na região Noroeste da capital, contou que é comum gerentes e outros funcionários de centros de saúde pedirem que os médicos prescrevam sem ver o paciente. “Eles fazem o pedido pela falta de profissionais. Geralmente são remédios de uso contínuo, para depressão ou pressão”, disse. A médica- garantiu que, a cada período, faltam certos tipos de medicamentos, como soro para tratar pacientes com dengue.

Presente à audiência, o secretário municipal de Saúde, Marcelo Teixeira, negou as denúncias. “Não faltam medicamentos. E essa prática de receitar sem ver o paciente é ilegal. Não existe essa recomendação”, disse.
Para o presidente do Conselho Regional de Medicina em Minas Gerais, João Batista Soares, os médicos não querem trabalhar no sistema Único de Saúde (SUS) em função de baixos salários e condições precárias.

Pediatria. Mães reclamaram da falta de pediatras na rede privada da capital. De acordo com Carolina Pereira, integrante da Associação Padecendo no Paraíso, a média de espera por uma consulta é de quatro horas. “É absurdo pagar um plano e não ter qualidade”.
Já o secretário disse que não faltam pediatras no SUS e que cada posto tem, ao menos, um profissional.

Fonte: O tempo

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