Antidepressivos e anti-hipertensivos prejudicam a salivação e podem causar cáries, saburra lingual, boca seca e ardência
O mau hálito em idosos é comum e, embora não seja
considerado uma doença, pode ser um alerta para muitas questões
envolvendo a saúde de quem está envelhecendo. Por isso, preocupada em
garantir que a terceira idade tenha uma sobrevida com qualidade, a
Associação Brasileira de Halitose (ABHA), fez uma pesquisa com 252
idosos em todo o País.
A pesquisa indicou que a principal causa da halitose
nesta população é o consumo alto de medicamentos, atribuídos às doenças
crônicas que aumentam com idade avançada. Entre os entrevistados, 60%
afirmaram consumir mais de um medicamento por dia e 82% tomam pelo menos
um. Muitos desses remédios, como antidepressivos e anti-hipertensivos,
prejudicam a salivação e podem causar cáries, saburra lingual, boca seca
e ardência.
A
boca seca, relatada por 70% dos entrevistados, é um dos principais
causadores do mau hálito, pois reduz a capacidade de auto-limpeza bucal,
favorecendo a ação das bactérias. Por sua vez, essas bactérias
acumuladas criam uma camada esbranquiçada sobre a língua, a chamada
saburra lingual, que produz compostos mal cheirosos.
O ronco, outro item bastante citado pelos entrevistados
(70%), também contribui para o aparecimento da saburra lingual, pois
causa uma grande descamação da mucosa bucal.
Para evitar a halitose
Existem cuidados especiais, além de apenas escovar os dentes e passar o fio dental, que os idosos podem ter para que o mau hálito não faça parte do seu dia-a-dia. Fazer a limpeza diária da língua com limpadores próprios para remover a saburra, limpar as próteses e mantê-las bem polidas evitam o acúmulo de bactérias.
Existem cuidados especiais, além de apenas escovar os dentes e passar o fio dental, que os idosos podem ter para que o mau hálito não faça parte do seu dia-a-dia. Fazer a limpeza diária da língua com limpadores próprios para remover a saburra, limpar as próteses e mantê-las bem polidas evitam o acúmulo de bactérias.
“Consumir bastante líquidos, mastigar bem para estimular
a salivação, evitar fumo e bebidas alcoólicas, além de ter uma dieta
rica em fibras, são algumas práticas que evitam o mau hálito”, diz Maria
Cecília Aguiar, especialista em Odontogeriatria, coordenadora da
pesquisa e vice-presidente da Associação Brasileira de Halitose (ABHA).
Círculo vicioso
A halitose não tratada pode comprometer, e muito, a qualidade de vida dos idosos, chegando a levá-los à depressão. “O mau hálito prejudica as relações interpessoais, afeta a autoestima e a confiança de quem sofre do problema. Além disso, o mau hálito pode indicar que há algo errado com a saúde geral, podendo sinalizar, inclusive, problemas graves como o câncer”, afirma a dentista.
É aí que se forma o círculo vicioso, já que, como mostrou a pesquisa, muitos medicamentos usados para o tratamento da depressão têm como efeito colateral a redução da salivação, uma das principais causa do mau hálito. Outro ponto é que, quando as glândulas produtoras da saliva passam a ter um funcionamento inadequado, ficando envelhecidas, ocorre a senilidade de glândulas salivares. “Porém, esse não é um processo natural do envelhecimento saudável, é uma consequência do envelhecimento associado a doenças”, diz Maria Cecília.
A halitose não tratada pode comprometer, e muito, a qualidade de vida dos idosos, chegando a levá-los à depressão. “O mau hálito prejudica as relações interpessoais, afeta a autoestima e a confiança de quem sofre do problema. Além disso, o mau hálito pode indicar que há algo errado com a saúde geral, podendo sinalizar, inclusive, problemas graves como o câncer”, afirma a dentista.
É aí que se forma o círculo vicioso, já que, como mostrou a pesquisa, muitos medicamentos usados para o tratamento da depressão têm como efeito colateral a redução da salivação, uma das principais causa do mau hálito. Outro ponto é que, quando as glândulas produtoras da saliva passam a ter um funcionamento inadequado, ficando envelhecidas, ocorre a senilidade de glândulas salivares. “Porém, esse não é um processo natural do envelhecimento saudável, é uma consequência do envelhecimento associado a doenças”, diz Maria Cecília.
Fonte: Terra Saúde
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