O director clínico do Instituto Português de Oncologia (IPO) de Lisboa considerou quinta-feira que se criou um mito sobre os medicamentos inovadores na área do cancro, que não terão um impacto tão significativo na vida dos doentes, escreve a agência Lusa.
“Existe um bocadinho o mito que se pusermos muito dinheiro no doente ele se cura de tudo. Isso não é assim. Não é por usarmos muitos medicamentos novos e modernos que se muda significativamente”, comentou Nuno Miranda à margem de uma conferência de imprensa.
Questionado pelos jornalistas, o responsável admitiu que o IPO tem uma política conservadora em relação ao uso desses “medicamentos ditos caros”, sem que isso tenha impacto negativo no resultado dos tratamentos.
“Existe uma mediatização excessiva em relação a alguns desses medicamentos. Não me parece que nos tempos mais próximos haja impacto significativo na vida dos doentes em relação à utilização ou não desses medicamentos”, justificou.
Também o director do serviço de oncologia médica do IPO, João Lopes, considerou que “é uma falácia” fazer depender os bons tratamentos da aplicação de remédios inovadores.
Para este médico, a parte importante e decisiva no tratamento do cancro é o tratamento cirúrgico e a forma integrada como os serviços diferentes trabalham.
“A possibilidade de empregar a última moda influencia muito pouco, muito menos do que se possa julgar”, declarou.
fonte: http://www.rcmpharma.com/news/12224/51/Cancro-criou-se-um-mito-sobre-a-eficacia-dos-medicamentos-inovadores.html
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