A iniciativa tem por objetivo enfrentar o mercado paralelo de produtos
clandestinos e garantir o crescimento das vendas do popular comprimido
azul, considerado um dos medicamentos mais falsificados do mundo
laboratório
Pfizer anunciou a decisão de investir nas vendas do seu medicamento
para disfunção erétil Viagra para os consumidores em seu site, em um
esforço para ampliar as vendas on-line.
A iniciativa tem por objetivo enfrentar o mercado paralelo de produtos
clandestinos e garantir o crescimento das vendas do popular comprimido
azul, considerado um dos medicamentos mais falsificados do mundo.
A empresa informou que faturou mais de US $ 2 bilhões em 2012 -, mas
especialistas estimam que a Pfizer pode estar perdendo centenas de
milhões de dólares por ano para o mercado negro na internet.
O mercado de produtos falsificados é favorecido pela vergonha que muitos
consumidores tem de comprar o remédio no balcão das farmácias.
A partir de segunda-feira, o portal da Pfizer vai permitir aos
consumidores americanos a compra por meio de um novo site onde a frase
"Compre Viagra real" aparece com destaque.
Os pacientes ainda precisam de receita médica, mas os tímidos serão poupados da viagem adicional até a farmácia.
Se o movimento da Pfizer for bem sucedido, outros laboratócios poderão
seguir o mesmo caminho para vender produtos que podem causar
constrangimento na hora da compra, inclusive os produtos para
emagrecimento.
"Isso pode ser o prelúdio de um vasto número de produtos", disse o
especialista em medicamentos falsificados Roger Bate, do instituto
American Enterprise.
Victor Clavelli, executivo de marketing da Pfizer, cujo portfólio inclui
Viagra, disse o objetivo do laboratório é apenas garantir que os
consumidores tenham acesso ao verdadeiro Viagra.
Desde que o medicamento chegou ao mercado, em 1998, a Pfizer tem
procurado minimizar o estigma em torno da impotência masculina -
rebatizada como disfunção erétil.
A empresa contratou celebridades como o ex-candidato presidencial
republicano Bob Dole para incentivar os homens a ter uma conversa com os
médicos a respeito do comprimido azul.
Mas, mesmo com a extensa fila de homens buscando consultórios, muitos
buscam fazer a compra no mercado negro para não passar recibo de
impotência na hora da compra.
Pílulas de dieta para mulheres e medicamentos de disfunção erétil para
os homens são a maioria dos medicamentos procurados online, segundo a
Pfizer.
Matthew J. Bassiur, vice-presidente da Pfizer Global Security, disse em
um comunicado que a empresa encontrou medicamentos falsificados
fabricados em laboratórios com "deploráveis condições".
Ele acrescentou que as amostras de Viagra falsificado testado por
laboratórios Pfizer continham pesticidas, gesso, tinta comum e até de
impressora.
"Estas descobertas nos motivam a continuar o nosso esforço mundial para deter os riscos para os pacientes desavisados", disse.
A Pfizer disse que fez uma pesquisa em 2011 com Viagra comprado em 22
sites que aparecem nos resultados de busca na internet com a frase
"comprar Viagra". As análises químicas descobriram que cerca de 80% dos
comprimidos foram falsificados.
Os comprimidos de Viagra falso continha apenas cerca de 30% a 50% do ingrediente ativo, o citrato de sildenafil, em comparação.
Nem todos os medicamentos comprados on-line são falsos. Muitas
farmácias, em diversos países, exigem receita médica e vender versões
válidas de drogas. O problema é que é difícil para os consumidores a
distinguir as farmácias legítimas das ilícitas. O preço médio do Viagra é
de cerca de US$ 22 por comprimido, enquanto muitas farmácias on-line
vendem o produto por cerca de US$ 10.
O Viagra tem cerca de 49% do mercado para tratamentos de disfunção
sexual, seguido pelo Cialis, que detém 39,7% e o Levitra, com 8,6%, de
acordo com o IMS Health.
Fonte: Surgiu
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