O alerta foi publicado no Diário Oficial depois da análise de mais de dois mil relatórios que indicam os efeitos colaterais desses remédios.
A Vigilância Sanitária de São Paulo emitiu um alerta para os médicos
que receitam remédios para o tratamento de diabetes tipo 2. Muitas
pessoas estão usando esses remédios para emagrecer.
Na mira da Vigilância Sanitária, uma lista de dez medicamentos, com
sete princípios ativos: liraglutida, exenatida, linagliptina,
metformina, saxagliptina, sitagliptina e vildagliptina.
O alerta foi publicado no Diário Oficial do estado de São Paulo no dia
12 de março, depois da análise de mais de dois mil relatórios que
indicam os efeitos colaterais desses remédios.
Para o coordenador do núcleo de estudos da Vigilância Sanitária, a
situação é grave. “A gente tem percebido, principalmente, a ocorrência
de pancreatite, alguns casos de câncer pancreático e também reações
adversas na tireoide, como neoplasia de tireoide”, revela Adalton
Guimarães Ribeiro, diretor do núcleo de estudos da Vigilância Sanitária
de São Paulo.
É o câncer da tireoide. Por isso, no texto há, inclusive, a
recomendação para que os pacientes que tratam o diabetes tipo 2 com
esses remédios façam exames das funções da tireoide e do pâncreas
periodicamente.
O alerta da Vigilância Sanitária vem quatro anos depois da entrada
desses medicamentos ao mercado. E tem um motivo. É que nesse período
esses remédios ficaram populares porque eles também têm outro efeito:
eles causam o emagrecimento.
Algumas farmácias vendem os medicamentos sem receita. Para quê? A balconista responde na hora para o nosso produtor.
Balconista: Também. Vende muito para emagrecer, principalmente esse primeiro aqui. Ele ajuda muito.
Um dos mais vendidos é um que parece uma caneta, mas é uma seringa para
aplicar o remédio direto na barriga. O uso desses remédios para a perda
de peso preocupa a Associação Médica Brasileira.
“O que nós entendemos correto é que essa medicação só seja dispensada
com a receita do médico. O que não é admissível é a pessoa simplesmente
por ter dinheiro suficiente para comprar a medicação, chegar no balcão
da farmácia, comprar e se automedicar”, afirma José Bonamigo, diretor da
Associação Médica Brasileira.
Fonte: G1
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