A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) emitiu, nesta terça-feira, um
alerta para a possibilidade de o vírus chikungunya se espalhar pelo
Brasil e por outros países da América, após causar epidemias na Ásia,
África, Europa e Caribe. A doença tem sintomas parecidos com a dengue e
também é transmitida pelo Aedes aegypti. Um estudo desenvolvido
pelo Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) em parceria com o Instituto
Pasteur revela que, em cidades populosas como o Rio de Janeiro, onde há
grande infestação do mosquito, por exemplo, o risco de disseminação da virose é muito grande.
Segundo
o pesquisador do IOC e coordenador do estudo, Ricardo Lourenço, a
preocupação aumentou no continente americano após a identificação de um
caso suspeito de chikungunya na ilha de Saint Martin, no Caribe, em
dezembro do ano passado. Casos no Brasil já foram registrados, mas todos
importados de outros países. “Desde 2004, o vírus vem se alastrando
pelo mundo e já houve registro de casos importados no Brasil, envolvendo
pessoas que viajaram para outros países. A transmissão em solo
brasileiro ainda não ocorreu, mas a pesquisa recém concluída revela que
há um risco real e é preciso agir para evitar uma epidemia grave, uma
vez que os mosquitos transmissores são os mesmos da dengue”, alerta
Lourenço.
Além do Aedes aegypti, outro mosquito da mesma família, o Aedes albopictus
também é capaz de transmitir o vírus da chikungunya. Em uma pesquisa
com mosquitos desse tipo encontrados no Rio de Janeiro, foi constatado
que 97% deles conseguem realizar a transmissão após picar alguém
contaminado. O estudo constatou que o inseto é capaz de realizar esse
processo apenas dois dias depois de ser infectado.
Não existe
vacina, nem remédio para combater a chikungunya. O tratamento da doença
também é semelhante ao da dengue, com hidratação constante e
medicamentos para aliviar as dores, que costumam atingir músculos,
articulações e cabeça, e podem perdurar por vários dias e pode até levar
o paciente a óbito. A única maneira de evitar essa doença é impedir a
reprodução do mosquito. “Além da dengue, que é um risco constante no
Brasil, há agora um novo motivo para as autoridades e a população
reforçarem as ações contra os mosquitos vetores, que são os mesmos”,
explica Lourenço.
Ajude o EXTRA a combater a dengue! Denuncie possíveis focos de reprodução do mosquito. Preencha nosso formulário e denuncie o foco da dengue
ou envie mensagem para o Whatsapp do EXTRA. Adicione os números (21)
99644-1263 e (21) 99809-9952 nos seus contatos e mande a sua mensagem.
Fonte: Extra
Nenhum comentário:
Postar um comentário